A Fuga

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Pov. Elizabeth

–Ótimo, estou toda suja com o seu sangue podre – disse tentando me limpar.

–Para de encher o saco e vamos embora. O plano ainda não acabou, podemos fracassar, então faça o favor de colaborar. – Disse empurrando o corpo do vampiro para dentro da cela, e depois o trancou lá dentro.

-Eu sempre colaboro.

Subimos a grande escadaria até chegar no hall do castelo. Andamos à espreita pelo jardim e depois entramos sorrateiramente pelos outros cômodos, conferindo se estava tudo vazio.

Meus sentidos não estavam tão apurados como de costume, mas serviu para alguma coisa.

Quando chegamos na parte do castelo que nos interessava, eu percebi que por enquanto não tinham muitos vampiros por ali. Respirei aliviada.

- Primeira fase concluída – Sussurrei – Eu preciso de sangue, se não, não vou ser de grande ajuda.

–Eu sei – ela concordou - Agora temos que nos separar. Nos vemos na sala central. Não faça besteira e tome cuidado.

–Preocupada comigo Roller?

–Vai para o inferno – ela disse dando um sorriso e eu retribui.

Dali em diante nos separamos e correremos em direções opostas.

Ela foi por um lado e eu para o outro. Eu corri até a cozinha para pegar sangue, precisava estar forte, se não seria apenas um peso morto, literalmente morto, quando Ícaro me pegasse.

Aquele castelo era um labirinto enorme, demorei algum tempo para achar a cozinha tomando o maior cuidado possível para não ser vista.

Assim que achei o lugar, tinha um vampiro lá dentro. Não tinha como me esconder, eu precisava de sangue.

–Ora, ora, olha quem fugiu. – Ele sorriu empolgado quando entrei na cozinha. – Vou ganhar muitos bônus por isso.

Ele pegou uma faca em cima da mesa e eu o encarei revirando os olhos.

–Fala sério...

Ele atirou a faca em mim, mas eu desviei.

Ele começou a tacar tudo que era ponte agudo na minha direção e teve uma hora que ele acertou meu ombro me fazendo gemer. Eu puxei a faca grudada em mim com raiva.

Sangrou um pouco o que o deixou feliz, mas cicatrizou em menos de 10 segundos para a tristeza dele e agora ele tinha me irritado.

Pulei em cima da mesa que estava separando nos dois. Cai em cima do infeliz e quando ele tentou virar as posições e me dar um mata-leão, eu quebrei seu pescoço o matando na hora.

Levantei correndo antes que outra pessoa aparecesse.

Abri a geladeira e meus olhos brilharam quando vi aquela quantidade de sangue humano fresco. Eu rapidamente peguei duas bolsas de sangue de uma só vez e bebi sem nem sentir o gosto, de tanta pressa que eu estava para ganhar força.

Beber sangue depois de tanto tempo era uma carga de energia, mas beber sangue humano era tipo uma injeção de adrenalina.

Eu podia sentir meu coração disparado pelo excesso de algo, que na verdade eu nem deveria tomar. Eu tenho um histórico desastroso em relação ao sangue humano.

Mas eu não tinha opção no momento.

Meu corpo estava elétrico e eu podia ver pelo reflexo da geladeira meus olhos evidenciando a quantidade de sangue humano que eu estava bebendo, trocando o dourado pelo vermelho em meu olhar.

A Irmã de RenesmeeOnde histórias criam vida. Descubra agora