Guerreiros de aço

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 Um acampamento foi montado do lado esquerdo de Manancial da Guarda, onde o mato era mais alto, e muitos talamaurs aproveitaram a caverna que Naruto tinha despertado seu poder pela primeira vez para poder descansar.

Hiashi estava se reunindo com Toneri antes de retomarem a batalha; era um protocolo exigido todas as vezes que faziam uma pausa no campo de batalha. Era ali que decidiam se continuavam com a guerra, faziam um acordo ou uma trégua de alguns dias, meses ou anos, dependendo da situação.

Hinata tinha quase certeza de que Toneri não aceitaria qualquer negociação, que faria de tudo para que a guerra continuasse. O líder Otsutsuki estava tendo a oportunidade de ouro que nenhum outro teve antes dele: se eles vencessem a guerra, poderiam garantir o fim dos Hyuuga e ainda por cima concluir o antigo e tão desejado plano de escravizar os humanos. Hinata nem mesmo conseguia pensar sobre isso mais.

Os humanos estavam onde a floresta começava, Hinata não conseguia vê-los, a não ser que ativasse o Byakugan. Estavam muito longe, e os Otsutsuki, mais longe ainda. Só que logo os humanos se moveriam e estariam no mesmo assentamento que os Hyuuga. Jamais imaginaria que isso aconteceria, que os humanos se juntariam a eles por um propósito. Ainda parecia surreal.

Não se esqueceria jamais da cara que Hiashi fez ao descobrir que os homens e os híbridos gigantes estavam lá, no campo de batalha. Inoichi já havia dito isso para ele, mas o Líder Supremo estava tão desacreditado com o fato que só aceitou isso como verdade quando o testemunho dos comandantes foi dado.

— Então é verdade... Nunca imaginei algo assim! — exclamara Hiashi.

— São Humanos. Precisamos ir embora — balbuciara Shibi Aburame.

— Acho que deveríamos conversar com o líder deles. São uma monarquia, não são? — questionara Choza.

— Sim, são. Eu conheço o rei atual, crescemos juntos — explicara Naruto.

Eles tinham demorado muito para encontrar o local que os líderes tinham se reunido, mas Ino conseguiu através da toupeira, e por intermédio de Inoichi. A Yamanaka reclamara de estar com a cabeça doendo muito por ter que dividir sua visão em duas; era quase como ter que dividir a alma em duas. Hinata sabia disso e não fazia a mínima ideia de como sua amiga poderia estar suportando, principalmente porque era a primeira vez que fazia isso.

Os talamaurs combatentes tiveram que se reunir no campo de batalha em Manancial da Guarda, esperando pelas ordens dos líderes através dos comandantes. Hinata não quis deixar Naruto com eles, teve medo de que Toneri tentasse alguma investida durante o intervalo que deram. Uma traição assim nunca aconteceu na história Talamaur, mas ela não queria arriscar para ver.

— Pode ser perigoso demais. Shino disse que deixou um dos insetos dele entrar no traje que eles estão usando e percebeu que era algo completamente diferente de tudo o que tínhamos visto. Entendo que você possa ter conhecido esse rei quando era apenas um humano, mas agora você é um de nós, e ao que parece ele veio para guerrear contra nós. Não quero que tente se aproximar — respondeu Hiashi ao apelo de Naruto para tentar falar com o rei humano, mas Hinata sabia que ele não poderia fazer muito quanto a isso.

Estavam todos em pé, formando um círculo. Hinata estava cansada, mas permaneceu com o Byakugan aceso. A batalha não havia durado nem quatro horas e já tinham tido bastante baixas. Respirou fundo; não podia pensar nas perdas agora, precisava se focar no que ainda estava por vir.

O céu já começava a mostrar seus dedos alaranjados quando Belial surgiu por entre a relva. Ao lado dele estava uma... ilusão. Não. Não era uma ilusão. Aquilo era um holograma, o Byakugan de Hinata jamais se enganaria. E do outro lado dele estava um humano, um híbrido Uchiha. Ele trajava botas de aço com molas que poderiam fazê-lo saltar tão alto quanto ela. Na parte de trás da perna o fio de aço continuava, grudando-se às curvas dele até chegar na cintura e o prender ali, como um cinto de segurança. Depois o fio de aço continuava subindo pelas costas, como uma coluna cervical, e ia até a nuca, onde era enfincado por um tipo de agulha, e nos braços o fio de aço também corria, abraçando as mãos e dedos do humano como se fosse uma luva. E o que mais impressionava Hinata era que ele se movia como se estivesse nu.

A era dos TalamaursOnde histórias criam vida. Descubra agora