Lua de açúcar

48° degree's

Desci a rua com a maior velocidade que consegui, esperava ainda alcançar Jacob, desejei com todas as minhas forças que o ferry não houvesse partido, eu precisava vê-lo.

Ao virar a rua bati em algo e fui arremessada para trás, como se batesse contra uma parede a alguns quilômetros por hora. Era Jacob, que me segurou pela cintura me salvando por alguns centímetros do chão duro. 

- BELLA! Você está bem?

Levei um instante para recuperar o ar e a sanidade, o sangue fluiu com muitos força em meu corpo quase que instantaneamente, por alguma razão me senti incrivelmente viva.

- Jake! Jake, eu. - As lágrimas vertiam de meus olhos sem que as pudesse controlar. Eu não acreditava na imensa sorte que estava se abatendo sobre mim, Jacob não havia partido, ele estava aqui, bem na minha frente. Meu coração disparou ao vê-lo, eu não podia perder tempo, talvez ele quisesse se virar e sumir a qualquer instante, eu não me daria ao luxo de arriscar - Não posso ficar sem você! Já te perdi várias vezes, não aguento te perder de novo! Não dá! Sem você... não dá pra aguentar.... -  Eu o senti me puxar para mais perto dele, me afastando do chão, nossos corpos se tocavam quase completamente agora. - Eu não me importo que você possa ter um imprint... e eu deixe de ser....prioridade... desde... desde que eu possa ter você na minha vida! Eu não posso te perder Jacob! Eu não...- As palavras precisavam sair, não existia espaço para vacilação nem tempo a perder eu faria tudo, eu precisava que ele não fosse, eu não esconderia nenhum sentimento agora. - Não posso e não quero mais fugir disso, eu...preciso de você!

A luz fraca da rua iluminava com dificuldade seu rosto, mas pude ver um leve sorriso se mover abaixo dos músculos de sua face que por um instante me trouxeram meu Jacob de volta, eu o via ali embaixo do lençol de água extremamente fino que nos envolvia.

Ele me puxou ainda mais para perto me abraçando, seus braços me envolviam, eu estava no meu lugar seguro novamente.

- Eu não vou a lugar nenhum Bella, até que você me mande embora! Você é o centro da minha vida, da minha existência, não existe nada além de você. O meu mundo orbita a sua existência. - O céu havia se aberto e um feixe de luz do sol iluminava a noite que se tornava dia. Ou talvez fosse só em minha alma. - Agora sei que jamais terei que lhe abandonar! Por nada, nem por ninguém, não lhe farei mal algum! Nenhuma maldição vai me tirar de você! Estou aqui e sou só seu... até a eternidade, se você assim desejar.

Suas palavras me fizeram sentir como se ele nunca tivesse ido embora, nunca houvesse se afastado, e seus braços me mostravam que ele não desejava partir. 

Seus olhos estavam no nível dos meus, eles estavam muito brilhantes e me penetraram a alma, seus lábios cheios emolduravam um meio sorriso tímido e apreensivo em seu rosto. Nossos rostos tão próximos, eu sentia que meu coração saltaria do peito a qualquer momento, não havia outro lugar onde eu precisava estar, eu não podia ir a lugar nenhum. Então sem hesitação me permiti confessar, já havia decidido, e não tinha como nem porque continuar fugindo, minha alma falava por mim agora.

- Eu te amo Jacob!

Não precisei dizer mais nada a Jacob, sem que eu tivesse tempo de dar um suspiro se quer, eu mal havia terminado de pronunciar seu nome, seus lábios estavam nos meus. Eles abriam caminho imperiosos sobre os meus que cederam sem vacilar, seu beijo era muito diferente de tudo que já senti, quente e doce. Eu sabia que não podia e não queria impedir meu corpo de reagir, eu o recebi como uma planta carnívora com sua presa, o envolvendo sem permitir defesa, sem deixar espaço para liberdade, ele havia se declarado meu, agora eu não o deixaria escapar.

Minhas mãos subiram até seu pescoço mas não se contentaram em ficar por ali, seguiram até seu rosto puxando-o para mim, ele era quente e sua pele queimava sob minhas mãos. O sangue pulsava em meus ouvidos e eu não ouvia nada ao redor, apenas podia sentir Jacob e seu toque gentil ficando menos cauteloso sobre mim a cada instante.

Sua pele era quente macia, diferente daquela que já havia me tocado antes, meu corpo se ouriçou com a possibilidade de não precisar me conter e me entregar ao toque, ao impulso e apenas seguir sem pensar de mais ou com restrições, Jacob era um território livre.

A tempestade se tornou torrencial e nos envolvia. Me dei conta de que o ar não encontrava mais espaço para entrar em quantidade suficiente quando fiquei tonta e ele me segurou instintivamente, foi quando eu soube que precisa daquilo. 

Sua figura se agachando para me alcançar, suas mãos encontraram minhas pernas e a separaram, ele as jogou ao redor de sua cintura me colando a ele e me aquecendo ainda mais. Meu corpo inteiro estava fora do chão e enrolado em torno dele quando começou a me carregar até encontrar uma árvore grande e frondosa na lateral da rua atrás de mim.

Seus lábios nunca deixaram os meus enquanto ele me carregava, eu o consumia. Minhas mãos escorregaram procurando algo a que pudessem se prender num impulso incontrolável, encontraram o caminho do pescoço até a nuca de Jacob e se enrolaram em seu cabelo, o puxando com firmeza, a eletricidade fluindo entre nós era forte e contínua, minha respiração estava fora de controle agora assim como minha mente, eu não pensava em absolutamente mais nada além dele, de sua energia e calor me envolvendo.

Suas mãos estavam em minha bunda, ele empurrou seu corpo contra o meu arrancando um suspiro profundo e acelerando ainda mais minha respiração que lutava para me preencher. O toque de sua pele começava a me queimar como brasa mas eu gostava do ardor e não podia me afastar, meu corpo reagiu a ele, minhas pernas se fecharam em sua volta como uma aranha enrolando sua presa. 

Seu calor começou a irradiar através do meu corpo, suas mão deslizaram para as laterais até minha cintura mas não pararam, elas subiam assim como a intensidade de seus beijos que encontravam nos meus uma resposta digna, elas passaram pelos ombros e seu calor me queimou como uma marca, quando elas chegaram ao meu pescoço Jacob me conduzia e eu não podia mais oferecer nenhuma dominação, ele me fez entregue.

O mundo se fechou a nossa volta, éramos o centro de tudo e de coisa alguma, nem a chuva nos alcançava mais, as gotículas ainda escorriam em nossos corpos mas eram raras, o calor que Jacob possuía estava fervente e as fazia efervescer sob sua pele. 

Minhas mãos deslizaram seguindo o formato de seu corpo delineando seu peito até a cintura, elas se moviam com urgência e desenharam sob ele até as costas, animadas por elas serem largas e firmes, Jacob me pressionou com mais vontade e me beijou ardentemente quando elas se arquearam sobre ele e o friccionaram com as unhas de cima a baixo. 

Suas mãos agora pareciam estar em todos os lugares ao mesmo tempo, me reivindicando. Sua respiração pesada injetava em mim seu calor que  invadia e inebriava, eu levitaria se não estivesse tão entranhada nele. Meu dedos encontraram sua pele embaixo da camisa na divisa com o cós, e forçaram para baixo buscando um meio de invadir e tomar mais de sua pele quente.