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Quando cheguei ao pé Nadiya ela parecia um pouco abalada, mas acabou por ficar bem. Não derramou uma única lágrima, e por mais que eu ame ver pessoas a chorar, senti-me orgulhosa.

Agora estamos no nosso dormitório a escolher a roupa que Nadiya levará para o encontro. Depois de muita discussão acabamos por escolher uns calções relativamente curtos e uma camisola de manga comprida azul clara com o sponge bob estampado. Não fazia a minima que ela tinha estas roupas divertidas. Desde que ela veio parar a este orfanato que me lembro de ela se vestir de rosa e com roupas super curtas e apertadas. Eu tinha 14 anos, tal como ela. 

Ela finalmente sai da casa de banho e eu observo-a. Os seus cabelos loiros estão encaracolados. Deve ser assim quando ela não põe extenções e faz chapinha como antes. Os seus olhos castanhos claros notam-se claramente tal como as suas sardas que lhe dão um ar engraçado. Ela calça as suas all star amarelas e coloca a pulseira de prata com patinhos que usa sempre. Deve ser algum amuleto da sorte. Nota mental: perguntar o que significa a pulseira.

A sua maquilhagem é bastante simples , rímel e gloss. Também um pouco de blush. Ela pareçe uma pessoa nova, não sei porque ela se vestia e maquilhava como uma drag queen antes. Fica muito melhor naturalmente. 

É com estes pensamentos que eu pergunto a mim mesma o que me levou a roubar almas. Normalmente as pessoas que se denominam de psicopatas já nascem assim com uma "doença mental". As pessoas inventam isso das doenças mentais porque não conseguem admitir que há pessoas assim, que matam. Está na nossa natureza. Nós humanos matamos animais também, os seres humanos não estão ao mesmo nivel que os animais? Sim , eles estão. 

Nadiya começa a abanar a mão á frente da minha cara acordando-me dos meus pensamentos.

-Hãn?- eu olho para ela claramente confusa e ela ri-se.

-Pensava que tinhas desfalecido. -começa a rir- Já te chamei 5 vezes. - eu também dou uma gargalhada- Como é que achas que estou? Talvez seja melhor ir fazer chapinha.

Ela começa a ir em direção à casa de banho.

-Não! - ela olha para trás parando de andar.- Tu estás fantástica, assim , natural. Não tens que fingir ser uma pessoa que não és.- ela dá um sorriso tímido e abraça-me.

Eu admiro-me com o seu sinal de afeto mas mesmo assim retribuo o abraço. Ás vezes é bom sentir um abraço ou carinho de alguém. Gosto de sentir algum amor a que nunca tive acesso.

Depois de me abraçar ela pega na sua mala castanha, diz-me adeus e sai.

Eu deito-me na cama durante algum tempo mas o meu telémovel vibra passado algum tempo. Pego nele enquanto grunho e abro as mensagens.

*Ursinho carinhoso (Luke)*

Tu e eu na gelataria ao pé da escola daqui a 1 hora, espero por ti.

O meu coração começa a bater mais rapido e dou um pulo da cama. Abro o roupeiro e fico a olhar para ele.

-Foda-se, não tenho nada para vestir.- eu digo enquanto bato com o pé ansiosamente. Paro-me a mim mesma. Porque é que estou a reagir assim? Vou só comer um gelado com um rapaz. Talvez vás comer outra coisa. O meu subconsciente diz. Reviro os olhos e volto a sentar-me na cama.

Fico sentada uns minutos enquanto olho para o roupeiro. O meu olhar passa por todo o quarto até parar na gaveta. A minha gaveta. Apresso-me a abri-la e retiro a caixa das recordações para fora. Começo a retirar as coisas até chegar aquilo que finalmente procuro. 

A saia metalizada. Um sorriso percorre a minha cara ao lembrar-me. Esta saia era da minha primeira alma.

*flash back on*

-Parabéns a você, nesta data querida...- a minha funcionária favorita entra no quarto com um queque na mão. Eu sorrio, desde que vim para aqui , Rita tem sido a minha verdadeira amiga. Noto que o queque tem uma pequena vela em cima, e quando a musica acaba, não exito em apagá-la.

-Obrigada, muito obrigada- eu abraço-a com força. Ela pareçe ter sido a única a lembrar-se deste dia.

- Ainda não acabei- ela sorri largamente- Deram-me autorização para te levar ás compras. Vamos comprar-te alguma coisa querida.

Eu sorri e uma pequena lágrima escorreu-me pela bochecha.

***

-Muito obrigada e voltem sempre.- a senhora que estava no balcão diz soridente enquanto nos entrega o saco com a primeira camisola dos Nirvana que eu comprei.

- Rita, eu vou á casa de banho.- eu aviso e começo a correr em direção a estas.

-Estou no café à tua espera.- eu oiço já longe.

Apresso-me a entrar dentro da casa de banho e antes que consiga alcançar um cubiculo uma mão impede-me .

-Onde pensas que vais garota? Passa-me a tua mala.- uma rapariga que não deve ter mais de 16 anos ordena-me. Eu digo que não com a cabeça.- Passa-me a mala, já!!- Desta vez ela grita.

-Não! - eu também grito. Sinto um ardor na minha bochecha direita . Levo a minha mão de encontro à minha face dorida. Ela deu-me uma chapada. Ela cabaou de bater numa criança de 7 anos.

Deixo-me levar pela furia e quando me apercebo já estou a enfiar-lhe a cabeça dentro de uma sanita. Ela ainda se tenta debater, sem sucesso. Quando ela pára de se mexer completamente eu deixo de exercer força. De repente tenho noção do que fiz. 

No entanto, fico calma. Sorriu para mim mesma. Olho para a rapariga de cima a baixo e olho para a sua saia. É linda. Apresso-me a retirar-lhe a saia e a coloca dentro da minha mala . Saio a correr dali.

-Finalmente, demoras-te tanto.- Rita diz assim que me vê.

-Humm... tive umas coisas para fazer.- ela assente sorridente e eu sorriu nervosamente soltado um suspiro que nem sabia que estava a conter.

*Flash Back off*

-É perfeito.- eu digo com os olhos a brilhar enquanto pego na saia.

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OIII , DEMOREI 2 DIAS PARA ESCREVER ISTO SABIAM??? E O QUE DÁ FICAR A VER AMERICAN HORROR STORY SADNLNFLSDFXSDHJGFLX. GOSTARAM?? ELES VÃO SAR *DANÇA DA ALEGRIA*

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AMO-VOS MINHAS E MEUS ROUBADORES DE ALMAS 'X

XOXO

Diário de uma Serial KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora