Por um determinado momento, achei que estivesse vendo coisa, mas aí ela sorriu com os olhos cheios de lágrimas e daquele jeito que eu sempre amei e acabei tendo a plena confirmação que não, não era coisa da minha cabeça.
— Marie? ㅡ perguntei com uma voz de choro e ela sorriu.
— Filha. ㅡ deixei de lado o quê eu estava fazendo e abracei ela com toda a minha vontade, ela retribuiu todo o afeto de saudades e beijei seu rosto. — Meu Deus, você tá muito linda. ㅡ ela pôs suas mãos no meu rosto e beijou minha testa. — Sentir muito a sua falta Marie, meu Deus. ㅡ abracei ela mais uma vez que assim como eu, não parava de chorar um segundo.
— Me fala como tá tudo por aqui?
— Vai bem e meu pai? - perguntei ao secar minhas lágrimas. — Está aqui em Atlanta. - gelei. Fiquei intacta no meu lugar e meu corpo sentiu uma forte emoção.
— Aqui em At-Atlanta? - gaguejei sorrindo e ela se escorou no balcão.
— Sim, está sim... ele me falou que vinha a uma reunião no banco central daqui e eu aproveitei pra vir te visitar. - pus o cabelo atrás da orelha e baixei o olhar triste.
— Ele... ainda tá triste comigo?
— Não, ele não está... mas ele ficou muito triste todo esse tempo, que você e ele ficaram longe um do outro. - A última vez que eu falei com meu pai... foi pra dá a notícia que a Crystal havia nascido, depois disso nunca mais.
— Está aqui ela, Jade. - a Irene voltou com a minha bebê e a Marie simplesmente travou no seu lugar.
— Vem amor. - peguei a Crystal no colo e a Irene foi terminar de preparar a comidinha dela.
— Bubu. - a Crystal falou com a Marie, que ainda continuava sem reação alguma a olhando.
— Filha... é a sua bebê? - ela perguntou emocionada e sorri, enquanto olhava pra minha filha. — É sim Marie, diga Oi pra ela, Crystal. - a Marie pegou ela no colo e seus olhos estavam fixos nela o tempo todo.
— Ela é muito linda Jade, meu Deus se parece muito... com o pai. - rir pelo nariz e fui ajudar a Irene no almoço.
— É sim, Marie essa é a Irene, mãe do Renato. - a Irene sorriu e se aproximou dela. — Muito prazer dona Marie.
— Imagina filha apenas Marie, sou velha, mas sem formalidade. - a Irene riu e eu não conseguia criar palavras concretas, pra explicar o quanto eu amava a Marie.
— Tudo bem.
— Vou esfriar o comer dela. - pus no pratinho.
— Precisam de ajuda aqui? - a Marie perguntou.
— Sim, hoje é a folga da Josephine, por isso temos que se virar sem ela.
— Pois eu tô aqui. - sorri e peguei a Crystal no colo.
— Vou alimentar ela na área da piscina. - fui para os fundos e os amigos do Renato estavam todos lá, o Roma e a Louise não paravam de conversar perto da mesa de som.
— Aí, Jade. - a Louise gritou. — A filha é minha tá? Você tá apenas cuidando. - dei a língua pra ela e sentei com a Crystal na minha perna.
— Pois venha me ajudar. - a Louise correu feito fogo e veio me ajudar.
— Cadê a minha bebê?
— Gugu. - dei uma risada e a Louise começou a dá comidinha pra ela, enquanto eu a segurava. — Tava chorando? - ela perguntou.
— Sim.
— Porque?
— A Marie está aí.
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Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)
FanficNunca passou pela minha cabeça ser vítima de um assalto no banco central. Nunca passou pela minha cabeça que ser mantida refém onde um olhar caramelo se fixou com os meus olhos poderia me mostrar em apenas um olhar o verdadeiro significado do descon...