Diário de uma Serial Killer

7

- Verdade ou consequência?- Matty pergunta e eu suspiro levemente.

-Verdade.- ouço varios gemidos frustrados- Eu escolho o que quero, se quero escolher verdade é o que eu vou fazer idiotas.

Todos se calam e eu sorriu vitoriosamente.

- Então...- Matty faz um ar pensativo - Qual foi a pior coisa que já fizeste?- o meu coração para de bater por alguns milionésimos de segundo e a minha boca fica seca. Passo a lingua pelos lábios e clareio a garganta.

- Se eu te contasse, provavelmente irias entregar-me é policia.- esboço um pequeno sorriso enquanto oiço pequenos murmuros.- Mudei de ideias, quero consequencia.

-Ok... então a primeira é fazeres um strip aqui ao meu amigo Mike- Matty coloca a mão sobre o ombro de um rapaz que nunca vira antes. Aparenta ter cerca de 1.50, tem uma monocelha e a sua roupa está manchada - a segunda é passares trinta minutos no paraiso com o Mike.- faço uma cara de nojo e antes que ele consiga dizer mais alguma coisa interrompo-o.

- Agora uma fácil, por favor.- Matty sorri ligeiramente e Mike que antes estava a sorrir agora apresenta uma expressão carrancuda.

- Então... uma fácil... tens que beijar...- ele olha para todos os que estão presentes na gruta e olha fixamente para....- Tens que beijar o Luke, por 30 segundos.

Eu e Luke trocamos olhares. 

-Por mim tudo bem.- Luke diz e eu lanço-lhe um olhar mortal. Nem sei porque estou a reagir assim, Luke é para mim apenas um rapaz como tantos outros.

Coloco-me lentamente à frente de Luke e este puxa-me para si, fazendo-me ficar perto, demasiado perto. Eu coloco os meus braços em torno do pescoço do rapaz loiro.

Ele coloca-me uma madeixa indisciplinada atrás da orelha e eu arrepio-me com esse gesto.

Aproximo-me lentamente dele e os nossos lábios colidem um com o outro. 

Começo a ouvir a contagem 1...2...3... 

O que começou com um bate-chapas rapidamente se tornou num beijo profundo.

Luke agarra-me pela cintura e puxa-me mais para ele, fazendo com que fiquemos colados. Os meus dedos vão de encontro ao seu cabelo e puxam-no com alguma força. Luke sorri contra os meus lábios. Sinto uma coisa a fica dura de baixo de mim e desta vez eu é que sorriu.

-Ei? Já acabou o tempo pessoal.- Matty diz e eu desapego-me de Luke rapidamente. Sinto as minhas bochechas a ficarem quentes. É a primeira vez que coro em anos.

O jogo prossegue mas eu não presto atenção. Fixo uma pedra durante vário tempo enquanto vários pensamentos me passam pela cabeça. O meu coração ainda está acelarado. Não sei o que se está a passar. Olho para Luke e este está a fixar-me. Ficamos a olhar um para o outro o que pareçe ser uma eternidade, até que o meu telemóvel vibra. Rapidamente me apresso a desbloquea-lo.

 * Anónimo *

FESTA HOJE ÁS 10 NA CASA ASSOMBRADA.

Aproveito também para ver que horas são e vejo que já passa das quatro da tarde.

As minhas aulas já acabaram á trinta minutos. Já devia estar no orfanato. 

- Matty , vou andando, não queres vir?- o meu amigo assente e pega na mochila despedindo-se de todos seguido de mim. Antes de sair da gruta olho uma ultima vez para Luke que está a olhar fixamente para a lagoa com um ar pensativo.

***

- Estou-te a diz que as batatas azuis vão existir, eu sei que sim!- eu insisto e Matty cruza os braços sobre o peito.