Capítulo 08: sinto muito

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Jade Rudson 8:21 A.M.

Abri os olhos com certa dificuldade e a minha cabeça tava zonza e doendo muito, passei as mãos nos olhos e dei-me conta está em um quarto totalmente diferente do meu. Me sentei na cama rapidamente e tive a confirmação plena de quê aquele quarto não era o meu de modo algum e aquilo me assustou.

Olhei pro meu corpo e eu estava nua, mas nua mesmo dos pés a cabeça... caralho, quê que houve? ou melhor dizendo o quê que eu fiz? Fiquei de pé, mas aos poucos lembrei do que houve.

Eu tava na boate, daí o Roma dançou comigo, depois foi o... Renato? Perai, o Renato? depois viemos pra casa dele... olhei em volta e me aproximei da janela, notando um muro e percebi que era a casa dele.

— Meu Deus! — Bufei nervosa e lembrei de tudo... não acredito que fiz isso, não acredito de modo algum que eu transei com esse filho da puta.

Caralho, Jade, você só faz merda garota.

Procurei minha roupa e vi as peças no chão, minha bolsa tava na poltrona e vi meu sutiã... rasgado? Caralho. Vesti toda a minha roupa e me aproximei do espelho enorme que havia naquele quarto, vendo o meu pescoço com alguns hematomas, levei uma surra? Levantei minha blusa e vi minha barriga igual, com alguns hematomas avermelhados e aquilo me assustou... mas não lembrava da nossa foda ser tão pesada assim.

Saí daquele quarto e me deparei com um corredor, prensei minha bolsa contra o meu busto e caminhei mais a frente devagar, vendo uma escadas e pude ouvir vozes vindo debaixo.

— Quero o Rick apagado, aquele filho da puta acha que vou deixar barato o que ele fez comigo. — Ouvir a voz rouca e rude do Renato na sala e engoli em seco, negando pra mim mesma.

— O quê ele fez com você? — Uma outra voz masculina soou naquela sala.

— Se você tivesse aqui e por dentro dos esquemas, você iria saber. — O Renato respondeu na tremenda ignorância.

Surgir nas escadas, as descendo devagar e chamei a atenção de todos ali, menos do Renato, que tava fitando o chão da sala, mas logo pôs sua visão em mim e me olhou. Ele tava sentado numa poltrona e tava sem camisa.

Meu rosto caiu de vergonha ao olhar pra ele e pra todos ali mesmo.

— Opa, oi. — Falou o Roma e engoli em seco.

— Essa garota dormiu aqui? — O Miguel me olhou e manti minha visão de nojo no Renato, que me olhava sério.

— Ah não, Miguel, ela apareceu do nada. — Brincou, o Roma e os outros caíram na risada, menos o Renato e outro moreno que me olhavam sérios e sem parar.

— Tá travada, é? — Perguntou, o chato do Miguel e confesso que a única coisa que eu queria naquele momento, era morrer, morrer ou desaparecer.

— Ah, deixem a garota. — O Roma falou.

Saí daquela casa sem falar nada.

Fiz a maior merda da minha vida e eu sei muito bem disso, eu não sei o que eu tinha na cabeça ontem. Passei pelo portão enorme e peguei a rua.

Abri minha bolsa e vi meu celular com 30 ligações do meu pai. Ele deve ter pirado da bolota, porque os seguranças com certeza chegaram em casa sem mim. Continuei andando com os braços cruzados pelas ruas.

— Quer uma carona? — Um carro preto parou do meu lado e olhei, vendo o outro moreno, que tava na casa do Renato, mas nem dei preço continuei calada e andando. — Por favor, não precisa ter medo, só quero ajudar. — Parei de andar e olhei pra ele.

Um gângster em minha vida | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora