65 - "É, eu também espero"

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A caminho da tão esperada festa, pelo menos para Camila, nós conversamos sobre assuntos totalmente aleatórios, e
quando Cole finalmente estaciona o carro de forma hesitante na frente da casa em que mora DO e seus colegas, nós descemos do carro e passamos a arrumar nossas roupas antes de entrar na casa.

Camila pede ajuda de Charles com a alça de seu vestido de lurex preto justo, em seguida, arruma a gola da camisa do namorado que lhe dá um selinho em agradecimento.

Casey apenas arruma a calça jeans que faz combinação com uma camisa de botões estampada, e volta a digitar uma mensagem, acredito eu, para Jordan. Ele sai do transe quando Camila grita seu nome o chamando entrar junto dela e do namorado.

Quando ela me chama, apenas faço sinal que irei ficar mais um pouco do lado de fora com Cole.

Cole está encostado no carro, de braços cruzados apenas olhando a movimentação a sua frente. Vou até ele, me aproximando o bastante apenas para ficar perto e poder arrumar sua camisa preta de botões.

Ele não se move, nem se quer me olha.

- O que foi? Está com medo de entrar lá e não conseguir resistir a tentação de quebrar a cara do DO? - Pergunto.

- Porque não me choca perceber que você me conhece tão bem?

- Porque eu realmente te conheço bem, e sei que não vai fazer nada para tornar essa festa um inferno. - Ele me olha. - Não, é?

- Não, não vou. Por mais que essa seja minha vontade. - Ele passa os braços em volta de minha cintura. - Esse filho da puta engravidou uma garota, que se sentiu tão sozinha a ponto de abortar, e olha lá ele... - Cole olha DO ao longe tomando uma bebida qualquer. - ... curtindo como se nada tivesse acontecido.

- Será que ele realmente sabe?

- É claro que sabe, Lili. Todo mundo aqui sabe. - Ele não desvia o olhar do ex amigo. - DO não era assim. Ele era um cara legal, eu sabia dos problemas dele com os pais, e por isso sempre o recebi em minha casa, e tive ele como um irmão, mas nunca pensei que ele se tornaria esse filho da puta. - Cole parece voar por entre as lembranças. - Charles, ele e eu éramos inseparáveis. E ele passou a fazer umas merdas que eram imperdoáveis, até o dia que eu... você sabe.

- Sei sim. - Apoio a cabeça em seu peito. - Mas você não teve culpa de nada. Ele sim, por se fazer de amigo e fazer coisas sem se importar com a amizade de vocês.

- Não sinto falta dele, sabe? Tenho Charles e Camila. O casey. Tenho você agora, e o Jordan de volta. - Ele me olha finalmente. - Mas tenho pena de quem ele se tornou.

- Amor, essa é nossa última noite aqui. Não vamos estragar ela falando nele, tá bem? - Me afasto dele o bastante para arrumar minha roupa mais uma vez. - Vem, vamos entrar, encher a cara e mais tarde... - lhe dou um selinho - você sabe. - Sorrio maliciosa.

- A melhor parte é o mais tarde. - Ele sorri e eu nos guio para dentro do casa.

Nós cumprimentamos algumas pessoas pelo caminho até onde estão nossos amigos dentro da casa. Charles faz questão de pegar nossas primeiras bebidas, e ali nós ficamos por muito tempo. Tempo o suficiente para que a bebida fizesse efeito o bastante para nos levar a animar a festa do nosso jeito.

Eu e Camila vamos para a pista de dança improvisada na sala, e os meninos permanecem sentados nas banquetas nos observando como leões prestes a capiturar a refeição do dia.

A música sexy bitch inicia ecoando por todo o ambiente e além da própria casa. Camila segura minhas mãos em aprovação a música que toca, eu rio de sua empolgação.

𝐒𝐇𝐔𝐓 𝐔𝐏, 𝐅𝐔𝐂𝐊 𝐌𝐄.Onde histórias criam vida. Descubra agora