Acabo de colocar os meus brincos e olho-me para o espelho. Sorrio com o que vejo.
Uma rapariga de cabelos azuis, lisos até á cintura. Uns lábios carnudos e vermelhos e uns olhos azuis bem penetrantes. Sou linda, e tenho noção disso. Pareço uma rapariga doce, pena que não o sou.
Não gosto de me denomiar de assasina, mas sim de rouba-almas. Sim ,pois toda a vez que mato é como se ficasse com a alma da pessoa que matei. Daí sentir-me sempre tão bela.
Pego nos meus saltos pretos, ajeito o vestido também preto bem justo ao meu corpo e saio do meu quarto partilhado. Não digo nada a Nadiya, a rapariga com quem partilho o quarto. É a rapariga mais irritante do mundo inteiro, como é que pode estar feliz sabendo que os próprios pais a abandonaram?
-Onde é que vais Coraline?- viro-me para trás e encontro a dona Crystal com os braços cruzados e uma sobrancelha ergida. Ela é das unicas pessoas de quem eu gosto realmente neste orfanato.
- Vou sair com a Claryce , já tinha pedido autorização á diretora.- argumento olhando para aquela que eu considero a minha mãe substituta.
- Vá, vai mas tem cuidado , sabes que anda por aí um assasino á anos- quase que me ri, mas não quero ser descoberta, por isso permaneci calada e apenas assenti.
Começo a caminhar até á porta principal e vou pela escadaria até ao portão. Lá fora vejo a rapariga pela qual eu esperava, Claryce.
- O sua grande cabra ,estás tão gira!- ela elogia-me assim que me aproximo dela.
-Também não estás nada mal sua vaca ! - rimo-nos as duas e aí em observo melhor Claryce. Ela tem cabelo encaracolado roxo, pelo meio das costas . Ela tem uns olhos pouco maiores que os meus e negros, umas pestanas enormes e uma boca em forma de coração. É a pessoa mais divertida e exentrica que conheço.
Vou abraçar aquela a que chamo de minha melhor amiga.
Sim, eu tenho melhor amiga e outros amigos. Não é pelo facto de matar que tenho que ser solitária e não amar pessoas. Nos livros, os roubadores-de-almas são sempre solitários e odeiam tudo e todos. Eu não sou assim, embora poucos , tenho amigos e sou muito sociavel . Além disso, isso ajuda-me a conseguir as minhas vitimas. Eu só mato quando tenho crises , crises em que tenho uma vontade incontrolavel de matar e aí dá muito jeito conheçer pessoas despreziveis, assim já não me pesa tanto na consciencia.
Dirigimo-nos às gargalhadas até ao carro vermelho que está no estacionamento.
- Hey Jake!- cumprimento o namorado de Claryce, que por acaso também é meu amigo. O rapaz loiro de olhos azuis retribui o cumprimento e entro para parte de trás do carro enquanto Claryce vai à frente.
- Onde é a festa mesmo?- ela pergunta a Jake.
- Na casa da Mary.- ele responde simplesmente e eu quase grito. Eu odeio essa miuda!! Eu sou atrevida mas aquela gaja é uma galdéria de primeira. Essa já está na minha lista de possiveis vitimas faz um tempo. Só é preciso provocar-me uma vez e começa a fazer parte da lista oficialmente.
Claryce assente e aumenta o volume da musica. Está a dar " Blank Space " da Taylor Swift.
Cause darling, I'm a nightmare dressed like a daydrem
Eu adoro essa frase, tem tudo a ver comigo. Rio com o meu pensamento e olho pela janela. Lá fora o sol começa a desaparecer e devo admitir que é uma vista fantástica. Strongnofild é uma cidade bem bonita, o que estraga tudo é aquela orfanato torturante.
Os meus pensamentos são interrompidos por alguém que me chama.
-Ei, chegamos atrasada! - Claryce avisa-me e eu ponho-lhe a lingua de fora.
- Eu sabia era só para ver se estavas atenta.- Ambas nos rimos e seguimos Jake até á porta aberta de onde saia um barulho alto. Provavelmente era musica, mas não consegui identificar qual.
Jake põe o braço na cintura de Claryce e vão sentar-se num sofá vermelho na sala. Eu sigo-lhes o exemplo e fico algum tempo a ver as pessoas que entram e saiem. Algumas estão a praticar aquilo a que eu gosto de chamar " sexo em publico" e outras a dançar ou simplesmente a falar.
Quando me viro para avisar que ia buscar bebidas , os meus amigos estão-se a comer. Como não quero interromper a marmelada, levanto-me e vou até ao suposto bar.
Lá o barman tenta-se fazer a mim e eu provoco debruçando-me sobre a mesa. Ele engole um seco. Sorrio.
-Dás-me um papel e caneta?- eu digo e ele rapidamente pega numa caneta azul e arranca um pequeno pedaço de papel de uma folha com os preços.
Eu escrevo "Talvez para a próxima tenhas sorte" pego na minha bebida e entrego-lhe o papel. Quando já vou um pouco á frente olho para trás e vejo-o grunhir frustrado. Rio-me alto e atraindo a atenção de alguns rapazes que se encontram por ali. Sorrio de lado e vou até ao sofá onde estivera antes.
Quando chego não há sinal dos meus amigos. Boa, e agora? Bebo a bebida de um só gole e embora fique um pouco tonta dirigo-me até á pista de dança.
Começo a mexer as ancas ao ritmo da musica e sinto-me observada. Olho em volta e vejo o barman a olhar fixamente para mim como que a implorar para tirar o aperto em que ele está.
Ignoro e continuo a dançar no meio daqueles corpos suados.
***
Não sei há quanto tempo estou na pista nem quantas bebidas já tomei. Não sei se Claryce e Jake já foram embora ou ainda estão num dos vários quartos da casa. Ela é gigante e foi uma enorme sorte não ter encontrado a Mary.
Um vulto agarra-me pela cintura e beija-me. Surpreendemente retibuo o beijo e ponho a culpa na bebida. Sinto-o sorrir durante o beijo e sei que é um homem pelo cheiro a perfume. Quando nos separamos para respirar vejo quem é. O meu amigo barman.
- Tu não desistes pois não?- eu digo meio a rir sem me importar com a situação.
- Tu provocaste-me demais, estou apertado á três horas e o meu turno acabou, por favor- ele faz beicinho e tenho que admitir que fica adoravel. Ele de facto é um rapaz atraente. É moreno e tem os olhos grandes e castanhos e o cabelo igualmente castanho meio espetado para cima. Também noto alguma barba por fazer. Deve rondar os 19 anos.
No entanto o facto de ele me estar a pressionar agarrando-me fortemente pela cintura dá-me uma ideia. Sorrio de lado e agarro-lhe na mão, seguindo para fora daquela casa com cheiro a suor.
- Tens carro?- pergunto-lhe inocentemente. Ele assente e conduz-me até uma carrinha preta. Eu não espero e entro logo, entrando ele de seguida.
-Para minha casa, ou para a tua?- ele pergunta com um sorriso safado e eu gargalho.
- Conheço um sitio melhor e mais confortável. Lá podemos fazer o barulho que quisermos.- ele sorri e foca-se na estrada pedindo-me instruções.
Finalmente chegamos ao destino.
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OI DESCULPEM TER PARADO AQUI MAS HAHAAHA. O PROXIMO CAPITULO VAI SER EXITANTE E ENVOLVER UMA... NAO POSSO DIZER... OK SIM UMA MORTE, SE VAI SER DO BARMEN, NAO SEI . TALVEZ SIM, TALVEZ NAO. VOTEM, COMENTEM , NAO SEI FAÇAM O QUE COSTUMAM FAZER. DIGAM O QUE ACHAM DA CORALINE , É BEM DIFERENTE DOS ASSASINOS NORMAIS , NÉ. POIS MAS ELA PODE SER TÃO MÁ COMO OS OUTRO HAHAHAAHAH SE CALHAR VOLTO A PUBLICAR HOJE. . XOXO
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Diário de uma Serial Killer
HorrorCoraline , 17 anos. Muito nova para matar? Não , faço-o desde os 9 anos. Sim, desde essa idade. Porque quando se cresce no pior orfanato de Strognofild tudo pode acontecer. Atenção: Toda a história "Diário de uma Serial Killer" é TOTALMENTE FICCIONA...