Capítulo 128: Primeiro Ensaio

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Olá, pessoinhas!

Sinto aquele cheirinho de nostalgia no ar!

Boa leitura!

***

Eduarda e Beatriz chegaram, animadas, cumprimentando todo mundo com acenos, e foram ao palco. Como da última vez, Bia se sentou na poltrona da ponta da fileira.

— E aí, povo, animados?! — Beatriz perguntou, quase dando pulinhos de alegria. — Bom, no começo da peça teremos apenas a Rebeca e o Aloys aparecendo... — Fez um sinal de "vem cá" com o dedo para James e eu. — E Bia, se quiser falar algo com eles, essa é a hora. Sobe também.

Levantei com James, e subimos com Bia, enquanto as professoras desciam. Ficamos no centro do palco.

— Uma coisa... — começou Bia. — Vocês já leram o livro?

— Eu tô terminando — respondeu James. — Ainda não dei o livro pra ela.

— Hm... Tá, você já sabe como é. Pode se posicionar já.

James foi para a ponta esquerda do palco, ficando escondido.

— A gente resolveu pular o comecinho da história pra começar de uma vez. A Rebeca ganhou uma câmera fotográfica e tá tirando fotos do quintal da casa dela. Você já sabe dessa parte, né?

— Sim, sei.

— Tá... Então...

Um barulho alto interrompeu Bia, e quem estava nas poltronas se virou para olhar em direção à porta, que tinha sido aberta por dois meninos, que começaram a descer.

Notei Bia arregalando os olhos e desviando o olhar para mim.

— Que foi? — indaguei, apreensiva.

Ela negou brevemente. — Eu não sei o que aqueles dois tão fazendo aqui.

— O ensaio é livre pra quem quiser assistir...

— Eu sei, eu só não esperava que eles viessem.

— E quem são eles?

Bia olhou novamente, assistindo os dois indo se sentar na fileira do meio.

— O loiro é o representante do terceiro "C", e o outro é amigo dele.

— Mas você conhece eles, né?

— Mais ou menos. Enfim. — Voltou a me olhar. — Como não explica no roteiro porque é técnico, e você não leu, eu queria só te dizer como a Rebeca é. Ela é meio estúpida e sarcástica, e assim que ela vê o Aloys, pensa que ele é um drogado e trata ele de qualquer jeito, mas ela acaba se preocupando um pouco quando ele passa mal.

— Certo.

— Bom, conforme você for interpretando, eu digo se ficou com um nível bom de ironia. — Deu um sorrisinho brincalhão.

— Tudo bem. — Sorri.

Bia voltou ao seu lugar, do lado das professoras, e deu o sinal para começarmos. James e eu estávamos com os roteiros, e dando uma última lida, começamos.

Entre uma cena e outra, via Bia dando umas olhadas para trás, sempre virando para frente com as bochechas rosadas. Com certeza ela gostava de um daqueles meninos, mas era difícil saber qual, já que o estilo dela era todo diferente. Eu estava mais inclinada a achar que ela gostava do amigo de cabelos médios e pretos, mas talvez pudesse ser o outro, já que de vez em quando ele parecia olhar para baixo da plateia.

De vez em quando, em algumas falas, Bia me chamava a atenção, dizendo para ser ainda mais sarcástica do que estava sendo, e em outras, falar de uma forma mais calma.

Saint Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora