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Narrator's point of view

New York - 10:35Pm

Não demorou muito para que Dinah saísse de casa. Depois do ocorrido na sala de Normani, ela sabia que coisas boas não estavam por vir. Fazia tempo em que a loira se perguntava o que estava acontecendo com a amiga. Crises e mais crises de ansiedade, choros frequentes, bebida alcoólica o tempo todo. Já estava preparada para o pior fazia um certo tempo, e ao sair de casa, percebeu que sim, o pior poderia estar chegando. Mas seria algo que a ensinaria uma grande lição.

Demorou cerca de vinte minutos para que a loira estacionasse em frente ao prédio de Camila. De pijama estava, de pijama ficou. Não ligava para isso.

Pegou sua mochila no banco de passageiro e saiu do carro sorrindo, estava feliz. Não sabia o porque, mas achou aquilo ótimo. Caminho até a frente e pressionou o interfone.. Camila já sabia quem era então abriu assim que o ouviu tocar. Dinah subiu as escadas praguejando pelo fato do elevador estar em manutenção. De longe avistou a grande porta branca. Apertou a campainha e não demorou muito para que a latina atendesse.

– Pensei que eu teria de morar aqui.. - Falou em um tom debochado, adentrando logo em seguida.

Camila a observou de cima a baixo e gargalhou tão alto que a fez virar para entender o motivo daquela risada.

– Está rindo por que, querida? inveja? - Disse enquanto olhava ao redor procurando por Normani.

– Dinah.. você está de pijama. E é de Panda? - O rosto já estava vermelho de tanto rir. – Calma, calma.. a sua mochila é de urso? quantos anos você tem, mulher??

– Deixe minhas coisas.. E nem vem, eu comprei quando fui na Espanha. Te mostrei, não lembra? - Camila negou com a cabeça e fechou a porta, indo em direção a cozinha. Dinah a seguiu. – Não precisa ficar com inveja, amiga. Quer um? eu te dou! - Camila revirou os olhos e pegou a faca para continuar o que estava fazendo. Dinah foi até a geladeira pegando um copo com água, se aproximando logo em seguida para saber o que a amiga estava fazendo. – Isso é salada de frutas? eu quero! - Exclamou ela.

– Sai daqui, Dinah! Isso aqui é para Mani.. Falar nela, o que você acha que aconteceu? Ela está péssima, confesso que quando a vi daquele jeito, pensei no Chris, ou no.. - Dinah arregalou os olhos e Camila se conteve, não queria tirar conclusões precipitadas. – Não podemos negar, Dj. Algo grave aconteceu.

– Eu sei que sim. Mas estaremos aqui para o que ela precisar. Isso é o que importa. Onde ela está? - Perguntou roubando um pedaço de uva sem que a latina visse.

– Ela tomou banho e agora está no quarto - Disse ela. – Liguei o ar condicionado e a deixei lá, quando eu sai ela ainda chorava.. Vem, vamos lá em cima. - Assentiu mas Dinah parou em sua frente, pegando a tigela com as frutas e correndo rapidamente. – Meu Deus, Dinah. Você é uma criança! - Gritou enquanto corria.

Chegaram no quarto ofegantes. Normani estava deitada com a cabeça encostada no travesseiro, chorava baixinho. As meninas se olharam de relance e negaram com a cabeça, já haviam se preparado para saber o que tinha ocorrido. Se aproximaram, Camila sentou na ponta da cama e Dinah ao seu lado. Tocou em seus cabelos e fez um carinho leve, fazendo com que a mesma se aconchega-se nela.

Indefesa. Desprotegida. Sem rumo. Naquele momento seria os sinônimos que a descreveria. Já parou para pensar em tudo que ocorre durante todo o seu dia? Todas as decisões que tomou para chegar até aquele "ponto ruim" em que se encontra? Normani só pensava nisso e se perguntava a todo instante o que fez para sentir aquilo. Talvez esse ponto ruim, nao fosse tao ruim assim. Mas quem falaria algo? Mostrariam a Normani que estariam ali, como sempre estiveram.

Coincidence Or Fate?Onde histórias criam vida. Descubra agora