O Nosso Fio Vermelho

Desespero

N/A
Oi, pessoal! Como estão? Espero que todos bem! Quero dar um avisinho antes de iniciarem a leitura desse capítulo!

❗❗ AVISO: O FINAL DESSE CAPÍTULO CONTÉM GATILHOS SOBRE ESTUPRO, se vc sofreu com isso ou se sente sensível, aconselho não ler e ou pule para o próximo capítulo ❗❗
❗❗ SOU TOTALMENTE CONTRA QUALQUER TIPO DE VIOLÊNCIA! ESSA HISTÓRIA JAMAIS ROMANTIZARÁ ESSE TIPO DE COISA. ❗❗
boa leitura ✨✨✨✨

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Era um fim de semana qualquer e Carla estava na floricultura. Um sábado um tanto quanto incomum, uma vez que os casamentos que teriam aquele dia foram adiados devido a grande chuva que caía aquela tarde. Carla fazia em sua grande maioria casamentos ao ar livre, então a chuva não costumava ser uma boa aliada principalmente se os casais optassem por não colocarem tendas.

Suspirava sentada na banqueta que havia no balcão, cabeça apoiada na palma da mão pequena, sendo sustentada pelo cotovelo em cima da superfície amadeirada e observava a chuva cair lá fora.

─ Que tempo horroroso – Eren disse, dando um susto na mãe que deu um pulinho para trás.

─ Que susto, menino – comentou, colocando a mão no peito. – Essa chuva vai fazer com que esfrie. Chuvas de outono são assim.

─ É verdade – Eren comentou, indo até um pequeno cabide atrás do balcão, pegando um avental que a principio ele usava para ajudar sua mãe.

─ Está curto, hein – Carla sorriu ao ver o avental branco com o logo da floricultura bem menor no filho. – Como você cresceu tanto em pouco tempo?

─ Não faço ideia. Tive que trocar todas as minhas roupas, minhas calças ficaram minúsculas de repente – Eren deu de ombros. De fato, estava mais alto e estava encorpando com muita facilidade nos últimos meses.

─ Hormônios são assim, ainda mais você que está namorando e tendo uma vida sexual ativa... O corpo desenvolve, sabe?

─ Mãe, que história é essa? – comentou envergonhado, pegando uns ramos de flores amarelas, laranjas, roxas e rosas para começar a fazer um pequeno arranjo.

─ O quê? Você transa, é normal na sua idade.

─ Eu não estou fazendo isso – comentou, enquanto pegava uma tesoura de poda e cortava as flores com certa delicadeza e destreza. Apesar de fazer tempo que não ajudava sua mãe, a sensibilidade que adquiriu com os anos cuidando das flores ainda se fazia muito presente.

─ Você e seu namorado não chegaram a transar ainda? – perguntou surpresa e viu o filho negar com a cabeça. – Isso é realmente uma surpresa.

─ Só não me sinto pronto ainda – suspirou frustrado.

A verdade era que sempre que chegavam nas preliminares Eren estagnava e não conseguia ir além daquilo. Por muitas vezes imaginava Levi no lugar de Reiner e imediatamente empurrava o loiro; não por ter visto a imagem de Levi, mas pelo fato de não ser ele quem estava tocando-o.

Não sabia ao certo explicar isso para outras pessoas e pensou se conversar e desabafar com Armin sobre aquilo ajudaria de alguma forma, uma vez que o namorado estava ficando incrivelmente impaciente toda vez que ficavam sozinhos e não conseguiam transar e não o julgava, com certeza aquela situação já estava desgastante para ele – e até mesmo para si próprio.

─ Mãe, queria compartilhar algo com você – começou, enquanto juntava ramo por ramo, milimetricamente calculado para que o arranjo ficasse perfeito.