Coincidence Or Fate?

Inefável

Narrator's Point of View

Alguns anos depois...

Respirou fundo quando viu que tinha deixado a janela aberta na noite anterior e diferente do que a previsão do tempo disse, estava fazendo sol e juntamente com ele, vinha o calor.  não era qualquer calor.. era aquele que te faz ficar mal humorado às nove da manhã. Seus olhos correram por todo o ambiente e decidiu levantar, tinha compromissos diversos na empresa e não podia se dar o luxo de ficar na cama por tanto tempo.

Antes mesmo de conseguir levantar a porta foi aberta e uma pequena coisinha passou com tudo por ela. Como no outro dia, resolveu fingir que estava dormindo e se escondeu rapidamente debaixo do cobertor. Não estava conseguindo disfarçar o enorme sorriso que estava formado em seu rosto e agradeceu por ter conseguido se enrolar a tempo.

Sentiu um peso subir por suas pernas e prendeu a respiração, não podia se mexer ou seria mais uma vez desmascarada.

– Mamãe? - Sussurrou enquanto engatinhava. – Mamãe Camz?

soltou uma risadinha e virou, fazendo com que o pequeno caísse ao seu lado. No mesmo instante que ele caiu, a porta foi aberta e ele, com toda a esperteza que vinha adquirindo com o tempo, achou uma brecha no lençol e como um pequeno ursinho se escondeu.

– Nick? - A voz soou quase sussurrada. – Nicholas?

Camila fechou os olhos rapidamente, mas não rápido o suficiente. O pequeno colocou o dedo nos lábios como se pedisse que ela não falasse nada. A mulher assentiu e o puxou para um abraço.. ali estava a proteção que ele sabia que o livraria das garras de sua babá do dia.

Os passos ficaram próximos e mais próximos e antes que houvesse um silêncio cruel, a coberta foi puxada. O garoto não conseguiu segurar e gargalhou alto, se prendendo ainda mais na sua mãe que nada dizia, apenas gargalhava junto com ele.

– O que eu lhe disse, mocinho? - Perguntou com uma falsa cara de brava.

– Fique aí sentadinho que eu já venho. - Repetiu com um biquinho nos lábios e Arlissa quase fechou os olhos para não entregar de que era sim uma tia babona, mas manteve-se quieta e firme. Aqueles enormes olhos e verdes não a faria se perder na responsabilidade de ser a babá do dia.

– E por que não ficou? - Perguntou olhando e logo depois para Camila que observava tudo atentamente. Sabia que Nicholas estava errado e não se envolveria.

– Eu estava com saudades da mamãe. - Fez outro bico e fechou os olhinhos na espera de que aquilo diminuísse a sua culpa, mas não foi isso o que aconteceu. Ele estava errado e bem, não passariam a mão na cabeça dele.

– Quando eu te pedir pra fazer algo, é para você fazer. Eu sei que você estava com saudades da sua mãe e tinha te dito que já subiriamos para vê-la.

O pequeno assentiu rapidamente e se apertou mais no braço da mãe.

– Desculpa, titia. Prometo não fazer mais.

Arlissa beijou o topo de sua cabeça e se retirou do quarto. Estava faminta. ser babá da um enorme trabalho, céus… suas amigas precisavam encontrar logo uma babá para aquela criança. Onde já se viu? É um ano procurando uma pessoa e nada. Uma coisa que ela tinha na cabeça é que não poderiam levar o Nicholas o tempo todo para o respectivos trabalho. precisariam resolver logo isso. principalmente porque ela estava ficando com fios branco e ainda era nova demais para isso.

Camila estava atenta às expressões do pequeno garoto que a encarava nesse momento com atenção. Os fios castanhos, agora maiores, caiam em sua testa e ela não demorou muito para passar a mão e ajeita-los. Era um hábito. Os olhos verdes estavam vermelhos, um sinal claro de que ele queria chorar, mas não estava se permitindo. Sempre fora um menino tímido.