31 - "...podemos ter um relacionamento...

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Faz uns vinte minutos que espero Cole descer para que a gente possa sair. São quase nove da manhã e como prometido, eu irei levá-lo no meu lugar preferido da cidade, não costumo levar ninguém lá, ou melhor dizendo, nunca levei ninguém lá, nem mesmo Mads que é minha melhor amiga ou o Tom, o meu ex namorado.

Minha mãe está sentada a minha frente na bancada da cozinha enquanto come biscoitos de chocolate e eu conto sobre a noite passada.
Contei sobre Madison, ela só sabia dizer: "Nem a conheço, mas já não gosto" e isso me faz rir e concordar com ela sobre não gostar dela.

Em um momento desviado da conversa, dona Amy chama minha atenção sobre meu relacionamento com Cole. Ela me pede para tomar cuidado com o sexo e insiste em dizer que é nova para ter netos e eu peço que não se preocupe e deixo claro que também sou nova para ser mãe.

Cole finalmente desce e vem até nós.
Ele apenas senta ao meu lado e pega um dos biscoitos. Minha mãe me olha de relance e sorri de canto. Se eu a conheço bem, ela deve está pensando alguma besteira. Eu rio e balanço a cabeça negativamente olhando para baixo.

  - Por acaso vocês estavam falando e mim? - Cole pergunta. - Porque ficaram tão caladas?

  - Não estávamos falando de você. - Digo olhando para ele. - Na verdade, minha mãe só estava pedindo para ter cuidado, nós dois.

- Ah, entendi. - Ele se cala um instante. - Bom, nós podemos ir agora se quiser.

  - Claro. Já devíamos ter ido, mas você quase não desce.

  - Eu estava falando com a Camila, eu não liguei para ela desde que chegamos e ela estava curiosa para saber sobre eu ter ido até a casa do Matthew.

  - Aposto que ela adorou a novidade. - Digo rindo.

  - Com certeza.

  - Quem é Camila? - Minha mãe pergunta finalmente. - Sua irmã?

  - Ah não, ela é apenas minha amiga. Melhor amiga na verdade.

  - Entendi. - Ela fica de pé. - Bom, eu vou para o escritório, preciso resolver uma coisas das consultas de segunda. - Ela vem até mim apoiando a mão em meu ombro. - Divirtam-se. - Ela beija o topo de minha cabeça e se afasta. - Ah, e não transem no meu carro. - Diz antes de sair totalmente.

Eu e Cole nos olhamos e rimos ficando de pé.

  - Acho que preciso de um tempo até transar de novo. - Digo fazendo Cole me olhar estranho. - Que foi? Isso aqui não é aço, não meu filho.

Cole ri alto, alto bastante para sua risada ecoar em todos os ambientes a nossa volta. Eu não me seguro e acabo rindo com ele.

Nós saímos de casa e dessa vez eu quem dirijo. Obviamente, Cole não sabe o caminho para onde estamos indo, então eu quem devo guiá-lo.

Eu dirijo por pouco mais de cinco minutos e nesse trajeto, Cole liga o som do carro e cantarola uma música qualquer que toca.

Eu o observo e ele parece um maluco balançando a cabeça no ritmo da batida da música. Ele nota que eu o observo e ri. Volto minha atenção a posta e ele leva uma de suas mãos a minha nuca e fica ali, por um tempo, o que me faz sentir todo meu corpo arrepiar.

Quando eu estaciono o carro, minutos depois, nós descemos e Cole observa tudo com atenção.

  - Que lugar é esse? Não tem nada aqui perto, Lili.

O lugar é estranho em primeira visão, e na beira da estrada e quase na saída da cidade, não exatamente na saída, mas é lugar afastado.

  - Quantos corpos já escondeu aqui? - Ele diz fazendo graça.

𝐒𝐇𝐔𝐓 𝐔𝐏, 𝐅𝐔𝐂𝐊 𝐌𝐄.Onde histórias criam vida. Descubra agora