CAPÍTULO 5

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Day narrando:

Day: Sinto muito por ele ter comido a secretária.

Ela me olha novamente, dessa vez seu rosto, além de curiosidade, há deboche. Ela pensa um pouco e me responde…

Carol: Não, você não sente.

Day: Bom, foi melhor você ter descobrido tudo antes do casamento, não é mesmo?

Espero que ela demonstre qualquer sinal de tristeza ou arrependimento por não ter se casado, mas ela concorda e sua expressão curiosa não altera. Tenho que puxar assunto novamente, antes que volte a atenção para o relatório, ela não vai falar dele de boa vontade.

Day: Fiquei surpresa por ele ser tão rico, era por isso que ia pedir demissão da empresa? Por que ia se casar com um homem rico?

Carol: (Fica meio que envergonhada) eu sei, é ridículo abandonar minha independência para depender de um homem. Mas não é como se eu tivesse uma grande carreira para largar, e ele fazia tanta questão que eu não trabalhasse.

Day: Não é por isso. Acho que também iria dar uma boa vida para minha esposa se eu me casasse um dia, fiquei surpresa por você não te-lo perdoado.

Carol: (Faz uma cara de confusa) porque eu faria isso?

Arrependo-me de ter falado isso no mesmo momento em que ela entende o que eu quero dizer.

Carol: Você está dizendo que achou que eu o perdoaria devido ao dinheiro dele?

Ela parece furiosa e eu sei que ela está com razão, tento falar algo, mas as palavras me escapam.

Carol: Por que está me ofendendo?

Day: Desculpe! Eu não devia ter pensado isso. É que existem muitas mulheres que perdoariam no seu lugar por um bem maior.

Quanto mais eu tento explicar, mais percebo o quanto estou sendo estúpida.

Carol: Um bem maior (Furiosa) não existem, não! Eu sei o meu valor e o meu orgulho não podem ser comprados.

Pior do que a raiva que eu posso sentir nela, é a mágoa que está em seus olhos, o que me faz sentir ainda mais idiota.

Day: Kamila, me desculpe! Eu não tive a intenção em ofende-la.

Ela junta os papéis e coloca em sua bolsa.

Carol: Acho melhor encerrar essa reunião aqui, Senhora Lima.

Ótimo, voltamos ao estágio dos sobrenomes. Ela sai pisando duro e eu corro atrás dela.

Day: Me deixa ao menos leva-la em casa?.

Carol: Não precisa se incomodar.

Ela fala com tanta raiva que nem insisto, ela bate a porta ao sair e eu fico aqui parada, feito uma idiota. E então percebo que nem todas as mulheres são como a Daniela.

Carol narrando:

Após pegar um ônibus lotado para minha casa com meu estômago roncando a cada 5 segundos, fazendo todos olharem para mim, finalmente chego ao meu prédio. A raiva de Dayane Lima ainda me atinge com força! Quero muito manda-la ir para aquele lugar e deixar que se vire em sua viagem importante, mas uma mulher falida não tem condições de se vingar. Eu preciso mesmo do emprego. Assim que pagar minhas dívidas de um casamento que não acontecerá, eu a mandarei ir tomar num lugar bem específico e jogarei um café bem quente naquele cabelo desgrenhado dela. Isso, essa ideia me faz ficar calma, eu sonho com um dia em que Dayane Lima será humilhada. Assim que entro em meu prédio, recebo um olhar no mínimo curioso do porteiro, como eu disse, ele nunca foi com minha cara, diz que eu reclamo demais, mas normalmente ele simplesmente ignora minha presença. Agora ele está me olhando como se estivesse aprontando alguma coisa, e estivesse com medo que eu descobrisse.
Corro para meu apartamento e olho tudo, visto que ele tem uma cópia da minha chave. Mas, está tudo em ordem. A noite, recebo uma mensagem da estúpida da Lima dizendo que a viagem foi adiada para segunda-feira a noite por conta de uma reunião de última hora de manhã, e detalhe, eu terei que estar nessa reunião ao lado dela. Só de pensar em ver de novo todos aqueles que ficaram rindo de mim na última reunião, sinto meu rosto queimar. Oh! MDS, por quanto tempo ainda serei motivo de piada?

Dayrol (G!P) - A PEGADORA Onde histórias criam vida. Descubra agora