𝐒𝐇𝐔𝐓 𝐔𝐏, 𝐅𝐔𝐂𝐊 𝐌𝐄.

29 - "Eu sinto muito"

Depois que Lili foi para casa, eu precisei respirar fundo para conseguir entrar novamente na casa e poder resolver o que tinha para fazer aqui.
Alguns segundos do portão até a porta de entrada, foi o bastante para eu pensar umas cem vezes se realmente entrava ou se ia até onde Lili está agora, saindo para longe daqui.

Sabendo que preciso ficar, abro a porta fazendo os três homens me olharem curiosos para saber o que havia acontecido. O primeiro a abrir a boca é Matthew, que e aproxima com uma falsa feição de preocupação.

  - O que aconteceu com a garota? Ela estava passando mal?

  - Não. Ela não estava passando mal. - Digo cerrando os punhos. - Ela só não suportou encarar o homem que tirou a vida do pai dela.

Matthew me olha com confusão, assim como Jordan e Jeffrey.

  - Do que você está falando, garoto?

  - Você não lembra? - Dou um passo em sua direção. - Não lembra do homem que você atropelou e fugiu feito um covarde?... - Ele arregala os olhos. - ...e voltou depois porque sabia da gravidade do que fez? Mesmo sendo tarde demais.

  - Ela é... Porra, eu não... Cacete. - Ele esbraveja.

  - Eu não preciso dizer o que penso sobre isso, Matthew. Você é uma covarde de merda, que tirou a vida de um inocente e que deve ter gerado toda uma mentira para sair livre.

  - Olha como fala comigo...

  - Não me venha com essa, seu infeliz.- Digo me aproximando e ao mesmo instante passando por ele. - Podemos ir ao que interessa? Jeffrey?

  - Sim, claro. - Ele diz pegando alguns papéis dentro se sua maleta. - Esses são os testamentos, nesses papéis vocês tem tudo que precisam saber. - Ele entrega um a mim e outro a Jordan. - Aí tem a divisão dos bens, quem fica com o que ou com quanto.

  - 85%? - Digo. - Eu vou ficar com 85% por cento de todo dinheiro que ela conquistou? - Pergunto um pouco chocado.

  - Eu não devia receber um desses também? - Matthew pergunta

  - Devia. Mas apenas se você tivesse direito a alguma coisa do testamento. - Jeffrey diz me fazendo quase rir da cara de desgosto de Matthew.

Ele não ficou com nada?
Minha mãe não deixou nada para ele?

Obrigada mãe.

  - Você também ficou com a casa. - Jordan diz. - Essa mansão é toda sua.

  - O que? Isso não é possível. - Matthew esbraveja ficando de pé. - Eu moro aqui. Melanie não me deixaria sem nada.

  - Por favor, não diga o nome dela. - Peço irritado. - Você matou ela, como pode ser tão babaca ao ponto de agir como se nada tivesse acontecido?

  - De novo essa história? Eu não matei a sua mãe, seu moleque.

  - Não, você não matou. Você não faria o trabalho sujo, não é? - Me aproximo dele que recua. - Eu falei com aquele médico, ele confessou tudo. Eu tentei provar tudo e quando eu achei que iria conseguir, você fez ele sumir para não manchar seu nome. - Digo com a paciência no limite. - Eu não sou burro, eu sei de tudo, ele confessou tudo que você fez ele fazer, mas infelizmente eu não tinha como fazer você mofar dentro de uma gaiola.

  - Você é louco, garoto. Louco e você...

  - Você não passa de um rico filho da puta e desgraçado.