Coincidence Or Fate?

I am what I am

Lauren Jauregui's point of view

New York - 08:30 am

"Apesar do sorriso bonito e do jeito de menina, ela não faz o tipo mocinha e costuma achar graça da própria piada por justamente se enrolar ao contar. Ela é moderna e gosta de coisas velhas, ela é assim, não gosta de nada e gosta de tudo, mesmo que esse tudo em nada faça seu agrado. Ela é assim, não se sabe como nem por onde, só se sabe que por algum lugar e que de alguma maneira. Sarah, Ana, Luiza. Não se sabe, mas sabemos que nunca saberemos. Ela é assim, apesar de não ser como parece, parece de alguma maneira, ser."

– Marcos Felipe

Qual será a sensação de ter um relacionamento durante um tempo que seja mútuo? Não lembro se eu já tive isso, sabe? Essa sensação de frio na barriga ao ver a pessoa, ou de querer estar sempre perto. Na verdade, eu acho estranhamente sufocante. Não sei se é normal, mas contato físico não me parece ser algo atraente. Não todo o tempo. Gosto de privacidade. Gosto da liberdade que me é dada ao "não ter um relacionamento". Posso sair a hora que eu quiser, beijar quem eu quiser, fazer o que eu bem quiser. Posso acordar hoje e dizer "hoje acordei com vontade de viajar o mundo" vou e simplesmente faço. Claro, eu não faria por causa da Taylor. Mas quando você namora, tudo é mais complicado. Me entende? Eu direi caso você não entenda que tudo bem, nem eu entendo minhas opiniões às vezes. Pareço uma adolescente que está se descobrindo. Eu consigo complicar tudo de um jeito curioso, eu sei. Posso ouvir Ally falando "Nem o Ethan lhe deixou assim, Jauregui?" E eu respondo o de sempre " Nem ele." A reação é a de sempre; olhos grandes e bicos retorcidos. Consigo imaginar claramente ela pensando no quão difícil é para alguém me conquistar. Eu juro, não é tão difícil assim me conquistar, o difícil é manter-me interessada. "Você apenas não se encontrou, Lauren. Tenha calma" Diria dona Clara. Talvez eu concorde com ela. Por que eu preciso encontrar-me agora? Há realmente uma regra de "Você precisa se encontrar até os trinta" ou "A sociedade precisa saber quem você é"? Se me disserem que sim, existe essa regra, eu a burlaria. Mas é óbvio, estou numa luta implacável para saber quem é Lauren Jauregui.

Diriam "Diga-me quem és, e eu te mostrarei quem eu sou" mas eu nao sei quem eu sou. Então eu nunca uso esse ditado, é forte demais para alguém como eu. Me considero completamente aleatória. Sou de dias e não de meses. Sou de humor. Sou de boa vontade para ter tal atitude. Sou de pessoas e o que sinto por elas. Eu posso amar uma pessoa com a minha vida, e no outro dia, acordar tão mal humorada que não quero vê-la por perto.

Haverá dias em que acordarei disposta a ter contato social, em outros, eu simplesmente irei querer ficar na cama. Não ver ninguém. Porque se formos parar para pensar, as pessoas são tão complicadas quanto eu. Ninguém sabe exatamente o que quer. Mas dizem saber, somente para passar um papel de "eu me conheço". Penso que estamos propensos a mudanças contínuas, sejam elas pequenas ou grandes, sempre mudamos. Então como podemos dizer que nos conhecemos ou "Eu conheço aquele alguém"? Posso acordar em um dia gostando de morangos, e no outro não suportar sentir o cheiro deles. Realmente nos conhecemos? Não, eu não sou nada do que dizem que eu sou.

Além de aleatoria, sou confusa. Transpareço confiança em alguns momentos, e juro, vem sem eu perceber. Não é algo que me acompanha todo o tempo. De uns tempo para cá, tenho percebido que a minha autoconfiança vem quando eu estou bêbada. Ja pensei ate em manter-me vinte e quatro horas do dia alcoolizada, mas percebi que infelizmente, eu não posso. Eu tenho atitude, mas é imperceptível. Na mesma velocidade que vem, ela vai. Quando eu vejo, já fiz. Simples assim.

Geralmente nao acredito que sou capaz de algo, ou desisto no meio do caminho. Reclamam, obviamente. Dizem que eu deveria terminar o que começo. Eu tento concluir as coisas, mas perco o estímulo no meio do caminho.