Epílogo

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Os raios de sol invadiam a janela do quarto, mas Sakura não se sentia animada para levantar. Tinha ficado acordada até tão tarde, passando para Hinata todas as informações que havia conseguido durante a investigação, que agora só pensava em descansar.

Já havia se passado três anos desde a última Grande Guerra. Três anos de união. Mas não estava sendo tão fácil quanto ela tinha imaginado. Muitos talamaurs acabaram se revoltando com a morte de Toneri e não estavam aceitando a ascensão de Belial como Líder Supremo dos Otsutsuki. Alguns híbridos gigantes se juntaram a eles para tentar boicotar o novo governo dos humanos que se erguia, e alguns humanos se rebelavam contra a aceitação das novas raças.

Agora os reinos já não eram mais divididos, tinham todos se unificado e viviam em completa cooperação uns com os outros. E, para manter tudo em ordem, ficou acordado entre os povos que a melhor coisa a se fazer seria implantar um novo governo, uma democracia.

Durante meses foram feitas propagandas eleitorais, até mesmo Orochimaru se candidatou. Sakura ficou ainda mais surpresa depois que descobriu que o híbrido gigante, mesmo depois de ter feito tudo o que fez, ainda ficou em segundo lugar na colocação de votos, tudo por ter ajudado os humanos na última guerra, enviando seus guerreiros gigantes ao lado de Sasuke. Mas quem ganhou mesmo o direito de governar foi o antigo conselheiro; Gaara. Ele foi aclamado pelos povos e a posse foi uma coisa bonita de se ver. Tudo televisionado. O cidadão que quisesse ver só precisava ir até uma das praças principais que conseguiria assistir tudo.

Sakura começava a sentir que as coisas estavam entrando no eixo, depois de tantas confusões e dificuldades. Ainda era complicado se adaptar a toda aquela nova tecnologia que Shiva disponibilizava, mas estava sendo gostoso desvendar esse novo mundo de novidades. Chegar até ali foi duro, doloroso, mas valeu cada esforço.

No começo, quando a guerra acabou, o mais terrível foi ver o cara por quem estava apaixonada jogado em uma cela. Apesar da situação, Sasuke levava tudo com naturalidade, e isso era até difícil de compreender.

A relação deles também foi um grande jogo de equilíbrio. Sasuke gritava de um lado, ela gritava de outro, até que percebeu que, às vezes, ceder era preciso. Mas depois de um tempo ela estava cansada demais para ceder. Depois de uma das milhares de brigas que tiveram, ela não voltou mais para visitá-lo. Aquilo doía, a distância doía, principalmente porque não fazia ideia de como ele poderia estar, se comia, se dormia... Até que recebera a notícia de que ele havia adoecido.

Voltar lá, depois de tanto tempo distante, foi estranho. Mas Sasuke estava abatido demais para reclamar, e ela preocupada demais para entrar em mais uma possível discussão. A única coisa que se viu capaz de fazer foi cuidar dele. Talvez tenha sido ali que as coisas realmente começaram a dar certo para os dois. Deixaram de gritar, para conversar.

Percebera, que apesar de todas as suas observações, ainda existia muito nele que ela desconhecia, e ele parecia se sentir da mesma forma. Toda aquela fase de descobertas até amenizou saber que ele estava lá, preso, trabalhando para pagar o que tramou contra o governo de seu irmão.

Orochimaru também fora preso na mesma época e cumpriram pena juntos, o que os aproximou ainda mais. Sakura não gostava daquela amizade, mas até o gigante com língua de cobra parecia estar mudando.

Ela se mexeu, resmungando, enquanto sentia Sasuke beijando o pescoço dela.

— Bom dia — ele disse.

— Bom dia nada, Sasuke. Eu ainda estou com sono.

— Está, é? — ele questionou, subindo em cima dela e a segurando os pulsos.

— O que está fazendo?

— Olhando você. Nem isso posso fazer?

Ela corou.

A era dos TalamaursOnde histórias criam vida. Descubra agora