Capítulo 168 - Suspeita + Pintura de Cara

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Boa leitura!

***

Estávamos na sala de aula, na terça-feira, sem fazer nada, já que não tinha mais matéria, e os poucos alunos que queriam melhorar as notas estavam em outra sala para fazer provas de recuperação. Então, todos estavam conversando, animados.

— Yan te convidou para o baile? — perguntou Lili, quando mudamos de assunto.

— E precisa?

— Claro que precisa, é a tradição. — Ela riu.

— Que besteira — falou James. — Até parece que ele levaria outra pessoa.

— Ah, mas... É fofinho convidar... E você? Vai convidar alguém em cima da hora?

— Não sei. Quem que eu vou chamar?

— Sei lá. Talvez... a Mica — sugeriu, abrindo um sorrisinho.

— Lá vem você com esse tom malicioso. — Ele negou com a cabeça, rindo.

— Não posso evitar. Vocês dois estão tão amiguinhos ultimamente. Do jeito que ela é tímida, duvido que tenha um par. Ano passado o Bebê que chamou ela.

James pareceu considerar, e depois olhou para Júlio, que segurou um sorriso, não muito bem.

— Que foi? O que vocês estão aprontando?

Júlio apoiou os braços na mesa, se curvando um pouco pra frente.

— Você quer ir comigo?

Lili franziu o cenho, confusa. Ou surpresa. — No baile?

— É, ué.

— Por que vocês se olharam? — indagou, suspeita.

— Meu Deus, você desconfia de tudo — exclamou James. — Por acaso acha que a gente faria alguma coisa?

— Não, mas nunca se sabe. Quando vocês ficam de risinho assim é porque tem coisa.

Júlio revirou os olhos. — Eu falei com ele sobre isso uns dias atrás, só isso!

— Falou que queria me chama pro baile?

— Sim.

— Hm. — Ela baixou a guarda e me olhou rapidamente. Então, sorriu — Tá bom. Eu vou com você.

— Foi menos complicado do que eu achei que seria — brincou James.

Nós rimos, e eu pude ver Júlio meio coradinho.

Será que o baile seria a oportunidade perfeita para eles finalmente ficarem juntos? Eu espero que sim.

Almoçamos depois da aula e Lili e eu subimos. Ela poderia não admitir, mas estava feliz da vida. Estava calada, com um sorrisinho de canto, um olhar sonhador...

— Sabe, parte de mim esperava que ele me chamasse, por aquele papo de ainda gostar de mim, só que eu também larguei mão quando o tempo foi passando e nada desse convite... Ele faz isso de propósito, não é possível.

Eu ri. — Talvez. Vai que é pra ir te conquistando aos poucos.

— Me deixando neurótica?

— Você já é neurótica.

— Ah, mas... É diferente. — Deu de ombros.

— Aham, claro. Admita que você tá feliz e é isso.

— Claro que eu tô feliz.

— Ah bom. Achei que você ia ficar de gracinha.

Ela deu de ombros.

Saint Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora