Ele fechou os olhos, franzindo de leve a testa e escorregando suas mãos até meus quadris, e eu reiniciei o beijo, sentindo o prazer crescer monstruosa e subitamente dentro de mim. Envolvi seu pescoço com meus braços, embrenhando meus dedos em seus cabelos umedecidos de suor, e comecei a me movimentar sobre ele, acelerando a cada segundo como se aquilo fosse natural pra mim. Logo ele estava gemendo de novo, assim como eu, e estava ficando quase impossível nos beijarmos. Nossos rostos se mantiveram próximos, intensificando a mistura quente de nossas respirações, até que atingi o clímax novamente, sendo seguida por ele.
Deixei que meu tronco se apoiasse sobre o dele, sem conseguir definir qual dos dois estava mais ofegante.
Minhas mãos deslizaram de seus cabelos para seus ombros, enquanto as dele ainda eram incapazes de largar meus quadris. Afundei meu rosto na curva de seu pescoço, deixando que o perfume dele me acalmasse, e após alguns segundos, senti seus braços envolverem minha cintura e me aconchegarem ainda mais em seu peito. Fechei os olhos, abraçando-o pela cintura também, e pude ouvi-lo rir de leve. Ainda tensa demais para perguntar qual era a graça, apenas ignorei seu riso, e como se tivesse lido minha mente, ele sussurrou, com o pouco de ar que lhe restava:
- Por favor, prometa que vai continuar me surpreendendo... Porque sinceramente... Fica cada vez melhor.
Mesmo sem ar, eu não tive como evitar que a risada baixa dele me contagiasse. Assim como, por mais que eu tentasse fugir ou negar, tudo nele me contagiava quando estávamos juntos.
Aos poucos, minha respiração ia voltando ao normal (não totalmente, porque com ele perto de mim, era inútil conseguir respirar direito) e a tremedeira de minhas mãos ia passando. Ucker esperou calmamente, acariciando desde meus ombros até meus quadris, fazendo uma massagem gostosa conforme deslizava as palmas de suas mãos e vez ou outra dedilhava minha pele devagar. Seu coração batia forte contra meu peito, apesar da respiração calma, o que parecia acelerar ainda mais as batidas do meu.
- Está sentindo isso? – finalmente sussurrei contra a pele de seu pescoço, com os olhos fechados. Deslizei minha mão esquerda até seu peito, indicando a que me referia, e o ritmo acelerado de seus batimentos pareceu se intensificar sob meu toque suave.
- Desde a primeira vez que pus meus olhos em você – ele murmurou, imitando meu gesto com sua mão esquerda – Você também está sentindo isso?
Me afastei dele para poder olhá-lo, e assenti inocentemente, vendo um sorriso se alargar em seu rosto. Logo depois, deixei que meu olhar mergulhasse em seus olhos castanhos, como sempre acontecia, e franzi a testa de leve, em sinal de confusão.
- O que foi? – ele perguntou, novamente imitando minha expressão, porém sem se desfazer de seu sorriso.
- O que é isso? – balbuciei, sem conseguir formular direito as frases que colidiam em minha mente – Isso que eu tô sentindo... Que nós estamos sentindo... O que é?
Ucker acariciou meu rosto com as costas de sua outra mão, me olhando daquele jeito intrigado e deslumbrado ao mesmo tempo, e levou alguns segundos para responder:
- Eu não sei... Mas, sinceramente, eu gosto disso.
Meus olhos se fixaram em seus lábios quando ele falou, observando o quão lindos, apesar de serem apenas lábios como os de qualquer outra pessoa, eles eram. Sem que eu pudesse controlar aquele impulso, minha mão subiu lentamente até meus dedos conseguirem tocá-los, e assim que o fiz, dedilhei-os de leve, desenhando seu formato e sentindo sua textura macia. A expressão confusa em meu rosto permaneceu, refletindo o que eu sentia por dentro, e devido a isso, os lábios que eu sentia sob os nós de meus dedos deixaram de sorrir.
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Meu Amado Professor (VONDY)
FanfictionEla? Apenas uma aluna do ensino médio. Ele? Um professor de Biologia. Ela o odiava. Ele aparentemente também a odiava. Mas, foi comprovado, que realmente o amor e o ódio são vizinhos de porta. O livro está sendo repostado na plataforma Wattpad. ...