O colar de safira

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Minha cabeça parecia que ia explodir. Eu me sentia totalmente exausta, como se um trator tivesse passado por cima de mim ou como se eu tivesse acabado de chegar de uma guerra.

Quando abri os olhos devagar minha visão estava embasada, sem foco nenhum. Pisquei algumas vezes e tentei me levantar sentando na cama e percebi que estava na mansão, mais precisamente no escritório de Carlisle o qual estava com a cara enfiada no computador enquanto Edward estava encostado a uma janela distraído.

Meu coração disparou de repente e Carlisle correu até mim como um vulto.

-Até que enfim acordou. - Disse me fitando, seu corpo todo emanava preocupação e até mesmo um certo alivio. Aquilo começou a me preocupar. - Como se sente?

-Horrível - Fitei minhas roupas e estavam surradas e sujas de terra e grama. - Quanto tempo eu dormir?

-Quatro dias. - Respondeu com a voz tensa e eu arregalei os olhos.

Eu apaguei por quatro dias?

-O que foi que aconteceu? - Perguntei mais para mim, do que para ele.

Eu nem conseguia imaginar o que pudesse estar havendo comigo. Quatro dias?

-Do que se lembra Elizabeth? - Perguntou meu pai se aproximando.

Seu rosto para mim estava duro, sem expressão, mas eu conhecia aquele olhar de poucos amigos. Mas assim como Carlisle, cada parte do seu corpo não exalava outro sentimento a não ser preocupação.

Aquilo estava me incomodando de verdade.

-Lembro de vocês me acusarem de bater em Renesmee - disse respirando fundo - Eu fiquei nervosa. Não sei direito o que houve. Só sei que perdi o controle dos meus impulsos. Foi uma coisa estranha. - Sussurrei confusa. Não conseguia me lembrar com clareza do que tinha acontecido. - Meu corpo ficou quente e meu coração disparou tão rápido, que doía cada vez que ele batia - suspirei - Depois só lembro de sair correndo. O que aconteceu depois? - Perguntei tentando me levantar e cai de cara no chão no mesmo segundo.

Acho que não tinha força nem para soprar uma velinha de aniversário. Meu pai me pegou e me levantou, sentando-me na maca outra vez.

-Você está bem? - Perguntou.

-Estou, só quero saber o que houve. - Perguntei agoniada.

Carlisle deu um longo suspiro e senti aos poucos a preocupação se esvaziar dele e a irritação tomar conta.

-Na verdade não sabemos com exatidão. - disse andando de um lado para o outro. - Nós achamos que isso possa ser algo relacionado com seu lado humano, que talvez só agora resolveu aflorar, ou você fez isso sozinha sem perceber.

-Como assim?

- Pense comigo Elizabeth. Os recém-criados são muito mais fortes do que nós, certo? Isso porque nos seus primeiros meses de vida eles ainda tem sangue humano correndo em suas veias numa velocidade altíssima. Depois de um tempo esse sangue é eliminado, e ele passa a ser como nos. - disse explicando devagar para que eu pudesse acompanhar.

Eu estava tentando, porque geralmente as teorias de Carlisle faziam sentido.

-E?

-E que você Elizabeth, assim como Renesmee também é humana. Há sangue humano correndo em suas veias, só que seu sangue não funciona como o dos recém-criados. Ele está aí apenas para mantê-la viva e saudável. Porém não foi o que aconteceu quatro dias atrás...

- Quando você ficou nervosa - meu pai começou a explicar - Seu corpo disparou o seu coração. O que fez com que seu sangue começasse a circular muito mais rápido. Isso fez você ficar com a mente nublada, talvez pelo susto ou até mesmo pela raiva. A questão é que, precisou que eu, Emmett e Jasper pudéssemos segura-la para conte-la. Sua força foi tão grande, que você quase arrancou meus braços.

A Irmã de RenesmeeOnde histórias criam vida. Descubra agora