Capítulo 85

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RENATO GARCIA

Que cu cagado dessa merda. Eu não aguento mais andar, que inferno, eu só tomo no cú. Pra variar ninguém cala a boca nesse caralho. Passei a faca nesses matos que me impossibilitavam de andar nisso, vai saber se não tô pisando numa cobra ou naqueles bichos estranhos.

Eu não sabia se Nolan estava bem, ou Gui, ou a Dani, nem sinal do Miguel, até mesmo a Alice que é maior parceira.

  — Espero que a Alice e a Lívia estejam bem. — Alice nem é filha dá Kris, mas a relação delas é de mãe e filha.

Minha sorte é que as pessoas mais importantes da minha vida estão bem, Lívia, Ethan, Angel e minha mãe. Sou um azarado por não estar com elas, mas um sortudo por saber que eles estão bem, eu acho, Michael esta atrás de todo mundo, ainda mais de mim e da Lívia, que somos o principal foco.

Meu pai estava trabalhando, ele sempre chega atrasado nos eventos e no aniversário da Angel não foi diferente, o salão explodiu no momento em que eu pisei pra fora daquele lugar, e vi meu pai dentro do carro, a cara dele foi engraçada, mas eu estava na merda e tinha que sair dali o mais rápido possível, Elton abriu a porta pra eu entrar no carro, porém eu vi Kris na mão dos caras do Michael, que merda, a boate já havia explodido, e eles estavam levando ela pra um carro, eu podia acabar com eles e ainda ganhar uns pontos com a sogra.

Foi isso que eu fiz e deu certo. Eu saí com meu pai e a Kris de lá, mas tinha um dispositivo lançado no carro do meu pai que fez eles nos seguirem. Viajamos por uma hora, troquei de lugar com meu pai e ele passou o volante pra eu dirigir, eu sou foda pra dirigir esses carros. Eu não fazia a mínima ideia pra onde eu iria. Até que eu encontrei o carro da Lívia abandonado, e conclui que ela estava indo pro leste, no caso Las Vegas, é um ótimo lugar pra se esconder, ela só poderia ter ido pra lá. Eu tinha que abandonar o carro também na metade do caminho. Eu e os outros dois velhos passamos a madrugada andando pela mata, e Kris quando não estava reclamando estava me lembrando da Lívia.

— Olha os meus pés, estão imundos. — Patricinha de primeira hein, graças a Deus Lívia não é tão fresca como a mãe.

  — Dá pra ficar quieta, cinco minutos? — Meu pai perguntou. Eu nem conversava com os dois, apenas ficava no caminho e os dois me seguiam.

  — Como? Olha isso! É tudo uma merda. — Eu eu ri de canto, nunca ouvi a mãe da Lívia falar palavrão. — Estamos chegando, Renato?

— Sei lá — Respondi e tentando pegar sinal com o celular do meu pai. Impossível. Tinha bastante bateria, mas aqui não pegava sinal nenhum, nós estávamos no meio do nada. Sabe lá Deus quanto tempo falta pra chegarmos em Las Vegas.

Porra. Tá pegando sinal. Caralho. Alguém não parava de ligar pra esse celular. Número desconhecido. Vamos na sorte.

  — Renato? — Gui? Puta que pariu, meu irmão tá vivo.

  — Cacete, tu tá legal, mano? — Perguntei e Elton e Kris ficaram atentos.

  — Sim, a Alice e a Emma tão aqui, a gente precisa chegar em Las Vegas num hotel 5 estrelas perto de um cassino. — Moleza, porra eu tô muito feliz. Alice e Gui tão bem.

  — Beleza cara, avisa que a Kris e o pai tão comigo. — Falei.

  — Michael tá nos alcançando. Tchau. — Ele falou apressado. Perfeito. Desliguei o celular e tentei usar o GPS, se pegasse a internet do celular por pelo menos 5 segundos pra eu me situar eu domino a direção. Teu cu, essa bosta vai pegar. Isso é ótimo.

— Quem falou? O que foi? — Kris perguntou.


  — Alice e Gui estão bem. — Só precisava saber que Dani estava bem. Eu vi Elton e Kris ficarem mais calmos. Não estamos muito longe de Las Vegas, 30 minutos de a pé, vamos diminuir. É melhor eu correr. — Bora bora. — Chamei eles. Eu precisava ver a Livy.

LIVIA SNOWN

Quarto 52, esse hotel era enorme, graças a Deus a recepcionista soube dizer onde Roma havia alugado o quarto. Subi às pressas segurando a mão de Ethan.

Dani e Nolan estavam atrás de mim. Eu precisava ver o Roma, ver minha filha. Bati na porta umas 500 vezes até alguém abrir. Irene. Ótimo, eu iria abraça-la, mas vi a Angel se aproximando e fui pegar ela no colo.

  — Ah, meu amor, eu morri de preocupação, você tá bem? — Perguntei abraçando ela e dando muitos beijos nela. Ela me abraçou.

  — Eu tô bem, mamãe. — Eu sorri escutando sua voz e vendo que minha filha não tinha nenhum arranhão.

  — Ethan! — Angel foi abraçar o irmão.

  — Tu tá legal, Lívia? — Roma perguntou. Eu dei risada, é ótimo ver a cara de cu dele.

  — Tô ótima, Roma. — Respondi e deu um abraço nele. — A Emma tá com a Alice, estão vindo pra cá. — Falei no seu ouvido.

  — teu cú — Ele se animou.

  — Irene, Gui está com a Alice também. — Avisei Irene enquanto ela via como Gui estava. Ela sorriu assentindo.

  — Obrigada por cuidar da Daniela. — Ela disse.

  — Eu que agradeço. — Respondi. Respirei fundo.

  — Estão aqui há quanto tempo? — Nolan perguntou, eu queria saber também.

  — Há uns 30 minutos, não sei. — Roma deu de ombros. Fui colocar meu celular pra carregar, nunca se sabe quando vou precisar dele novamente.

  — Cadê o papai? — Angel me perguntou. Ah, não me pergunte, anjinha. Eu tô com a mesma dúvida. Que inferno.

  — Não sei, amor. — Falei.

Tinha que dar banho na Angel e no Ethan, não quero nem pensar, vai ser um desafio pra dar banho no Ethan.

•••

Duas horas depois...

Fiz a Angel dormir no meu colo. Ethan estava brincando com o celular do Roma enquanto Dani estava entendida numa poltrona, Nolan e Roma jogavam algum jogo de cartas como se nada estivesse acontecendo.

Coloquei a Angel no sofá e uma almofada como travesseiro pra ela. Tão fofinha. Alguém entrou quase quebrando a porta. Elton. Alice. Emma. Minha mãe. Caramba, ela estava bem. Fui correndo abraça-lá.

— Meu Deus, você está bem. — Minha mãe me abraçou também e eu a apertei forte. Gui também estava bem. Porra.

Renato passou pela porta sendo ajudado ppr Elton.

  — Pai! — Ethan veio correndo e queria abraçar ele, mas Renato não conseguia, Elton colocou Renato num outro sofá. Passei a mão pelo meu cabelo vendo a situação. Elton soltou ele pra ele descansar.

  — Fala, cara. — Renato falou pra ele. Ethan ficou confuso.

  — Dá espaço pra ele, gente. — Irene disse.

  — Garcia. — Fui até ele muito preocupada. — A gente precisa levar ele pra um hospital. — Falei com medo. Estava saindo bastante sangue.

  — Não, não precisa, foi de raspão. — Renato falou olhando pra mim. Ele deu um sorriso de canto. Ele se inclinou pra me dar um selinho.

  Eu precisava fazer alguma coisa.

  — Roma, você vai ter que tirar a bala de dentro dele. — Falei me levantando, imagina se tivesse afetado alguma veia dele, ele podia estar morto.

Roma assentiu. Precisamos de uma pinça.

Maratona 3/5

+50

Entre Gângsteres | Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora