Conselho de guerra

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— O que os híbridos gigantes disseram? — perguntou Itachi. Não tinha parado quieto por um minuto sequer. Olhava para o lado de fora da imensa janela, volteava a sala e só agora que se pronunciou, depois e longos e entediantes dois quartos de hora de reunião.

— Fugiram graças a Zabuza Momochi, aquele que usa uma faixa na boca, o maior de todos — explicou Shikamaru. — Ele conseguiu quebrar as correntes que os estavam prendendo, depois disso soltou todos os gigantes que conseguiu.

— Por sorte, ele encontrou o cativeiro dos meus filhos — disse o gigante Gai, que tinha sido formalmente convidado para participar da reunião do conselho.

— E esse Zabuza é confiável? — questionou o rei, aproximando-se da mesa, que agora possuía cadeiras dos dois lados — nunca houvera tantos convidados na sala do conselho.

— Zabuza não é muito sociável, mas sempre esteve do meu lado... e nunca gostou muito de Orochimaru — disse Gai, erguendo as negras e espessas sobrancelhas que cobriam a pele verde.

— Ótimo. Vamos precisar de todos. Os gigantes se curam com facilidade, Karin disse que quando partirmos todos já estarão bem o suficiente para se juntarem a nós — disse o rei Itachi, citando o nome da noiva com um toque de carinho na voz.

Aos olhos de Shikamaru, sempre pareceu que Itachi e Karin não faziam mais do que cumprir o protocolo e a vontade do falecido rei Fugaku. Depois de ter começado a ter mais contato com a ruiva, descobriu que estava completamente certo sobre o que pensava, só não tinha certeza ainda sobre o rei, que sempre foi correto demais para deixar qualquer coisa transparecer.

— E quanto a Naruto? — Jiraya questionou, chamando a atenção de todos com sua voz indignada. — A sensação que tenho é de que ninguém se importa. O príncipe — disse, encarando Sasuke, que já demonstrava não estar de bom humor antes desse assunto — acusou meu afilhado, mas tenho certeza de que ele jamais faria mal ao o rei.

— Que provas tem? — indagou Sasuke friamente.

— Está brincando comigo? Naruto cresceu nesse castelo junto com você. Será que não percebe a besteira que está dizendo?

— Não é uma besteira — rebateu o príncipe. — Acha que eu também não me sinto mal por pensar sobre essa hipótese? Mas a questão é: Naruto sumiu no mesmo dia que meu pai morreu. Onde está ele agora, Jiraya? Ele era o único que meu pai sempre recebia, a qualquer hora... — Todos estavam apreensivos, e não demorou para que Sasuke percebesse. — Que seja. Mas um dia, irmão — disse encarando o rei Itachi —, eu irei provar o que estou falando... e também irei mostrar a verdade que você esconde para todos.

O silêncio que caiu na sala foi cortante e a única coisa que se passava na mente de Shikamaru era o que o rei escondia e o motivo de o príncipe parecer estar completamente à vontade em falar tudo aquilo, como se tivesse realmente certeza sobre o que estava dizia. Contudo Shikamaru sabia que ele estava errado, ao menos quanto a Naruto, então pigarreou e, sentindo-se não muito motivado, começou a mudar de assunto para tentar amenizar as coisas:

— As pessoas estão assustadas. Não querem se envolver com a guerra de modo algum. Por mais que tenhamos reunido todos os vendedores na praça central e afirmado que eles não precisariam lutar, apenas oferecerem seus serviços levando água, comida e todo tipo de suprimento necessário para nos auxiliar em nossa investida... ainda assim muitos foram até o Oficial General pedir dispensa com alguma desculpa.

— Não podemos culpá-los — disse Kakashi, que estava ao lado de Shikamaru. — Nunca aconteceu nada parecido desde que Cortina de Ferro se estabilizou. Claro que estariam assustados. Por isso estava pensando em garantir, para os comerciantes que forem nos ajudar, uma escolta.

A era dos TalamaursOnde histórias criam vida. Descubra agora