Capítulo 159 - Sozinhos

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Olá, pessoinhas!

Boa leitura!

***

Os dias foram passando, o tempo começou a amornar, já que logo a primavera chegaria, e as coisas ficaram mais tranquilas. Lili chegou a conversar com a psicóloga outra vez, alguns dias depois, e se sentiu bem melhor, menos tensa com o assunto de faculdade e profissão. Chegou até a desistir da aula extra de espanhol, porque acabou descobrindo que não gostava do idioma, e também largou mão da aula de redação. Resolveu focar mais nas aulas obrigatórias e acabou ficando até mais zen.

Dia trinta e um, Yan e eu fizemos um mês de namoro, e ele resolveu que seria legal se fossemos ao cinema, e acabou que não foi romântico porque vimos uma comédia e Bebê e Carlos também foram, não que tivesse sido ruim, foi um dia maravilhoso e cheio de risadas.

Todos estavam animados com o feriado na sexta-feira. Seria um dia a mais para descansar, além de grande parte dos alunos poderem ir para casa na quinta logo após as aulas.

Yan me chamou para ficar em sua casa e eu prontamente aceitei. E, mesmo que já conhecesse tanto a casa quanto sua mãe, eu não consegui deixar de me sentir nervosa. Acabei acordando mais cedo do que o necessário no feriado, e as onze, encontrei Yan no jardim para sairmos.

Assinamos nossos nomes, caminhamos de mãos dadas e chegamos em sua casa. Ele destrancou a porta da cozinha, estranhando.

— Mãe? — chamou. A casa estava silenciosa. — Que estranho... Ela deve ter ido no mercado. Acho que pelo horário, daqui a pouco ela chega.

Senti o estômago apertar enquanto Yan ia para seu quarto guardar a mochila. Fui para a sala e me sentei no sofá, tentando não pensar que estávamos sozinhos ali.

— É até estranho chegar em casa e estar esse silêncio. — Yan voltou e ligou a televisão.

— Sua mãe sempre deixa o rádio ligado?

— Durante o dia, sim. Aí quando eu não estou muito afim de ficar ouvindo, peço pra ela deixar baixo. — Ele pegou o controle e veio se sentar ao meu lado, começando a procurar alguma coisa legal nos canais. — Hm... Acho que vou começar a fazer o almoço, já que a dona Cláudia ainda não chegou. Posso adiantar alguma coisa. — Levantou depois de deixar o controle no meu colo.

— Quer ajuda?

— Você sabe cozinhar? — perguntou, querendo provocar.

— Claro que sei. — Desliguei a tevê, deixando o controle no sofá e me pus de pé.

— Tá bom, vamos ver. — Yan seguiu para o corredor e o segui até a cozinha. — Provavelmente tem feijão na geladeira, então podemos começar fazendo arroz.

Ainda estranhando o silêncio, ele decidiu ligar o rádio, não muito alto, enquanto começamos a trabalhar. Cortamos alho e cebola, coloquei água para ferver, e ele os temperos para refogar. Depois, fritamos o arroz, temperamos e colocamos a água. Tampamos a panela.

— Acho que eu vou ligar pra minha mãe. Ela tá demorando demais — disse, indo para o corredor. Eu resolvi esperar ali.

Sentei na cadeira da ponta da mesa e fiquei observando as decorações da cozinha até Yan voltar, com uma carinha estranha.

— Bom, parece que a minha mãe esqueceu que ia trabalhar hoje, que era feriado e que eu estaria aqui e traria você. — Colocou as mãos na cintura, negando com a cabeça e rindo ao mesmo tempo.

— Ela tá no trabalho...?

— Sim.

— E que horas ela sai?

Saint Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora