Capítulo 47

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O tempo passou impiedosamente; não sei quantos minutos ficaram para trás, mas sei que foram consideravelmente muitos, antes que ele soltasse um último gemido, que mais me pareceu um urro, e com uma investida mais longa e forte, atingisse o clímax. Seu corpo relaxou exausto sobre a cama, e eu me sentia igualmente cansada, mesmo não tendo atingido meu ponto máximo por pouca diferença.

Desacelerei meus movimentos, sem exigir que ele continuasse, e quando fiz menção de me curvar sobre ele, Ucker rapidamente ergueu seu tronco, deixando-o rente ao meu. Suas mãos seguraram minha cintura com firmeza enquanto seus lábios se uniram aos meus calmamente, e com algumas últimas e profundas investidas, eu consegui chegar ao orgasmo pela terceira vez naquela noite.

Quando um gemido involuntário escapou de minha garganta, ele subiu suas mãos até meu rosto e partiu o beijo, mantendo seus lábios pressionados contra os meus por alguns segundos. Passei meus braços fracos por seu pescoço suado e ele afastou seu rosto do meu, olhando-me fundo nos olhos.

- Eu... O que... Meu Deus, Dulce! – Ucker sussurrou, franzindo levemente a testa numa tentativa de buscar as palavras e sorrindo de um jeito maravilhado e cansado ao mesmo tempo – Você... Isso foi absolutamente... Incrível!

Sorri abertamente, afagando os cabelos molhados de sua nuca, e ele voltou a me beijar com intensidade, rapidamente se afastando de novo. Não havia fôlego para continuar.

- Digamos que eu aprendo rápido – murmurei, mantendo nossas testas unidas, e ele sorriu em resposta, esperto.

- Sorte a minha – ele suspirou, rindo um pouco logo em seguida, e me roubou um selinho – Acho que precisamos de uma pausa, e eu preciso ir ao banheiro. Já volto, me espere aqui.

- Não, acho que vou dar uma volta enquanto isso – revirei os olhos, me desvencilhando de seu corpo contra minha vontade, e ele apenas riu, levantando-se. Me deitei na cama, sentindo meu corpo agradecer, e encarei o lugar onde antes se encontrava o corpo de Ucker. Meus olhos passearam vagamente pelas curvas do lençol enquanto meu coração se desacelerava aos poucos. Rolei até ficar sobre o travesseiro dele e afundei meu rosto ali, respirando fundo e sentindo seu perfume invadir meus pulmões, misturado com seu cheiro natural, que, para mim, conseguia ser ainda melhor que o aroma artificial que ele usava. Se eu já sabia que era maluca? Sim, há muito tempo.

Alguns segundos depois, senti Ucker se deitar calmamente na cama, no lugar onde eu estava antes de rolar para o outro lado, e sua mão deslizou por minha cintura, envolvendo minha barriga e me puxando pra mais perto de seu corpo. Não ofereci a menor resistência: virei de lado, ficando de costas pra ele, e deixei que nossas curvas se encaixassem confortavelmente. Fechei tranquilamente os olhos quando ele respirou fundo em minha nuca, e me encolhi mais ainda com o arrepio que sua ação me causou.

- Soninho? – ele cochichou, encaixando suas pernas entre as minhas e alisando minha cintura por debaixo do cobertor.

- Hm... – suspirei, sorrindo sem saber direito por quê – Talvez.

Ucker soltou um risinho ao pé de meu ouvido, me arrepiando novamente, e respondeu:

- Aproveite pra descansar enquanto eu estou bonzinho.

Meu sorriso aumentou ao ouvir sua ameaça, e ele depositou um beijinho na curva de meu pescoço.

- Vai ficar malvadinho depois, é? – sussurrei, ouvindo-o rir baixinho novamente perto de meu ouvido.

- Se eu fosse você, não usaria o diminutivo.

Arregalei os olhos, sentindo meu corpo esquentar diante de sua firmeza, e nem pensei em responder. Coloquei minha mão sobre a dele e fiquei brincando com os nós de seus dedos vagamente até apagar por uma meia hora, assim como presumo que ele tenha feito.

Meu Amado Professor (VONDY)Onde histórias criam vida. Descubra agora