37 - "Nosso segredinho"

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Após o nosso jantar altamente hilário, isso pelas histórias de Casey que quase nos mata de tanto rir, dos traumas de Camila com seus ex namorados, de Charles dizer que morria de ciúmes de Camila com outros caras e levar a mesma a ficar indignada por ele nunca ter chegado nela e falado o que realmente sentia, eu já não aguentava mais ficar perto deles, minha barriga dói de tanto rir, Cole quase não falou, ele se encontra pior que eu no momento. Rindo feito um louco.

Eu saio para o sofá após colocar meu prato na pia, pouco depois todos já estão ao meu lado.

  - Sério Camila, eu achei que o meu vexame da dor de barriga no primeiro encontro foi ruim... - Casey começa ainda rindo. - ...mas vomitar no pé do cara depois de comer demais, com certeza venceu.

  - A comida estava muito boa, tá bem? - Ela ri. - Mas eu realmente exagerei.

  - Exagero foi quando você chegou na minha casa chorando porque o cara te largou sozinha no restaurante. - Charles diz.

  - Você não reclamou na hora que eu cheguei lá, Charles.

  - Claro, eu adorei ouvir aquilo. Era menos um no meu caminho. - Ele diz erguendo as sobrancelhas.

  - Filho da mãe. - Camila diz rindo eu a acompanho. - Tá bem, acho que já rimos o bastante, preciso me trocar.

  - Vocês não vão mesmo? - Casey pergunta.

  - Não Casey, prefiro ficar em casa hoje. - Digo e vejo Cole lançar um olhar para Camila que ri discretamente. - Mas acho que Cole está afim de ir, não é?

  - Eu? Não, eu não. - Continuo olhando para ele. - É sério, não vou deixar você sozinha aqui.

  - Até porque ele tem uma coi... - Camila começa falar, mas Cole corta ela. - Desculpa.

  - Ué, deixa ela fa... - Charles é interrompido.

  - Estou indo me trocar, vamos Charles. - Ela diz já o puxando pelo braço e indo para o andar de cima.

  - Estou indo também, tchauzinho. - Casey também se retira.

Cole faz menção de sair para a cozinha, mas eu o puxo pela camiseta.
Ele senta no sofá novamente, não me olha e fica ali, da forma mais desconfiada do mundo.

  - Fala logo, Cole.

  - Falar o que? - Ele finalmente me olha. - Porra, não é nada, eu juro.

  - Jura?

  - É.

  - Porque não quer sair?

  - Você não quer sair, Lili. Lembra? Disse que não está no clima porque está quase menstru... você sabe.

  - Qual o problema de falar a palavra menstruada? - Rio do jeito que ele fica em relação a esse assunto. - Cole?

  - Ah, Lili. Sei lá, isso é coisa de mulher. Deve falar sobre isso com a Camila, não comigo.

  - Ai, pelo amor de Deus...

  - O que?

  - Nada, deixa pra lá. - Vou até a cozinha, ele vem atrás como uma criança que não larga o pé da mãe. - Relaxa aí, não vou fugir não, tá?

  - Como é?

  - Não pode ficar longe de mim por muito tempo, isso é fofo.

  - Ah, ótimo. - Ele bufa sentando em uma das banquetas. - Se tem uma coisa que eu não sou é fofo, Lili.

𝐒𝐇𝐔𝐓 𝐔𝐏, 𝐅𝐔𝐂𝐊 𝐌𝐄.Onde histórias criam vida. Descubra agora