Capítulo 36

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Élodie

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Havia algo sobre as luzes brilhantes, o modo como a cidade parecia iluminar-se fazendo Vegas parecer ainda mais maravilhosa à noite.

Para minha supresa, Enzo estacionou perto do cais, estávamos em um parque temático. O cheiro doce do bolo de funil no forno pendia pesado no ar, assim como cheiro de pipoca.

Ele ofereceu aquela mão cicatrizada e calosa, fechando seus dedos ao meu redor.

Passamos por uma cabine de jogos, uma com rede pendurada ao longo das portas onde os ursos panda gigantes foram colocados como prêmios.

Embora eu soubesse que os jogos eram manipulados de alguma forma, isso nunca reprimiu o meu desejo de tentar ganhar um.

- Quer um desse? — Ele perguntou, balançando a cabeça em direção as pelúcias.

O atendente, com um crachá que dizia Tony, mal nos olhou quando murmurou.

- Dez para o primeiro jogo, cinco para o próximo. Três toques para um pequeno prémio, dez para os grandes.

Lorenzo levou a mão até seu bolso, tirando uma nota de vinte para entregar ao homem que parecia estar levemente embriagado.

Ele não esperou por minha resposta, pegou uma das armas de brinquedo parecendo testar o peso em suas mãos antes de segurá-la na frente dele, seu olhar treinado à espreita.

Ele parecia fazer aquilo sem esforço, como se fosse uma segunda natureza.

Lorenzo parecia pronto para atirar nos alvos giratórios quando fez uma pausa e olhou para mim. Segurando a mão, ele acenou, pressionando a arma em minhas mãos uma vez que eu estava perto o suficiente.

- Eu não...

- É fácil. — Ele disse, seus lábios ao lado da minha orelha. — Você apenas aponta... — Seus braços me circundaram, atraindo-me para a posição que queria, ficando perto. — ...e puxa o gatilho.

Seu dedo encontrou o meu no gatilho e quando inalei, ele apertou. Não era tão intenso como uma arma real, eu tinha certeza, mas ainda pude sentir o chute quando a pequena bolinha saiu, acelerando através do ar e atingindo o alvo central.

- Fácil.

Não havia nada fácil sobre Lorenzo.

Concentrando-me, fechei um olho, tentando ver os pequenos círculos girando melhor. Esperei até pensar ter um em vista antes de apontar, respirei fundo e disparei.

Errando o alvo por completo.

- O que foi isso?.- perguntou Enzo.- Sou um homem difícil de agradar, querida. Deixe-me orgulhoso.

Rindo, apontei e disparei de novo, apenas tocando o metal, mas realmente bateu.

- Isso não é tão fácil quanto parece.

- Justo. Vamos apostar então.

Eu não me contive e zombei.

- Eu não tenho nenhuma dúvida que você pode acertar todos eles.

-  É claro. — Disse ele com nem mesmo um pouco de vergonha na sua arrogância. — Mas aposto em você, no entanto.

Olhando para ele enquanto me virava com a arma em minhas mãos, considerei.

- E se eu perder?

- Nós não discutimos parâmetros, amor. Primeiro isso.

Não sei onde eu estava com a cabeça mas concordei.

- Você tem que acertar os próximos sete dos oito.

- Tudo bem.

Como poderia discutir com ele?

Apontei e atingi os três seguintes, mas o próximo falhei por alguns centímetros.

- Um erro. — Murmurou Lorenzo, aproximando-se. — Cuidado, querida. Não quero que perca.

Isso era fácil para ele dizer.

- Então pare de me distrair.

Ele riu, mas ficou em silêncio enquanto esperava que eu fizesse os últimos tiros. Os próximos foram mais fáceis e quando eu finalmente estava no último, mesmo quando o senti se aproximar, consegui atingir o alvo.

- Impressionante. — Lorenzo disse com um leve sorriso.

- Ainda não é o suficiente para o urso. — Disse Tony baixinho, olhando-nos por cima da revista que estava lendo. Eu me esqueci que ele estava lá.

Agarrando a outra arma do balcão, Enzo mal enfrentou os alvos antes que cada um deles fosse derrubado em questão de segundos. Com uma sobrancelha arqueada para Tony, como se o homem se atrevesse a interrogá-lo, puxou um dos ursos, apresentando-o a mim com um sorriso.

Jogando um braço ao redor de seus ombros, ele me levou para longe do estande em direção à gigante roda-gigante.

Estávamos quase lá quando Enzo de repente parou.

- Você aceitaria se casar comigo?

Élodie não percebeu que estava olhando para ele com os olhos arregalados até que ele mencionou isso com um sorriso contagiante, estendendo a mão para puxá-la para seus braços.

- Enzo, já falamos sobre isso.

As palavras mal saíram da minha boca e ele tinha uma mão em minha nuca, puxando-me para baixo para pressionar sua boca contra a minha.

Embora seus lábios fossem suaves, seu beijo era firme, inflexível

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Embora seus lábios fossem suaves, seu beijo era firme, inflexível.

Soltei um suspiro, meus dedos apertando a camisa dele. Era fácil perder-se na sensação dele, a maneira como me apertava como se nós simplesmente não estivéssemos perto o suficiente.

- Só diz que sim.- ele se afastou, sua voz possessiva preenchendo o silêncio.- Já no primeiro dia, eu soube que você era extraordinária. Liguei para Bia e disse: - "Bia, conheci a mulher da minha vida." Angel, se você me aceitar, eu prometo passar o resto da minha vida te fazendo feliz.

Fiquei ali um momento, apenas olhando para ele e ele para mim.

Quem éramos nós?

Como chegamos aqui?

Quando nos tornamos isso... um casal?

Camorra- Lorenzo Carraro - Série os Mafiosos- Livro 03 ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora