Capítulo 67

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- Come alguma coisa logo, caralho. - Me irrtei com Ethan, e o mesmo me olhou feito. Qual é o problema? Tá cheio de comida boa encima dessa porra de mesa.

- Voxê não manda em mim. - É claro que eu mando. Que merda, eu sou o pai dele, puta que pariu.

- Tú vai passar fome então? - Perguntei. E ele olhou pra um pastel que tinha sob um prato, estava tudo fresco, tudo feito na hora. Eu sei que ele queria comer e só tava fazendo cú doce. - Qual é, tua mãe me mata quando chegar e ver que tú não ta se alimentando direito. - Falei.

Ele mostrou o dedo do meio pra mim e com a outra mão pegou aquele pastel. Até que enfim, o garoto finalmente descidiu que vai comer.

- Quelo refigerante. - Ele disse.

- Vai ficar querendo. - Falei rispido. E ele me olhou com uma cara feia. - Vamos, cara, eu tenho mais o que fazer e tú vai comigo. - Falei. - Eu vou subir, me ajeitar e pega uma roupa pra você, quando eu descer quero que tú já tenha comido essa porcaria inteira. - Me levantei da cadeira.

- Sai, Gaxcia, que pola! - Ele disse e eu tentei fingir que não escutei esse caralho que ele disse e subi as escadas indo me ajeitar.

Eu troquei de roupa, e depois fui ver alguma coisa pra mini-pessoa, porra, Livia só comprava coisa de mauricinho pra ele, o garoto tinha que ter umas roupas mais meu estilo, iria ficar muito mais Swag. Mas por enquanto peguei uma calça jeans pra ele e a primeira camiseta que achei pra ele, depois peguei um tênis branco, porra, esse tênis era foda, estava estampado Adidas ali, ele vai com esse mesmo. Desci as escadas com aquelas roupas todas na minha mão. Quero só ver se ele comeu todo aquele pastel. Me virei e ele estava sentado na cadeira, o mesmo só tinha comido metade, estava ótimo pro tamanho dele.

- Levanta. - Mandei.

- Não. Fala a palavra magica.

- Vamos, moleque, sem mordomia. - Falei. Que saco.

- Tô espelando. - Tinha que ser filho da Livia.

- Por favor - Disse pra não perder tempo. O mesmo ficou de pé encima da cadeira. Eita, como é que eu iria trocar a roupa dele? Se ele se trocasse sozinho com certeza iria cair da cadeira. Coloquei as coisas apoiado do meu braço e puxei seu pijama dele de qualquer jeito.

- Ai! Não pode puxar axim! - Reclamou. Bufei e tentei ser menos bruto con ele. Coloquei a camiseta no mesmo, e ajeitei seus braços pequenos pra entrar dentro do buraco. Joquei seu pijama em qualquer lugar da casa, esse negócio de bichinho seria um ótimo cobertor pra Esther brincar. Puxei a porra da sua calça de uma vez e mandei ele colocar os pés dentro da calça jeans, nossa, que bagulho mais chato.

- Termina o bagulho. - Falei pra ele e peguei o seu tênis do chão.

***

- Virou babá agora, Garcia? - Nolan me perguntou vendo o garoto chegar ao meu lado.

- Ah Nolan, leva essas suas piadinhas pro circo. - Falei nem dando bola pra ele, logo depois já senti o perfume forte de mulher no ar, deve ser a Caitlin. Eu tinha razão, era ela. A mesma me olhou atenta e depois olhou pro pirralho.

- O que o filho da vadia da Livia está fazendo com você? - Foi a sua primeira pergunta. Odiava responder perguntas.


- Vadia é você, sua vaca. - Ethan falou.

- Olha a boca, moleque! - Caitlin reclamou.

- Vadia, vadia, vadia. - Ethan começou a xinga-la. - Minha mãe odeia voxê! - Porra, o garoto mal sabia o que falava, tem que parar com essas merda.

Entre Gângsteres | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora