A era dos Talamaurs

Briga de gigantes

Cidade colossal

Tenten estava sentada no sofá com seu irmão de criação ao lado. Haviam insistido com Gai para irem ao funeral do rei com ele, mas o presidente do conselho dos híbridos gigantes não aceitou a companhia deles, queria ir por conta. Isso deixou a gigante extremamente preocupada, mas não havia o que fazer, a teimosia de seu pai adotivo parecia crescer a cada temporal e o último fora grande, assim como a insistência dela e a negação dele.

Um gigante híbrido apareceu na porta. Era Otaru, o mensageiro da cidade. Tenten odiava quando tinha que entregar ou pegar qualquer carta do gigante, sempre repudiou tentáculos, e Otaru tinha três de cada lado do corpo, no lugar de braços e mãos. A gigante se levantou do sofá, ao perceber que Lee não o faria, e foi em direção à porta.

— Bom dia, garota das armas. — A voz arranhava os ouvidos de Tenten.

— Bom dia. Outra carta? — perguntou, tomando o envelope de um dos tentáculos do gigante. Tenten limpou o papel na calça. Viu que a carta possuía o selo real, o símbolo Uchiha. — O príncipe? Outra vez?

— Sim. Também estranhei. Já é a segunda esta manhã. Corre um boato — Tenten estreitou os olhos — de que o rei dos humanos morreu.

Tenten continuou encarando o gigante, calada. Não conseguia imaginar como alguém poderia ser tão cara de pau. Todos na Cidade Colossal já eram cientes da falta de educação do mensageiro, que sempre dava um jeito de abrir o selo das cartas reais. Deu de ombros. Uma hora todos saberiam.

— Sim. É verdade. O rei faleceu. Mas suponho que você já tinha certeza de que não eram apenas boatos...

O gigante fez como se não tivesse ouvido.

— Que coisa, não é!? Parece que a natureza chorou pela morte do rei! — Se virou um pouco, apontando a terra ensopada pelo temporal que havia pouco passara.

— Obrigada, Otaru.

A porta sempre ficava aberta quando ela estava em casa, mas resolveu que era melhor fechar, e assim fez, antes mesmo de receber uma resposta do gigante.

— Você implica demais — Lee falou, ela ignorou.

— O que será? — disse, levantando a carta acima da cabeça para tentar espiar, aproveitando a luz do sol que entrava pela janela. Gai chegou na sala, ela abaixou a carta rapidamente.

— Quem era? — o gigante perguntou.

Estava bem arrumado, com uma calça e blusa pretas, com botões personalizados com o símbolo dos híbridos gigantes, mas a quantidade absurda de perfume que usava empesteou a sala inteira e Lee começou a tossir.

— Otaru. Outra carta do príncipe. — Entregou o envelope ao pai.

— Outra? O que mais aconteceu? — indagou enquanto usava os dedos verdes para abrir a carta. — Humm... O rei será enterrado de tarde.

— Quer dizer hoje de tarde? — Tenten questionou, Gai acenou positivamente, ainda com os olhos na carta. — Mas por quê? Sempre esperam até que você chegue.

— Sim. — Enfiou o papel no bolso. — Mas é aceitável. Eles estão com problemas e precisam que Itachi assuma logo. De qualquer forma, pediram para que eu fosse, já que o memorial só será feito daqui a dois dias. Ainda é cedo, então vou chegar a tempo. Lee, minhas coisas já estão prontas?

— Já está tudo na carroça — o gigante respondeu, ainda acomodado no sofá.

— Certo. Então estou indo. Espero que não me aprontem nada, já não aguento mais ouvir vocês falando baboseiras sobre Orochimaru. — Olhou de forma apreensiva para os filhos.