Comemoração

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No fim daquele dia, Erwin, Hange e Levi encontravam-se andando pelo estacionamento da faculdade e Levi contara o que aconteceu mais cedo entre Reiner e ele.

─ Levi, você está louco? – Erwin olhava para o amigo ainda sem acreditar.

─ Eu, louco? – virou-se irritadiço para Erwin. – Se fizessem algo parecido com Hange, o que você faria?

Viu Erwin mexer-se desconfortável enquanto caminhavam e Hange meio envergonhada. Arqueou as sobrancelhas, vendo que já havia acontecido algo parecido mas que ainda não havia chego aos seus ouvidos.

─ A questão, Levi – começou Erwin. – A questão aqui é você não ter assumido Eren ainda como um namorado e o pior: você já passou por isso anos atrás e repetiu isso com um aluno. Ou você já se esqueceu disso? Agiu como um namorado ciumento protegendo Eren!

Erwin se arrependeu um pouco do que havia falado. Levi havia sofrido muito aquela época com as duras palavras e a traição de Farlan. Viu Hange balançar a cabeça negativamente, havia dado uma bola fora.

─ Não – sussurrou, por fim. – Não me esqueci – e por várias semanas havia, sim, esquecido tudo o que havia acontecido em seu passado, pois Eren estava ao seu lado. Mas ainda estava dando tempo ao tempo e quando sentisse o feeling de ter algo mais sério com o garoto de olhos esmeraldas, pediria o mesmo em namoro. Mas atualmente a relação que ambos tinham era boa e confortável, sabiam dos sentimentos um do outro e eram apenas um do outro. E isso já bastava.

─ Levi, não foi isso que eu quis dizer... – tentou arrumar sua fala suspirando, suspirando.

─ Já estou indo. Preciso preparar algumas aulas, até amanhã – sussurrou acenando para o casal de amigos, indo rumo ao seu carro.

Erwin suspirou frustrado. Claro, queria a felicidade do amigo acima de tudo. Mas também puxava a orelha do mesmo quando era necessário, mas talvez havia ido longe demais.

_____

No outro dia, Eren chegou na faculdade com um sentimento estranho no peito. Como Reiner iria encará-lo após a leve discussão que tivera com Levi no dia anterior?

Suspirou pesado.

Achava que o amigo finalmente estava vendo-o como seu igual, mas Reiner ainda queria tentar algo a mais e se sentiu ridiculamente lerdo por não perceber que todos os carinhos, toques, convites, eram com segundas intenções.

Chegou na sua bancada, sentando-se lá e pegando seu material. Viu Reiner sentar-se ao seu lado e sentiu seu coração apertar.

─ Bom dia, Eren – sorriu o loiro, colocando uma sacola em cima da bancada, chamando a atenção de Eren.

─ Bom dia, Reiner – olhou para o amigo que sorria. – O que tem dentro da sacola?

─ Algumas coisas de café da manhã. Não tive tempo de comer em casa. Comprei a mais, caso quiser comer. Sirva-se – pegou as coisas que estava dentro da sacola e começou a comer.

Eren também não havia comido nada em sua casa, pois acordou atrasado. Suspirou aliviado. O clima não estava ruim entre eles.

─ Reiner... Sobre ontem... – começou, mas o loiro interrompeu.

─ Não se preocupe – disse colocando um biscoito na boca. – Eu não vou desistir, Eren. Estarei sempre aqui. Mas agora irei respeitar mais seja lá o que você estiver tendo com Levi – levou mais um biscoito até sua boca. – Refleti bem e não gostaria de ver outra pessoa pendurada na pessoa que eu gosto e estou saindo por aí.

O Nosso Fio VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora