Escape

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Cidade Colossal

O boato se espalhou rápido e logo ninguém mais falava de outra coisa. A nova possível guerra unia os híbridos gigantes aos humanos, mas algo ainda não batia nisso tudo. Se os humanos se uniram aos gigantes como iguais, então porque ainda somos tratados como prisioneiros de guerra?, pensou Shikamaru, caminhando lentamente na fila para os abrigos.

Tinha conseguido falar com Karin na noite anterior, e ela conseguiu armar um esquema para que, quando fossem separados na fila do dormitório, conseguissem todos ficar juntos na mesma cabana.

— Fez algum cálculo e conseguiu descobrir como eles separam? Achava que era aleatório — ele dissera, abaixado, escondendo-se atrás de uma das pedras que Lee tinha carregado.

— Cálculo? Claro que não! Aquela guarda esquisita com dentes de tubarões estava reclamando de dor na coluna há uma semana. Eu disse que poderia ajudá-la... então a convenci de me ajudar em troca. Propina mesmo, sabe.

Ele coçou a cabeleira preta com a recordação, começando a ficar angustiado ao ver que já estava bem perto de sua vez na fila. Queria aproveitar para tentar falar com Temari agora que tinha um plano certo, mas estava com receio de que ela pudesse estar nervosa com ele por terem se afastado tanto depois de chegarem nas terras híbridas.

— Para a esquerda — a guarda disse em meio a cuspes, empurrando-o justamente para a cabana que tinha visto os outros entrarem. Sufocou um riso, apertou o cobertor que segurava nas mãos e entrou.

O lugar estava uma bagunça. Havia beliches dos dois lados da parede, feitos de madeira, e os colchões de pura palha seca. Teve que se esgueirar com dificuldade no corredor apertado, passando pelos gigantes que estavam na frente, e seguiu para o fundo do abrigo, onde combinaram que ficariam todos os humanos.

Já estavam todos reunidos, alguns na última cama da direita, outros na da esquerda. Temari estava lá, olhando para ele com os profundos olhos verdes a o fitarem, e teve dificuldade para encarar os outros depois de olhá-la.

— Que bom que conseguimos nos reunir — disse Itachi, apertando a mão dele e se sentando ao lado de Karin.

— O que conseguiu? — Sakura perguntou, espremida entre o outro lado de Karin e Tenten.

— Vai ser hoje — ele respondeu, sentando-se ao lado de Temari. — Vai ser um pouco complicado por causa daquela múmia... Tem certeza que temos que levar ela com a gente?

— Tenho. Se o que estão falando é realmente verdade, então acredito que podemos ajudar com a guerra.

— Mas nem temos certeza de onde vai ser essa tal batalha ainda — disse Kakashi.

— Eu procurei saber — cochichou Temari, movendo-se um pouco, parecia desconfortável. — Alguns falam que tem um cerco montado pelos talamaurs em Cortina de Ferro, mas acho isso muito improvável. Eles são vampiros, não acho que montariam cerco se podem simplesmente fazer... sei lá... Eles são bem mais fortes pelo pouco que sabemos, são habilidosos e têm séculos de vida.

— Então onde acha que vai ser?

— No Manancial da Guarda. É a segunda coisa que mais falam e a mais provável, na minha opinião.

O corpo de Shikamaru se tencionou ao sentir a mão de Temari repousando sobre sua perna. Cuidadoso, moveu os dedos por sobre a palma da mão dela, sentindo sua respiração pesada ao entrelaçar seus dedos aos dela.

— Então, qual o plano? — questionou Itachi.

Shikamaru explicou tudo cuidadosamente. Sairiam no meio da madrugada, já que com a evasão de uma boa parte dos gigantes, sobraram apenas poucos guardas e de madrugada era o melhor horário. Se dessem sorte, conseguiriam passar sem serem vistos por ninguém.

A era dos TalamaursOnde histórias criam vida. Descubra agora