Decisão

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Oi, pessoal! Como vão? Espero que todos bem!
Vim dar um avisinho antes de inciarem esse capítulo!
⚠‼⚠‼⚠‼⚠‼⚠‼ AVISO E ATENÇÃO: ESSE CAPÍTULO RETRATA LEMBRANÇAS DE RELACIONAMENTO ABUSIVO E MENÇÃO DE SUICIDIO PODENDO OCASIONAR GATILHOS A QUEM SOFREU E SOFRE COM ISSO. ⚠‼⚠‼⚠‼⚠‼⚠‼
⚠‼⚠‼⚠‼⚠‼⚠‼ PS: sou TOTALMENTE CONTRA QUALQUER TIPO DE VIOLÊNCIA e NINGUÉM merece passar por isso. espero que isso fique bem claro. ⚠‼⚠‼⚠‼⚠‼⚠‼
❗❗ ESSA HISTÓRIA JAMAIS ROMANTIZARÁ ESSE TIPO DE COISA. ❗❗

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Reiner estava do lado de fora do esconderijo de Farlan e Isabel. Não era tão longe, era uma casa simples e quem a visse por fora, acharia que pertencia a um casal recém casado, pois emitia um ambiente incrivelmente aconchegante em um bairro familiar e tranqüilo.

Estava fugitivo como eles, evitando sair muito na rua em horários comerciais ou fazer trajetos que sabia que poderia ter alguma viatura ou comando. Acompanhava a televisão todos os dias e jornais também e em uma das reportagens viu um número de um investigador para denúncia.

Desde o dia em que havia ajudado Farlan a cortar os freios, não sabia o que sentir em relação a tudo. Levi era um obstáculo quando se tratava de Eren, mas quando ele saiu de campo, não teve a coragem de chegar no ex-namorado.

O observou de longe, de dentro do seu carro, o acompanhando ao entrar e sair do trabalho, se encontrando com amigos e com sua mãe e vê-lo derramar lágrimas e ficar preocupado com uma pessoa que não acordava e que sequer se lembrava dele foi doloroso, pois pensou que o ex-namorado voltaria correndo para seus braços, mas não foi isso o que aconteceu.

Se perguntou o que Levi tinha que ele não tinha, pois Eren não olhava com aqueles olhos para ele. Nunca olhou, na verdade. Nunca o amou, no fim. Saber que apenas Levi o tocou de uma forma que ele jamais o tocou e nem o tocaria era frustrante.

Parou para olhar tudo o que teve com Eren como um todo e se deu conta de que talvez nem ele mesmo amasse o moreno quanto pensou que amasse. Desde o dia em que caiu na mesma sala que Eren, no ensino médio, se viu meio obcecado e possessivo quanto a ele. Seus grandes olhos verdes vivos e brilhantes, sua pele bronzeada, seu cheiro doce, seus fios achocolatados. Era um combo de tirar o fôlego, realmente. Vê-lo com ficantes bobos de adolescência sempre o incomodou, mas até certo ponto se contentava em apenas observá-lo.

Isso foi mudando aos poucos, na verdade se deu conta que nutria algum tipo de sentimento que passasse da amizade no último ano de ensino médio. Tentou sutilmente se aproximar, mas ao que tudo indicava havia sido tarde demais: Eren estava saindo com outra pessoa quando se declarou e somente depois descobriu que era com o professor de história, Levi.

Esperou, pacientemente, até que o mais velho cometesse algum deslize e estava certo. Não demorou muito e os dois pararam com a relação que tinham, se é que podiam chamar aquilo de relação. Só sexo casual pelo que entendeu e um Eren entregue demais a uma pessoa oito anos mais velha.

Nunca que daria certo.

Bom, foi isso que pensou.

Conseguiu sem muito esforço colocar suas mãos no garoto, se aproveitando de sua fragilidade emocional e confusão e propondo algo que sabia que ele não negaria, pelo menos se sentiria mal em recusar já que havia o recusado uma vez. Não haveria desculpas agora para não fazê-lo.

Talvez tenha sido um pouco frio demais naquela época, mas pela primeira vez conseguiu provar o gosto dos lábios de Eren e eram tão doces quanto o seu perfume. Não estava arrependido, no fim.

O Nosso Fio VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora