Capítulo 8

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– Muito prazer – Andy assentiu, aparentemente engolindo a mentira. Claro, a semelhança entre nós era inegável. Quem dera ser tão bonita quanto o Sr. Herrera.

– Bom, até mais – Poncho se despediu, me puxando pela mão até as escadarias do prédio.

– Bela desculpa, tio – sussurrei, rindo enquanto subíamos os degraus depressa.

Ele apenas me olhou, com um sorriso de canto e uma carinha de quem tinha aprontado. Mais alguns degraus depois e chegamos ao seu apartamento, que ficava no primeiro andar. Não era um imóvel muito grande, mas era mais que suficiente pra uma pessoa só. Me surpreendi com a organização da casa, tudo estava arrumadinho demais pra um cara que morava sozinho (o que só reforçou minha opinião de que Poncho era todo certinho).

– Só deixa eu colocar esse sorvete no congelador pra gente tomar depois – ele pediu, correndo até a cozinha e me deixando na sala.

Dei uma olhada rápida pelo cômodo, reparando nos detalhes básicos, tipo a decoração em tons de verde, e não demorei muito a sentir os braços dele envolvendo minha cintura por trás de mim.

– Gostei daqui – eu murmurei, arrepiada da cabeça aos pés ao senti-lo cheirar e beijar de leve meu pescoço.

– Esse apartamento é novo – ele comentou, colocando o queixo em meu ombro – Não faz nem dois anos que eu me mudei pra cá. É bem confortável, apesar de não ser tão grande.

Me virei de frente pra ele, abraçando-o pelo pescoço, e sorri, entorpecida por aquele perfume masculino maravilhoso.

– Fiquei muito feliz pelo convite – falei, recebendo um beijinho de esquimó dele – Obrigada por me deixar conhecer sua casa.

– Acredite, a felicidade é toda minha por você estar aqui – Poncho sorriu, me encarando profundamente – Só de saber que estamos seguros, sem termos que nos esconder de ninguém, já é um alívio enorme.

Ele deslizou as mãos dos meus quadris até a lateral das minhas coxas, unindo nossas testas. Me apoiei em seus ombros, e num movimento rápido, envolvi sua cintura com minhas pernas, fazendo com que ele me carregasse.

Sorrindo de um jeito danado, eu o beijei, enquanto ele dava alguns passos até me prensar contra a parede. Pressionando seu corpo contra o meu, Poncho parecia estar muito mais solto do que na escola, embrenhando suas mãos nos meus cabelos e agarrando-os com força.

Eu, em compensação, comecei a acariciar sua nuca com minhas unhas, e passei a distribuir beijos e chupões em seu pescoço.

Poncho passou suas mãos por debaixo das minhas pernas, apertando o interior das minhas coxas e me puxando pra mais perto dele. Senti meu corpo todo arrepiado com a respiração quente dele tão perto do meu ouvido, parecendo gostar bastante do agrado.

– Se continuar caprichando assim eu vou cair, pequena – ele sussurrou, e eu me afastei, recuperando o fôlego.

– Quer que eu pare? – perguntei, com um sorriso safado e uma sobrancelha erguida.

Poncho fez cara de derrotado e rapidamente passou os braços por debaixo de mim, me carregando até chegar ao sofá.

– Eu ia te levar pra conhecer o meu quarto, mas parece que você tá com um pouco de pressa – ele falou todo maroto, me jogando no sofá. Pude ver seus olhos brilhantes correndo pelo meu corpo estirado entre as almofadas, e um sorriso mal intencionado surgiu naquele rosto lindo.

– A gente vai ter bastante tempo pra conhecer o quarto mais tarde – sorri, sentindo meu coração acelerar só de observar seus músculos realçados pela blusa branca justa que ele usava – E depois o banheiro, a cozinha, o corredor...

Meu Amado Professor (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora