Capítulo extra 06

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Por um determinado momento, achei que estivesse vendo coisa, mas aí ela sorriu com os olhos cheios de lágrimas e daquele jeito que eu sempre amei e acabei tendo a plena confirmação que não, não era coisa da minha cabeça.

— Marie? ㅡ perguntei com uma voz de choro e ela sorriu.

— Filha. ㅡ deixei de lado o quê eu estava fazendo e abracei ela com toda a minha vontade, ela retribuiu todo o afeto de saudades e beijei seu rosto. — Meu Deus, você tá muito linda. ㅡ ela pôs suas mãos no meu rosto e beijou minha testa. — Sentir muito a sua falta Marie, meu Deus. ㅡ abracei ela mais uma vez que assim como eu, não parava de chorar um segundo.

— Me fala como tá tudo por aqui?

— Vai bem e meu pai? - perguntei ao secar minhas lágrimas. — Está aqui em Atlanta. - gelei. Fiquei intacta no meu lugar e meu corpo sentiu uma forte emoção.

— Aqui em At-Atlanta? - gaguejei sorrindo e ela se escorou no balcão.

— Sim, está sim... ele me falou que vinha a uma reunião no banco central daqui e eu aproveitei pra vir te visitar. - pus o cabelo atrás da orelha e baixei o olhar triste.

— Ele... ainda tá triste comigo?

— Não, ele não está... mas ele ficou muito triste todo esse tempo, que você e ele ficaram longe um do outro. - A última vez que eu falei com meu pai... foi pra dá a notícia que a Crystal havia nascido, depois disso nunca mais.

— Está aqui ela, Jade. - a Irene voltou com a minha bebê e a Marie simplesmente travou no seu lugar.

— Vem amor. - peguei a Crystal no colo e a Irene foi terminar de preparar a comidinha dela.

— Bubu. - a Crystal falou com a Marie, que ainda continuava sem reação alguma a olhando.

— Filha... é a sua bebê? - ela perguntou emocionada e sorri, enquanto olhava pra minha filha. — É sim Marie, diga Oi pra ela, Crystal. - a Marie pegou ela no colo e seus olhos estavam fixos nela o tempo todo.

— Ela é muito linda Jade, meu Deus se parece muito... com o pai. - rir pelo nariz e fui ajudar a Irene no almoço.

— É sim, Marie essa é a Irene, mãe do Renato. - a Irene sorriu e se aproximou dela. — Muito prazer dona Marie.

— Imagina filha apenas Marie, sou velha, mas sem formalidade. - a Irene riu e eu não conseguia criar palavras concretas, pra explicar o quanto eu amava a Marie.

— Tudo bem.

— Vou esfriar o comer dela. - pus no pratinho.

— Precisam de ajuda aqui? - a Marie perguntou.

— Sim, hoje é a folga da Josephine, por isso temos que se virar sem ela.

— Pois eu tô aqui. - sorri e peguei a Crystal no colo.

— Vou alimentar ela na área da piscina. - fui para os fundos e os amigos do Renato estavam todos lá, o Roma e a Louise não paravam de conversar perto da mesa de som.

— Aí, Jade. - a Louise gritou. — A filha é minha tá? Você tá apenas cuidando. - dei a língua pra ela e sentei com a Crystal na minha perna.

— Pois venha me ajudar. - a Louise correu feito fogo e veio me ajudar.

— Cadê a minha bebê?

— Gugu. - dei uma risada e a Louise começou a dá comidinha pra ela, enquanto eu a segurava. — Tava chorando? - ela perguntou.

— Sim.

— Porque?

— A Marie está aí.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora