Capítulo 46

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Lorenzo

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Fodido inferno.

Quero encontrar esses filhos da puta, quem inferno forem, e mostrar-lhes alguma justiça.

Mas eu precisava me controlar. Encontrar Élodie primeiro.

Isso não seria difícil, eu era o dono da cidade, alguém deveria ter visto ela sendo capturada, era só questão de tempo até as informações chegarem.

- Chamem todos os homens. Anunciem o desaparecimento. Precisamos triplicar o número de homens nas ruas. Quero saber como a pegaram. Quero pistas. Rastros de pneus. Pessoas que viram algo. Qualquer coisa que pudermos.

Dito isso me virei e sai do vestiário.

Horas depois estava sentado no bar de um dos cassinos, com a mão apertada na minha arma, cansado de inatividade. Os homens estavam em toda parte. Encontramos faixas de pneus de algo pesado, caminhonete ou S.U.V. É isso. Ninguém sabe merda nenhuma.

Dante estava ao meu lado, seu olhar estava preso ao meu e podia sentir a tensão em seu corpo combinando com a minha.

Eu parecia o próprio inferno. Meu corpo inteiro da cabeça aos pés estava tenso. Me sentia completamente destruído.

Sinto falta dela.

Como nunca senti falta de alguém antes.

Sinto falta dela como um membro subitamente arrancado.

Como algo vital.

Um dos homens se aproxima, fazendo minha cabeça levantar.

Ele acena com a cabeça para mim.

- Galpão.- ele diz e depois sai.

Eu e Dante saímos rumo ao galpão que era reservado para as torturas. Eles tinham pego alguém, finalmente.

Quando entramos no galpão há um homem algemado a cadeira. Numa porra de terno de mil dólares.

Minha sobrancelha arqueia, olhando Dante.

Porque... de fodido jeito nenhum alguém ousaria mexer com a nossa família, ainda mais alguém influente.

Eu o reconheci, era um empresário.

Sua cabeça se inclina, observando-me, com as sobrancelhas baixa.

- Eu o ajudei. Emprestei dinheiro mas só depois me dei conta do que estava acontecendo.

- Comece da porra do início.- resmungo caminhando até ele.

- Ele me procurou, disse que era uma boa oportunidade de fazer muito dinheiro, dei uma quantia como parte do investimento, ele contratou uma equipe para o serviço, hoje ouvi boatos de que uma de vocês tinha sido sequestrada e não demoraria muito para merda chegar até mim.

- Ele quem, porra?.- grito sem paciência.

- Augusto.

O pai dela? Aquele velho morreria da pior maneira possível, eu me certificaria disso.

- Ele está vivendo em uma fortaleza, montou seu próprio exército de merda.

- Ele cometeu o maior erro da fodida vida dele. E você o ajudou.

Um hora depois eu já tinha todas as informações necessárias.

Depois disso, foram horas de planejamento.

- Você precisa dormir um pouco, não será bom se estiver tenso e sem foco. Buscaremos ela pela manhã, ela saíra de lá e estará segura novamente.- Dante me diz, olhando em meus olhos.

Já era tarde, estávamos em uma das salas do cassino com as plantas da casa onde Élodie estava em mãos, repassando a operação, todo detalhe era importante, eu não a queria machucada.

Durmo por cerca de uma hora e meia, acordando, jurando ouvir Élodie gritar.

Nas primeiras horas da manhã, entro em uma das SUV. Eu estava preparado, uma coleção de armas estava no chão, fora as que estavam espalhadas pelo meu corpo.

E então, seguimos em direção a casa.

Todos vão morrer.

Lentamente.

Dolorosamente.

Com facas.

Eu quero a pele do filho da puta.

Uma hora depois estamos próximo ao complexo. Dou sinal para que meus homens parem os carros, enormes portões cercam a propriedade, através de um binóculo consigo ver alguns cães e homens em todos os lugares.

- Não são soldados experientes, mas possuem um bom poder de fogo.

- Muito tarde agora.- diz Dante ao meu lado.

Eles sabem que estamos a caminho. Todos os olhos estão em nossa direção, armas levantadas, cães levando suas bundas para nos receber, rosnando com a boca espumando.

Poucos minutos depois, uma figura solitária sai pelos portões. Alto. Careca. Pele escura. Construção forte. Ele caminha casualmente para nós, sem armas.

O filho da puta do Augusto não teve culhoes suficiente para aparecer. O homem continua vindo até nós, permito que ele se aproxime, quando ele está próximo o suficiente para que eu o ouça, ele grita.

- Queremos negociar.

Não desço do carro e permaneço em silêncio.

- Que porra você quer fazer?.- Pergunta Dante.

Respiro fundo.

- Matar todos eles.

Camorra- Lorenzo Carraro - Série os Mafiosos- Livro 03 ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora