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- Já pode sair. O seu tempo acabou.- a diretora diz abrindo a porta de metal da sala. Eu escondo o telemóvel rapidamente. Não poderia deixar de maneira nenhuma que ela descobrisse que eu o tinha.

Saio a correr, finalmente liberdade.

- Até para a semana.- a diretora diz acabando com a minha felicidade. - Coraline. - ela fecha a porta e sai deixando-me sozinha.

Volto para o meu quarto e quando chego lá abro a porta sem bater . Dou um pequeno guincho com a cena à minha frente. Nadiya estava debaixo dos lençois da cama com um rapaz a fazer sei lá eu o que. Mas até posso adivinhar.

Eu tapo os meus olhos e tento não me rir. Ouço a voz de Nadiya agitada. Gargalho. 

-Ok, já pode olhar.- Eu destapo os olhos e vejo Nadiya enrolada ao lençol e o tal rapaz com uns calções vestidos. Nadiya está muito corada . - Bom , acho que te lembras do Nive.

Olho novamente para o rapaz. Ah , é o rapaz da festa. Aquele com quem Nadiya saiu. Não me lembro de ela me ter contado que eles ainda falavam.

- Sim, lembro. Oi Nive .- eu digo animada como se esta situação fosse normal e ele acena. - Bem desculpa interromper...

- Hum... não faz mal... - ela diz corada.

***

Nive despede-se e sai.

-Estava a ver que o garoto não saía .- eu digo na brincadeira. - Então , conta-me o que aconteceu?

- Bem ... resumidamente nós tivemos outro encontro ontem e hoje e depois ele veio para aqui e aconteceu.- ela diz rapidamente e eu tento assimilar tudo.

-Pronto ,ok. - gargalho.

- Mas não vamos falar da minha vida sexual recentemente ativa .- ambas gargalhamos - Como é que estás? 

- Hum... Ya estou bem... Já passei lá mais tempo .- dou um sorriso triste e Nadiya abraça-me reconfortando-me .

- Falas-te com o Luke ? - ela dá um sorriso sacana e faz uma forma de coração com os dedos. 

Eu conto-lhe a conversa toda.

- Bom e depois disso , antes de eu ter tempo de receber uma resposta o telemóvel fica sem bateria... - eu digo finalizando a história.

-Vocês ficam tão lindos juntos. Jura que eu vou ser a madrinha do casamento. - ela diz ficando muito séria de repente.

- Hahahah , nem sei se vamos passar de amigos, quanto mais casados... - eu gargalho - Mas quando eu me casar, se me casar , eu juro que tu e a Claryce vão ser as minhas madrinhas lindas.

- Yes! - ela grita dando um murro no ar fazendo-me rir até doer a barriga.

***

Abro os olhos lentamente e olho em volta. Onde estou? Tento gritar , porém tenho aquilo que parece ser fita cola a impedir-me.

Olho para todos os lados. Estou presa a uma cama. O quarto é me familiar e quando olho para o lado observo a fotografia de casamento dos meus pais na parede. Eu estou no quarto deles, em minha casa.

Tento debater-me para sair dali enquanto me relembro daquele dia vezes e vezes sem conta.

- Vejo que a princesinha já acordou... - o homem vestido de negro entra no quarto e eu paraliso - Lembra-se deste quarto certo? Claro que te lembras. - Eu continuo imóvel ouvindo a conversa atentamente. No entanto ele cala-se.

Vejo-o virar-se e pegar numa faca. 

Ele vai matar-me.

Volto a debater-me mas de nada vale pois estou amarrada com cordas grossas. Os meus pulsos começam a sangrar.

- Não fiques assim princesa, não vai doer. Não queres ir ver os teus pais? - Ele torce a cabeça e aproxima-se de mim.

Os meus pulsos sangram mas eu continuo a tentar sair. A corda da mão esquerda começa a ceder e finalmente parte-se.

Ele vem na minha direção a toda a velocidade e tenta apunhalar-me . Eu sou mais rapida e pego na faca espetando-a no meio da sua testa. Ele anda para trás e eu sorrio. Tiro a fita cola.

Começo a rir.

A rir muito.

A minha cara começa a rasgar.

Mas eu não deixo de rir.

Desato a outra mão e ambas as minhas pernas. Começo a caminhar lentamente até ele. 

Ainda o vejo a respirar.

Retiro a faca lentamente do meio da sua testa. Ele abre os olhos. Já devia ter morrido.

Ele abre a boca e eu pego-lhe na lingua cortando-a. Ele tenta gritar mas não consegue.

Apunhalo-o vezes sem conta. Continuo a rir. Sinto a minha cara a rasgar cada vez mais mas não me importo com isso. Ele continua com os olhos abertos observando-me.

- Morre! - eu grito e ele fecha os olhos deixando de respirar. - Finalmente! 

Vou até ao espelho e observo-me. O meu sorriso é enorme e a minha boca está aberta até ás orelhas como se eu tivesse um sorriso gigante.

Volto a rir-me.  Num impulso começo a forçar o maxilar inferior para baixo. Ele caí , ficando pendurado apenas pela pele. Eu sangro bastante. 

Continuo a rir.


***

- Coraline! Acorda! - Acordo com Nadiya a abanar-me freneticamente . - Estás bem?- olho à volta. Encontro-me no meu quarto.

- Hum .. sim , acho eu.- coloco a mão no meu maxilar. Ok, está no sítio. Volto a focar-me na minha colega de quarto.

- Tu estavas primeiro a gritar e depois começas-te a rir muito. Não te conseguia acordar. - ela diz preocupadamente .

-Não te preocupes, foi só um pesadelo. Volta a dormir.- ela assente e ambas voltamos a por-nos debaixo do lençol.

Eu matei-o . No sonho.

Um dia será na realidade.

Muito em breve, eu sei.

*********************

OI GENTE, SEI QUE JÁ É TARDE E QUE NINGUÉM IRÁ VER ISTO AGORA MAS PRONTO.

NESTE CAPITULO TEVE UM POUCO DE MATANÇA SINISTRA E GENTE VOU SER SINCERA. EU FIQUEI ARREPIADA AO ESCREVER O SONHO. DEUS SANTO.

AMO-VOS ROUBADORAS DE ALMAS ( E DO MEU CORAÇÃO TAMBÉM)

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XOXO


Diário de uma Serial KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora