Capítulo 165 - Medo do Futuro

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Oie :)

Boa leitura!

***

O mês de novembro entrou, e junto dele começou o nervosismo pré apresentação do teatro e pré provas finais e pré baile dos estudantes. Como assim o ano estava acabando? Parecia que tudo estava tão devagar, e aí, de repente, o tempo começou a correr.

No primeiro fim de semana, me ocupei em achar um presente para Lili, e Yan foi comigo. Foi difícil achar algo que ela gostasse, e no fim comprei um conjunto de brincos e corrente, um vestido e um batom. Quase um kit festa. Comprei também o embrulho e deixei tudo devidamente pronto, e guardei no fundo do guarda-roupa, debaixo de blusas de frio que nem eu mexeria naquela época.

Yan pediu desculpas a Lili, pois não poderia ir no aniversário porque já tinha um compromisso familiar, e ela disse que não tinha problema, e até brincou que assim eu poderia prestar mais atenção nela do que ele.

Na sexta, fui para a casa dela, no sábado arrumamos a casa e preparamos as decorações, e no domingo ajudamos com as comidas. Quando subimos para nos arrumar, tirei o presente da mochila e entreguei.

— Ah! Presente! — exclamou ela, pegando o embrulho e me abraçando ao mesmo tempo. — Obrigada!

Lili abriu a embalagem e ficou deslumbrada com tudo e resolveu colocar o vestido e as bijuterias, e passar o batom novo, claro.

Quando descemos, alguns convidados tinham chegado e foram cumprimentar a aniversariante. Não demorou para que Bebê chegasse com Carlos, depois James e por último, Júlio, que apesar das gracinhas de sempre, pareceu gostar do vestido da Lili.

Percebi isso porque quase sempre o pegava a admirando, parecendo até meio nostálgico, não sei exatamente sobre o quê. Talvez fosse uma sensação que todos sentíamos. Estávamos crescendo juntos, afinal de contas.

Mais parentes chegaram, a música começou a tocar e ficamos no quintal, comendo, rindo e dançando.

Em certo ponto, vi Viktor e sua família por ali. Eles deram parabéns a Lili, e percebi que o Viktor evitou ficar muito tempo com a Lili, e ela considerou isso bom. Apesar de tudo, dava para ver que ele tinha muito carinho por ela, assim como seus pais e irmã.

A festa seguiu. Teve um pequeno almoço, e de tarde, o bolo e docinhos. O dia passou tão rápido que mal notamos, e logo as pessoas estavam ajudando a arrumar as coisas e irem embora. Nós restamos para ajudar na limpeza ao anoitecer.

Depois de subir com os últimos presentes da Lili para o quarto dela, fui ao banheiro lavar minhas mãos, no escuro mesmo, e ouvi conversas se aproximando.

— Você gostou do meu presente? — indagou Júlio

Como a porta estava entreaberta, vi ele e Lili passando.

— Gostei, preciso olhar direito. Deve estar dentro da caixa...

Mesmo quando eles foram para o quarto, eu conseguia ouvi-los, já que a casa estava silenciosa com o fim da festa. Fiquei perto da porta, cheia de expectativa, pensando se aconteceria algo.

Ouvi embrulhos sendo amassados, pacotes remexidos, e uns segundos de silêncio.

— Fazia tempo que eu queria um desse. Como você lembrou? — perguntou ela, parecendo distraída.

— Teve uma época que você só falava disso, bocó. Grudou na minha cabeça.

Lili riu. — Exagerado.

— Cheio de frufru, como você gosta — comentou ele depois de uns segundos.

— É, tem até figurinha. Agora posso me organizar melhor. Valeu mesmo.

Saint Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora