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- Muito bem , lembra-se todos do plano? - o pai de Luke volta a perguntar pela 5ªa vez.

"Sim" , respondemos em coro.

Eu pego na pequena faca que está em cima da mesa e coloco-a na bota. Depois coloco duas armas nos  bolsos do casaco. Verifico se a escuta está no sítio certo.

- Bem , vamos. - Luke diz nervoso . Vamos todos em direcção ao carro preto estacionado à frente do nosso prédio.

***

 Olho pela janela. Aquilo que mais se vê são pessoas e placas luminosas . 

Só espero que corra tudo bem. O nervosismo começa-se a apoderar de mim. 

As minhas mãos começam a suar. Limpo-as às calças e logo sinto a mão de Luke a apertar a minha perna.

Ele olha para mim num gesto de ternura e não posso deixar de sentir um aperto no coração. 

Deito a minha cabeça no seu ombro e fecho os olhos por um bocado , tentando esquecer-me de tudo o que se vai passar a seguir. 

Passados não mais de 5 minutos sinto o carro a parar.

É agora!

Abro os olhos lentamente e olho pela janela.

- Tens que ir a partir daqui para ele não suspeitar de nada.- Luke sussurra-me ao ouvido. Eu assinto e aceno a todos saindo do carro.

Ando em passos lentos até avistar a rua , já minha conhecida.

Paro e olho para a placa dourada a indicar o número 13. Quando piso o primeiro degrau da escada um arrepio percorre-me a espinha.

Um memória rápida da ultima vez que estive aqui atravessa-me a cabeça. Penso em voltar atrás e fugir , no entanto a porta abre-se lentamente . Já não há volta a dar.

Espero alguns segundos e quando me apercebo que ninguém vai sair da porta subo o outro degrau. Fico frente a frente com a porta meio aberta.

Entro dentro da casa e olho para todos os lados. Ninguém.

Fico parada no mesmo sítio a pensar para onde hei de ir... Olho para o chão e vejo uma linha vermelha.

Olho mais de perto . É sangue. Sigo essa linha que vai dar às escadas. Subo-as e vou em direção ao quarto que parecia um escritório.

Eu sabia que esse quarto tinha alguma coisa suspeita .

Fico parada em frente da porta e travo uma batalha mental comigo mesma.

Decido-me em bater à porta. Antes que o meu punho pudesse sequer entrar em contacto com a madeira ouço uma voz grossa e alta.

- Podes entrar Coraline. - eu estremeço . Não consigo deixar de sentir que aquela voz é familiar... mas não sei de onde.

Abro a porta lentamente e entro dentro da sala com a cabeça erguida.

À minha frente encontra-se um homem de fato preto com uma máscara. Tal como naquele dia...

A raiva apodera-se de mim , mas eu contenho-me e dou 3 passos à frente , sentando-me na cadeira que se encontra à frente dele.

- É bom ver-te Coraline. - o homem de negro diz . A única coisa que consigo ver nele são os olhos . Esses são esverdeados ... eu sei que o conheço de algum lado.

- O que é que queres? - eu vou logo direta ao assunto. Quero que isto acabe o mais rápido possível .

- Quero que passes para cá as armas. - ele diz e aponta para a mesa.

Diário de uma Serial KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora