Capítulo 140: Sem Fogo

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Oi, pessoinhas!

Já começaram a aproveitar o carnaval? Eu vou aproveitar do melhor jeito: fazendo vários nada kkk Mentira, vou tentar escrever bastante x)

Boa leitura!

***

A primeira coisa que pensei assim que despertei foram as provas que teríamos a semana toda. Eu sabia que não teria problemas, como sempre, mas ainda assim dava aquele medo de esquecer tudo o que eu aprendi. Depois que me troquei, encontrei Lili e descemos, com aquele frio na barriga. Não comi muito no café, e como um escape da ansiedade, acabamos rindo quando Lili "deixou escapar" a novidade do Bernardo.

Ele fez uma carranca para ela? Com certeza, mas depois ele acabou contando, um tanto sem graça e, como das outras vezes, insistiu dizendo que foi só um beijo, e que não era para esperar a data do casamento.

Tivemos uma pequena folga na primeira aula, que era de biologia. Só tivemos prova na terceira aula, de português, e depois só na quinta, matemática. Na educação física já estávamos mais relaxados e no almoço mais ainda.

Quando estava indo para a aula de escrita criativa, me lembrei do que poderia me aguardar. A história de Bia e Nathan. O que será que rolou na sexta-feira? Eu estava ansiosa para saber, como se fosse um capítulo de um livro que eu estava lendo.

Fiquei esperando em meu lugar de sempre, e pouco depois Bia chegou com um objeto que eu nunca tinha visto nela. Um par de óculos retangular, levemente arredondado, com uma armação preta.

— Eita, vai usar óculos agora? — comentei assim que ela se sentou na mesa ao lado.

— Pois é, mas nem é muita coisa. Só um grau e meio, pra ver de longe. Ficou estranho?

— Não, até que combina com você.

Ela sorriu, um pouco envergonhada. — É difícil acostumar, me dá dor de cabeça.

— Quando pegou?

— Sexta à noite... — Então, como se lembrasse de algo, ficou corada. — Aconteceu uma coisa tão... Ah! — Deu um gritinho baixo, animada.

— Eu tô sabendo que acontece algo, só não sei o quê.

— Como?

— O Carlos falou ontem. Almoçamos juntos e ele comentou que o amigo tinha passado a sexta com a "musa" dele. — Dei uma risadinha.

— Musa — murmurou rindo, balançando a cabeça, como se conhecesse Carlos bem o bastante para saber que só ele a apelidaria assim.

— E aí? Tô curiosa!

Ela sorriu, deixando seus materiais em cima da mesa e virou de frente para mim.

— Não foi nada "demais". Como eu não sou fã de parques de diversão resolvi ficar na escola, e como teríamos as provas e eu também tô começando a pesquisar sobre o meu TCC, resolvi ir na biblioteca depois do almoço e encontrei ele lá em uma das mesas. Ele... me viu e disse que eu podia sentar junto com ele, e ele juntou alguns livros pra me dar um espaço. Eu peguei uns livros, ficamos fazendo nossas atividades conversando, às vezes a gente parava de escrever, só rindo e olhando um pro outro... Foi tão legal.

Sorri, feliz por ela estar tão radiante.

— Não precisa necessariamente acontecer grandes coisas pra ser um dia bom, né?

— Sim, exato! Tem gente que não entende isso. Quando se está apaixonado, só estar do lado da pessoa, falando coisas nada a ver, é o suficiente pra te fazer sonhar acordado de noite... — filosofou, com o pensamento longe. — Mas, bom, foi um dia muito bom. Ficamos até umas seis horas lá e só paramos porque eu tinha que ir buscar os óculos. A gente se despediu com um beijo no rosto, bem do ladinho da boca... — falou com um sorriso radiante.

Saint Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora