Capítulo 155 - Fotos + Jogos

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Olá, pessoinhas!

Continuando a primeira vez da Bru na casa do Yan!

Boa leitura!

***

Parei para reparar na sala, notando como era colorida. O estofado do sofá era azul claro, tinham dois pufes, um da mesma cor e outro verde-água. A televisão estava apoiada em uma espécie de baú pintado à mão de turquesa, e dos dois lados haviam estantes quase em formato de escada, cheia de decorações, fotos e coisinhas fofas. Na parede acima da tevê, tinha dois corações grandes de madeira, de tamanhos diferentes. O tapete era de um tom coral com risquinhos coloridos que iam do marrom, ao roxo, azul, rosa e marrom de novo, sem falar das cortinas floridas bem coloridas. Era muito fofo.

Era uma coisa engraçada, estar ali com o Yan, jogando videogame, rindo, como se fizéssemos isso há anos. Eu poderia imaginar diversas situações, menos essa, sendo que seria a coisa mais normal para mim.

— O almoço tá pronto! — Cláudia berrou por cima da música, da cozinha.

Yan me olhou. — Vamos?

— Sim, deixa pausado aí.

Pausamos o jogo e levantamos e antes de sair, bati o olho em uma das fotos da estante próxima do portal e cheguei perto para ver. Era uma foto do Yan pequeno, brincando com legos com um sorrisão na cara, com os cachinhos quase caindo nos olhos.

— Que fofinho.

— Puts, isso me lembrou uma coisa... Se a minha mãe perguntar se você quer ver as minhas fotos de criança, você diz que não. — Yan ficou ao meu lado.

— Por quê?

— Porque sim.

— Até parece, viu! — Saí correndo antes que ele me fizesse prometer que não veria as fotos e saí na cozinha, vendo a mesa posta.

— Não precisa ficar com vergonha, Bruna, pode se servir — disse Cláudia, já me estendendo um prato que eu aceitei. — Você come de tudo? Legumes, verduras?

— Sim, sim.

— Você deve saber que o Yan não come carne, né? Eu parei também de comer. Uma coisa que eu nunca achei que fosse fazer, olha como o mundo é louco!

— Mas por quê? — perguntei enquanto me servia das comidas. Yan também estava, logo atrás.

— Porque o Vagner, meu ex-marido não comia. Ele já era vegetariano desde adolescente, e depois de um tempo que começamos a namorar, ele sempre me falava como era bom não comer carne, não matar bichinhos inocentes e tal, e eu ficava com raiva porque eu adorava carne, frango, e dizia que nunca ia deixar de comer... — Ela ia falando enquanto enchia seu prato.

Terminei de pegar um pouco de cada coisa e me sentei ao lado de Yan, e ela se sentou na cadeira a minha frente.

— E aí, depois que eu descobri o câncer e comecei a fazer o tratamento, eu me sentia muito mal quando comia carne. Eu passava mal, ficava enjoada, às vezes chegava a vomitar, então eu fui perdendo a vontade de comer. Hoje em dia eu não gosto nem do cheiro, me lembra daquela época. Quem gostou foi o Yan, né? — Olhou para ele, divertida.

— Claro. Achei ótimo. — Ele riu, dando uma garfada em uma batata frita.

— E você não come carne desde quando? — questionei a ele.

— Desde sempre, né, mãe?

— Não exatamente. Ele não gostava de nada com carne, mas eu dava um jeitinho de colocar misturado na comida, principalmente em sopa. Ele nem percebia. — Mostrou a língua para o filho. — Depois dos seis, sete anos, por aí, ele começou a perceber e se recusava a comer, então eu parei e fui incrementando o cardápio.

Saint Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora