27 - "Posso te pedir uma coisa?"

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Quando eu e Cole finalmente chegamos ao nosso destino, Los Angeles, nós fomos direto para uma das lanchonetes do aeroporto, eu enchi o saco dele para andarmos rápido porque não estava aguentando de tanta fome, e ele só reclamava por está carregando minha mala cor de rosa pelo lugar lotado.

Eu até acho graça.

Após comer, saímos a procura de um Uber, eu achei que seria difícil encontrar por ser quase duas da manhã, mas para minha surpresa, tem vários carros em um estacionamento próprio para os motoristas.

Cole ajuda ao homem de meia idade a guardar nossas coisas no porta malas enquanto eu aguardo já dentro do carro. Logo Cole se junta a mim e eu digo o endereço de minha casa ao motorista que sai em seguida.

Cole está pensativo e sinto como se ele precisasse desse momento apenas com seus pensamentos, então fico na minha. Mas para minha surpresa pela segunda vez essa noite, ele segura minha mão e me faz chegar mais perto, eu não hesito.

  - Você está bem? - Pergunto receosa.

  - Eu estou bem, Lil. Ou pelo menos vou ficar. - Eu me afasto e ele me olha de cenho franzido. - O que foi?

  - Lil? É a segunda vez que me chama assim e nem percebe.

  - Não é não.

  - É sim, Cole. - Ele fica envergonhado. - Relaxa, não precisa ficar sem graça.

Ele rola os olhos e relaxa no banco.

Minutos depois, finalmente o carro para de frente a minha casa. Sinto meu estômago gelar no mesmo instante. Eu e Cole dividimos a corrida e pagamos ao homem após pegar nossas malas.

Cole admira a casa por um momento, até eu me pego fazendo isso.
É uma casa grande e bonita.
Qualquer um que olhe pensa que é uma casa de ricos arrogantes, mas não, meu pai apenas sempre quis nos deixar o mais confortável possível, e em questão de casa, ele com certeza conseguiu isso.

  - É uma casa bonita e bem grande. Corro risco de me perder aí dentro?
 
  - Devia está preocupado em entrar dentro de outra coisa, Cole. - Digo rindo e passando por ele.

  - Caralho. Não te conheci safada assim.

  - Você não conhece nem cinco por cento de mim, meu bem.

Nós rimos e seguimos para a entrada.
Obviamente a porta está trancada, mas no meu primeiro toque na campainha ela é aberta.

Minha mãe, vestida em uma de suas camisolas finas e coberta com um hobby nos atende. Seu sorriso se alarga quando me vê, ela logo está agarrada a mim em um abraço apertado.

  - Achei que iria ter paz sem você, mas só senti falta. - Ela diz ainda abraçada a mim.

  - Também senti saudade, Amy.

Desfaço o abraço e seu olhar cai imediatamente sobre Cole, que nos observa no canto. Ela me olha sem entender e então eu peço para entrarmos e depois disso podemos conversar melhor.

Deixo a minha mala pequena e a mochila de Cole no pé da escada e então sigo até a sala onde minha mãe está sentada no sofá, esperando que nós dois façamos o mesmo.

  - Você não disse que ia trazer visita, Lili.

  - Foi uma decisão de última hora. - olho para Cole que se mantém calado. - Cole ia ficar em um hotel, mas eu seria bem mal educada se deixasse isso acontecer, não é?

  - Sim, claro. - Ela analisa ele por um instante. - Você é o famoso filho da mãe que enche o saco da minha filha?

Eu e Cole trocamos olhares.

𝐒𝐇𝐔𝐓 𝐔𝐏, 𝐅𝐔𝐂𝐊 𝐌𝐄.Onde histórias criam vida. Descubra agora