Diário de uma Serial Killer

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Fico a observar Ellie durante algum tempo até arrancar o primeiro cabelo. 

Ela dá um pequeno guincho e arregala os olhos. Pego num punhado de cabelos e arranco-os de um só golpe. Ela fecha os olhos e grita enquanto a sua cabeça é projetada para trás. Continua com o olhos fechados e isso irrita-me.

 Eu quero que ela veja a minha obra de arte.

Pego na faca e lentamente corto-lhe as palpebras. Agora tenho a certeza que ela olha para o espelho. Ellie guincha muito e recomeça a chorar enquanto sangue cai pelas suas bochechas. Depois de lhe cortar as palpebras superiores continuo o trabalho. Continuo a arrancar-lhe cabelo enquanto ela grita e implora para que a deixe ir. Eu apenas me rio. Quando acabo de arrancar os cabelos todos vejo a obra de arte que fiz. Olho bem para a cara dela e afinal ela não se parece nada com Nadiya, detesto admiti-lo mas Nadiya é muito mais bonita. 

Pego na pinça e começo a arrancar-lhe os pelos das sobrancelhas Para acabar com os pelos faciais todos também lhe retiro as pestanas inferiores. Quando acabo ela já nem tem mais lágrimas para chorar por isso permanece calada a observar-se ao espelho. 

Pego em algumas madeixas de cabelo dela e guardo dentro de um saco. Em seguida pego no descascador de batatas e presiono-o contra a sua pele. Ela grita quando um pedaço de pele cai no chão empoeirado do sotão. Continuo a retirar-lhe pele e quando acabo vejo que ela continua bem viva mesmo que o sangue lhe escorra pelo rosto abaixo. Pego novamente na faca e espeto-a na vertical mesmo no centro do topo da sua cabeça. Vejo-a a perder a alma rapidamente e sorrio satisfeita quando os seus olhos se reviram ficando totalmente brancos. 

Retiro a bata branca que , como me esqueci de referir, tinha vestido e as luvas de plástico e preparo uma fogueira nas traseiras da casa. Volto ao sotão e solto a minha mais recente alma recheada com a inveja com cuidado para não me sujar. Atiro-a pela janela e limpo o sangue do chão , arromando o resto das coisas no seu devido lugar. 

Volto lá abaixo e coloco o corpo de Ellie bem no centro da lenha , tal como todas as provas , as luvas, a bata, o ralador de batatas... 

Retiro o isqueiro da minha mala e atei-o fogo á madeira. Olho em volta e vejo um garrafão com um papel a dizer 'inflamável' . Pego nele e atiro-o também para a fogueira. Afasto-me quando vejo uma grande explosão. Saio da casa.

Vou para o orfanato a pé, feliz da vida e quando chego lá só são 19:03.

Acesso o facebook e vejo as notificações .Depois começo a passar apenas as fotos e outras cenas aleatórias. Ás 20 em ponto vou ao refeitório comer. Sento-me numa mesa mais afastada do resto das pessoas e começo a comer. Sinto alguém sentar-se ao meu lado e quando vejo quem é quase que me engasgo.

-Matty?! Que fazes aqui?- ele olha para mim e sorri .

-Fui dado para adoção aos seis anos.- ele diz tristemente - E tu?- várias memórias passam pela minha cabeça.

*flash back on*

-Pronto querida, queres que eu te leia uma história?- a minha mamã pergunta e eu digo que não com a cabeça. Hoje eu fiz cinco anos , contam-se com uma mão! -Então boa noite filha- a minha mamã dá-me um beijinho na testa e eu dou um beijinho na sua testa também.

-Boa noite princesa- o meu papá diz e abraça a mamã pela cintura. Eu aceno ao meu papá e fecho os olhinhos.

***

-Mamã...Papá?- começo a gritar -Estão monstros no meu quarto- estou a ouvir gritos , muitos gritos ,levanto-me da cama e começo a correr para o quarto dos meus papás. Quando já estou perto da porta ouço os gritos mais altos. Abro a grande enorme porta e vejo um homem a apontar um brinquedo para os meus papás.

-Filha sai daqui, já!!- a minha mamã grita mas eu não entendo . O senhor olha para mim mas volta a olhar para os meus papás. Será que são amigos?

Os meus papás dizem para eu sair então eu abro a porta e digo -Boa noite , amo-vos- e quando saio do quarto dos meus papás ouço um barulho muito alto e grito muito. Ponho a mão nos ouvidos e sento-me no chão.

***

-Coraline, acorda.- alguém me acorda do mimi. Abro os olhinhos e bocejo. 

Vejo um senhor com um fato azul á minha frente. Tem um bigode engraçado.

-Temos que te tirar daqui , ok querida?

-Onde estão os meus papás?- o senhor fica triste. Eu não queria por o senhor triste. 

-Não se preocupe,vai ficar tudo bem.- Sorriu e o senhor também , mas parece triste.

O Senhor leva-me para um sitio muito longe e eu durmo. O carro do senhor tem luzes azuis e vermelhas .Eu tenho saudades dos meus papás, onde estão os meus papás?

Vejo uma casa grande e sinto uma coisa má, por isso choro. Choro muito, mas não sei porque.

*flash back off*

Limpo uma lágrima que me escorre pela bochecha e viro-me para Matty.

-Sou orfã.

Eu e Matty ficamos a falar  sobre os mais variados assuntos. Descobri que a sua mãe era acompanhante de luxo e engravidou dele por acidente. Como não se podia dar ao luxo de ter um filho tentou abortar, mas a sua gravidez já estava demasiado avançada, por isso, quando teve, entregou-o à sua mãe, avó do Matty. Ela acabou por falecer quando Matty tinha 5 anos, quase 6. Então ele foi posto para adoção, já que mais ninguém quis cuidar dele. Foi transferido para cá à pouco tempo .Nunca mais ouviu falar da mãe, nem de outro familiar. Também lhe contei a minha história, embora sem muitos promenores.

-Tens sorte! Os teus pais amavam-te mesmo- Matty diz num tom triste.

-Sim, eu sei. 

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ESTE CAPITULO FOI MAIS SOBRE A HISTORIA POR DETRAS DA NOSSA ASSASSINA FAVORITA , VAI HAVER MAIS CAPITULOS DESTE SOBRE O SEU PASSADO . OMG O MATTY TAMBEM ESTA NO ORFANATO . QUE ACHAM , COMENTEM, VOTEM, ESSAS COISAS TODAS, XOXO