Capítulo 9

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Soltei um suspiro exausto e relaxei, sentindo cada centímetro do meu corpo suado. Poncho desmoronou sobre mim e envolveu minha cintura com seus braços, totalmente esgotado. Eu o abracei pelo pescoço, dedilhando lentamente seus ombros, com um sorriso cansado no rosto. Tudo que eu senti por alguns segundos foi a respiração lenta de Poncho em meu pescoço, me arrepiando inteira, até ouvir sua voz rouca murmurar:

– Pode ser um pouco cedo pra isso, mas... Eu acho que te amo, pequena.

Poncho se ergueu um pouco e me olhou, com uma expressão calma e um sorriso maravilhado. Tudo que consegui fazer foi encarar seus olhos brilhantes e sorrir de volta, sentindo uma felicidade imensurável tomar conta de mim.

– Eu amo você – falei, baixinho, enquanto fazia carinho em seu rosto rosado. – Tenho certeza absoluta disso.

Vi o sorriso dele aumentar, e o abracei pelo pescoço ao receber um beijo tranquilo. Ficamos mais um tempo deitados, abraçados, conhecendo cada pedaço um do outro, até acabarmos dormindo. O sono mais feliz da minha vida, sem dúvida.

Abri meus olhos, sem lembrar por que já estava sorrindo. Pisquei algumas vezes, tentando colocar minha visão em foco, e suspirei preguiçosamente. Um perfume bom encheu meus pulmões, me fazendo alargar o sorriso. Minha mão estava ao lado do meu rosto, espalmada sobre o peito dele, que subia e descia calmamente de acordo com sua respiração. Seu cheiro estava por toda parte, me entorpecendo, e seu braço envolvia meus ombros, me impedindo de me mexer.

Olhei pra cima e vi que Poncho ainda dormia como um bebê, mesmo após umas duas horas de sono. Sorrindo feito uma retardada, apenas fiquei observando-o dormir, fazendo carinho devagar em seu peito e me lembrando de tudo que tínhamos feito antes de apagarmos.

– Você pretendia ficar me olhando por quanto tempo? - ouvi a voz dele dizer baixinho, me fazendo corar de leve. Poncho abriu os olhos e me encarou, com um sorriso desconfiado no rosto.

– Não sei, talvez até você acordar e me fazer essa pergunta - respondi, fazendo seu sorriso aumentar. Sem dizer nada, Poncho me beijou delicadamente, e virou de lado, nos deixando de frente um pro outro na cama.

– Pra sua informação, eu já tava acordado - ele murmurou, deslizando sua mão pela minha cintura devagar - Você é que ficou dormindo feito pedra em cima de mim até agora pouco.

– Me desculpe se a instituição de ensino onde o senhor trabalha e eu estudo me faz acordar às 6 da manhã todo santo dia - falei, fingindo estar ofendida, e fazendo-o rir.

– Nossa, mas que menina mais brava que eu fui arranjar - ele disse, me puxando pra mais perto dele.

– Sou mesmo - confirmei, fazendo cara de irritada e me apoiando num cotovelo - Se não gostou, eu vou embora agora mesmo e não te incomodo mais.

– Olha só, além de brava é independente! - Poncho riu, me segurando com mais firmeza pelo quadril como se quisesse me prender ali - Quero ver você continuar com essa coragem toda pra levantar daqui.

Quando fui abrir minha boca pra retrucar, ele me calou com um beijo intenso e sua mão subiu do meu quadril pro meu rosto, enquanto a outra me abraçou pela cintura. Obviamente tudo que eu pensei em dizer sumiu da minha memória assim que nossas línguas começaram a brincar uma com a outra, num misto de provocação e tranquilidade. Pude sentir Poncho sorrir durante o beijo, vitorioso por ter conseguido me calar, e não consegui não sorrir junto.

– Ainda tá bravinha? - ele murmurou, ainda sorridente, quando partiu o beijo.

– Idiota - resmunguei, fechando os olhos em sinal de derrota e vergonha. Poncho riu baixinho e me deu um selinho demorado, deitando sua cabeça bem próxima da minha e fazendo com que as pontas de nossos narizes se tocassem.

Meu Amado Professor (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora