Toques (Pt. III)

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Olá, pessoinhas!

E não é que eu adiantei mesmo?

Bom, agora teremos a última parte. Eu não pretendo escrever mais nada de hot aqui, hein? Acabô. Como diria o João Cléber "PAAARA PARA PARA".

Espero que vocês gostem! Boa leitura!

...

— E como é a sensação? — perguntou Yan, abraçado comigo em sua cama.

— Eu... não faço ideia de como explicar. — Tentei pensar, vagando com o olhar pelo quarto, mas nada do que eu imaginava fazia jus à sensação. — É complexo demais.

Aliás, ainda não tinha caído a ficha completamente. Como eu deixei Yan fazer aquilo comigo no meio da cozinha? Claudia poderia chegar a qualquer momento... Mas felizmente não chegou, ou como íamos explicar? Acho que nem teria o que falar, seria meio óbvio. Só de imaginar a cena me faz querer me esconder debaixo da cama.

Bom, no fim, viemos para o quarto, onde eu me senti mais segura, onde consegui relaxar e... Meu Deus! Eu realmente tive um...

— É, acho que entendo. É difícil de explicar — ponderou ele, fazendo carinho em minhas costas. — Definitivamente não é a mesma coisa de se fazer sozinho.

O encarei, levemente surpresa, e ele deu uma risada envergonhada.

— Sério que você não sabia? — perguntou, perplexo.

— E como eu ia saber disso?

— Bom, você tem amigos homens e tem o Bernardo, que imagino que não deixe de ser explícito com você...

— O máximo que ele falou foi que assistia pornô, e até falou "até o Yan deve assistir" ou algo do tipo. Mas... — Senti o rosto esquentar, lembrando do que eu fiz. — Eu realmente não imaginei que vocês fizessem isso vendo aquilo.

— É, bom... Não sei se todos os meninos fazem isso, mas chuto que pelo menos noventa e oito por cento fazem. Nós somos bombas de hormônios desde os doze, onze anos, é inevitável. — Ele deu de ombros.

— Você faz isso desde novinho assim? — perguntei, chocada.

— Não lembro exatamente com que idade comecei, mas foi por aí. É uma coisa bem constrangedora. Ninguém percebe se vocês ficam excitadas, já a gente não tem como esconder, e infelizmente o bicho tem vida própria.

Acabei rindo.

— Como assim vida própria?

— Ele levanta a hora que quer. Tem vez que você tá, sei lá, olhando o céu, sem pensar besteira nem nada, e ele resolve acordar pra dar bom dia. Aí você fica na neura achando que alguém percebeu e tenta disfarçar enfiando as mãos no bolso, colocando alguma coisa em cima. Você ri, mas é bem chato. Tem que ter muita concentração pra fazer ele voltar a ficar quieto. Ainda mais se eu tenho uma namorada dessa aqui por perto. — Yan me apertou contra ele rapidamente e me roubou um beijinho.

— Você... fica assim quando tá comigo?

— Não sempre, só quando a situação permite. — Ele chegou mais perto. — Tipo agora.

Notei que eu já não tinha mais tanta vergonha quanto antes, e estiquei o braço para ver se era verdade. Claro que era. Ainda assim, fiquei surpresa.

— Eu nem fiz nada...

— Como não? Você tá aqui, colada comigo, e agora tá aí me provocando...

Segurei o riso e afastei a mão. Aos poucos, eu estava descobrindo como era divertido deixar Yan daquele jeito. Dava um certo orgulho.

— Bom, imagino que você nunca tenha feito esse tipo de coisa — continuou ele.

Saint Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora