CAPÍTULO 12

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Day narrando:

Eu fico em Pânico! Não sei lidar com mulheres chorando, ainda mais uma que tenha passado por tudo que ela passou, e sendo eu, a insensível que fui tentar zoar com ela! Sinto-me ainda pior, coloco a mala no chão e me aproximo dela sem jeito, o que posso fazer? Lembro que abraça-la a acalmou da outra vez, então pego suas mãos, que estão em seu rosto, e as puxo para baixo, de modo que a puxo para mais perto e a abraço, então falo.

Day: Me desculpa, Carol! Eu nem me importei, não queria magoar você, você não teve culpa, não me incomodou, não precisa dormir na poltrona e pode dormir agarrada comigo quando quiser.

Quando olho para o rosto dela, não há nenhuma lágrima, pelo contrário ela está sorrindo.

Carol: Brincadeira! (Diz toda alegre e me empurra me afastando) não precisa me olhar desse jeito, tenho certeza que você apreciou muito dormir de conchinha com uma mulher sem transar para variar e eu não ouvi você reclamando durante a noite, pelo contrário, você estava bem feliz com a minha companhia essa manhã.

Day: (Eu ainda estou em choque. Sinto vontade de estrangular essa maldita por me deixar numa situação dessas, mas tenho que dar o braço a torcer, foi engraçado) Sabe Biazin, quando eu digo que você precisa ter mais senso de humor, não é disso que estou falando.

Ela abre um lindo sorriso e algo faz um barulho, parecendo um grilo, ela pega o celular da bolsa e olha a tela.

Day: Achei que você tivesse dito que não ia trazer isso.

Ela fica olhando a tela depois joga o celular na bolsa, pelo seu semblante, imagino que seja o tal Dreicon, ele não dá uma trégua. A alegria some de seu rosto e percebo que ele ainda mexe com ela, será que ainda o ama? Será que ainda o perdoara quando a gente voltar para casa? De repente me dá uma grande vontade de ficar mais tempo aqui, talvez haja mais investidores para conquistar, mais reuniões, talvez a filial do Rio precise de maiores acompanhamentos, qualquer coisa que a mantenha mais tempo aqui comigo e longe daquele estúpido do ex dela. E por que caralho eu estou pensando isso? Se ela voltar para casa e voltar para aquele idiota é problema dela! Deus! Estou ficando louca.

UM TEMPO DEPOIS

Chegamos ao prédio da D.V.L e percebo que ela passa de cabeça baixa e ainda recebe uns cochichos pela cena anterior, Wesley já chegou e sequer olhou para mim quando saímos do elevador. Vai logo para cima da Carol, dizendo que ela está linda e segura a sua mão até a sala de reuniões, durante a reunião toda, eu tento falar com ele e ele fica dando em cima dela, quando eu fico nervosa, ele apenas diz.

Wesley: Não precisa ser chata Dayane, você sabe que vou dar o dinheiro a você, só me deixe conseguir algo com a belezura aqui.

Maravilha! Um dos investidores eu já consegui. Quero comemorar, ainda mais quando Carol dá 3 foras educados em Wesley e um não tão delicado. Ele me chama em um canto antes de sair.

Wesley: Difícil essa sua secretária hein? Mas quanto mais difícil melhor, você já conseguiu pega-la?

Day: Eu? Eu não! Ela é minha secretária, nós não.. (ele me interrompe)

Wesley: Não me venha com essa para cima de mim, Dayane! Nós sabemos que você não resiste a um rabo de saia, ainda mais uma tão linda quanto ela. O que rolou entre vocês? Por que se ela for do tipo que está apaixonada pela Chefe, eu não tenho a mínima chance.

Day: Não! Não rolou nada entre a gente. Se ela não te der uma chance é por incompetência sua mesmo. (Ele faz uma careta e vai se despedir dela mais uma vez)

Eu estou feliz, um dos meus negócios foi garantido bem mais fácil do que eu imaginava, não que Wesley seja inteligente... Ele não é mesmo. Mas esperava que por ser tão burro, fosse mostrar mais resistência, o fato de que ele tenha concordado tão rapidamente é excelente, pois deste modo poderei me concentrar nos outros dois investidores que preciso. A isca para Harry já foi lançada, o que me lembra do jantar da Carol com ele, quase acaba com o meu humor.
Durante todo o dia resolvo me vingar da Carol por não poder tirar meu terno, não é sua obrigação passar minhas roupas, mas ela não morreria se tivesse me feito esse pequeno favor, e olha que eu pedi com educação. Bom pelo menos a partir da segunda vez, fico o dia inteiro mandando ela para todo o lado, ela não fica sequer cinco minutos sentada na mesa dela, e é cada coisa absurda que eu peço, faço questão de lembra-la que faz parte das funções dela, ela me olha não entendo o porque de pedir tal coisa, só de café faço-a pegar uns 15. Tomo um gole e já peço outro, estou vendo a hora que ela vai me arremessar todos os cafés em minha cabeça, mas está no horário de trabalho dela, apesar de ser debochada e atrevida, é uma excelente funcionária.
Dispenso o motorista na hora de irmos e vou dar uma volta pela orla da praia com a Carol, para que ela conheça um pouco, descemos do carro e a convido para andar pela areia, espero ela me bater por já ter andado o dia todo no escritório, mas ela apenas fica surpresa e aceita. Ela tira o sapato e deixa no carro e tira o casaco, estando com uma blusa preta de seda de alcinhas e uma calça social cinza.
Vamos andando pela praia sem falar nada, ela também parece estar feliz por ter dado certo o primeiro investimento, avisto uma barraca de água de coco e paro ali, pego um coco e lhe dou o outro, ela fica me olhando por um tempo e parece confusa.

Dayrol (G!P) - A PEGADORA Onde histórias criam vida. Descubra agora