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Oi, pessoas!

Atrasei um pouquinho, mas cheguei. Essa semana eu não estava com muitas ideias para por no capítulo, então ele tá um pouquinho mais curto do que o anterior. Vou tentar compensar no próximo.

Boa leitura!

...

— Mas por quê? — indagou James, começando a dirigir.

— Por que eu queria morar sozinha por um tempo, sabe? Antes de ter uma vida de quase casada.

James e eu trocamos outro olhar, dessa vez, de alívio.

— É só você falar isso com ele, ué. Ele vai entender. Aposto que faria a mesma coisa se fosse você.

— Eu sei, mas você sabe como ele gosta de dramatizar as coisas... Ele vai ficar pensando que eu não quero morar com ele por algum motivo oculto.

— Bom... Aí você ou a gente vai convencendo ele da razão verdadeira. Ou arregamos pro Carlos dar um jeito. — James começou a rir, e nós o seguimos.

— Coitado, os porres só sobram pra ele.

— Ele é o psicólogo do grupo, fazer o quê. Eu sou o motorista, o Júlio é o contador, o Bebê é o cozinheiro, você é a nutricionista, e a Bru e o Yan são os designers.

— Nossa, a gente poderia abrir uma empresa e tanto.

— Aliás, os pais do Júlio ainda falam admirados da identidade visual nova do bar — comentou James, me olhando rapidamente. — Vocês fizeram um bom trabalho mesmo.

— Que bom. Não foi fácil pesquisar a história daquele bar de trezentos anos e achar fotos boas pra ter de referência, mas o Yan fez muito mais do que eu.

— Vocês fizeram o mesmo tanto. Você pegou toda a origem do negócio e construiu as coisas com ele. Se não fosse você, ele não teria tanta referência pra criar a identidade nova.

— Eu sei, eu sei.

— James, James! — chamou Lili, eufórica de repente. — Mercado!

— Pra quê? — perguntou ele.

— Tô com vontade de tomar açaí. Vamos lá rapidinho.

James suspirou, fingindo irritação, e virou a próxima esquina.

— E por acaso açaí é saudável?

— Faça o que eu digo, não faça o que eu faço, já dizia minha vó.

Entramos no estacionamento e paramos o carro. Nós três descemos e fomos procurar pelo açaí.

— Será que tem como a gente dar uma olhada no apartamento ou só pode ir junto do carinha lá que cuida disso? — perguntou Lili, retomando o assunto da mudança.

— Não sei. Acho que precisa marcar com a imobiliária — respondeu James. — Mas podemos perguntar pro porteiro, ele deve saber.

— Ai... Deve ser tão bom ter seu próprio canto. Não precisar ficar se preocupando com horário, com barulho, poder andar pelada pela casa, poder deixar sua comida desprotegida na geladeira sabendo que ninguém além de você vai comer...

— Já roubaram sua comida? — indaguei, arregalando os olhos.

— Já, mais de uma vez, mas até hoje não sei quem foi. Eu me sinto velha falando isso, mas tenho certeza que foi alguns dos adolescentes que chegaram por último, muito provável que estivessem bêbados ou cheios de larica, aí comeram a primeira coisa que viram.

Saint Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora