Capítulo 48

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Lorenzo

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É um caos.

Tínhamos um plano. Sabíamos todos os detalhes.

Mas as coisas foram de estranhas, para porra louca em questão de segundos.

Entramos pelos portões como se as merdas estivessem funcionando perfeitamente bem. Mas, eu a vejo completamente machucada então armas são jogadas. Balas voam.

Não há tempo para pensar. Apenas reagir.

Estou arrastando ela para uma das portas.

Preciso dela segura.

Depois disso poderei focar nos homens que preciso matar.

Continuamos indo em direção aos portões, eu a colocaria em um carro e mandaria um dos homens a levar para casa.

Atiro em tudo que vejo pela frente enquanto a levo para fora, finalmente depois de algumas mortes pelo caminho chego até o SUV e abro a porta para que ela entre.

Ela está bem.

Está segura.

Minhas mãos correm para cima e para baixo em seu corpo, procurando sangue. Feridas. Qualquer coisa.

Vejo alguns machucados em seu pequeno corpo mas nada que a fizesse perder muito sangue. Noto ela me encarando e para minha surpresa há um enorme sorriso fodido em seu rosto.

Um sorriso aberto, despreocupado.

Completamente e totalmente feliz.

Ela estava feliz em me ver.

Minha respiração para no peito enquanto olho para ela.

Meus dedos acariciam o lado de seu rosto.

Não importa que seu rosto esteja machucado e maltratado.

É a porra da melhor vista que já tive na vida.

- Vá, você está segura agora.

E então ela assente e entra no carro, quando vejo que eles estão longe o suficiente volto para terminar a matança.

A maior parte do lugar estava sob chamas, fazendo o chão tremer, culpa dos explosivos que meus homens jogaram para acabar com o lugar. Não vou mentir, isso quase me dá um grande sorriso. Fico ali por um longo minuto, com as mãos nos bolsos, assistindo os pequenos servos do bastardo do mal correrem como idiotas.

Porra, é hilário.

Se alguém merece ter seu lugar arrancado da superfície da terra, é Augusto.

Posso ser muitas coisas, mas nunca fui misericordioso. Além disso, aquele filho da mãe não merece misericórdia de ninguém depois da merda que ele faz com a própria filha.

Viro, indo até um contêiner, eu precisava encontrar o bastardo e ensinar- lhe o que ele merece. Mostrar o que acho de um homem que coloca as mãos na mulher que confiou nele.

E então eu o vejo... Fodida mãe, minha mente queima.

Essa briga é entre mim e o filho da puta que ousa colocar as mãos no que é meu.

Ele está de costas atirando contra meus homens, me aproximo o derrubando no chão, minhas mãos vão até sua calça e retiro seu cinto. Sinto um sorriso doentio puxar meus lábios enquanto enrolo seu pescoço com o cinto.

Ele se debate em vão nos meus braços.

- Deveria manter as mãos longe do que pertence a mim.- digo, balançando para trás, em seguida, puxando a correia para frente, o golpe aterrissando no centro do seu peito, dando-me um grunhido.

Inclino meu braço para trás novamente, então viro-o para frente, desta vez apontando muito mais alto. Todo o corpo dele se afasta quando o cinto bate na lateral do rosto. Sua mão vai instintivamente para cobrir a área e aproveito a oportunidade para acertar as costas da mão dele também - seu uivo gutural envia um choque de prazer por meu sistema.

Levanto o cinto e balanço uma última vez. Minha mira erra por centímetros e o acerta através do olho, fazendo um grito que é apenas meio humano escapar dele quando uma sensação de turbilhão começa no meu estômago.

Corro pelo chão enquanto ele embala seu rosto e pego uma corrente que estava ao redor e arrasto-a por toda a porra do chão, colocando-a ao redor do tornozelo de Augusto antes que ele pare de uivar o suficiente para tentar me impedir.

- Vamos ver o quanto gosta de ser mantido contra sua vontade, seu fodido doente", digo, indo em direção a um dos cômodos que ainda estavam intactos, meu coração batendo forte no peito.

Eu o prendo em uma das colunas.

Não tentei controlar a fera.

Eu não queria.

Queria libertá-la.

Eu queria ver a pele do Augusto descascar nas minhas mãos.

Então foi o que eu fiz.

Eu o fiz gritar.

E eu podia dormir como um bebê, sabendo que, por minha causa, Élodie nunca precisaria se preocupar com as mãos dele segurando-a novamente.





[...]




Zander e Dante me aguardavam do lado de fora quando sai, próximo a SUV.

- Matou ele?.- Zander pergunta.

Balanço a cabeça.

- Acorrentei-o naquele quarto imundo como ele fez com ela depois o torturei por um tempo. Coloquem fogo no restante do lugar.

- Sim, senhor. Ele realmente achou que negociaríamos e que sairia rico daqui.

- Nós não negociamos, nós tomamos. Ele já deveria saber disso.

Antes de sair para completar o serviço ele se vira e diz.- Para ter suas bolas bem apertadas, ela tem que ser algo excepcional pra caralho.

Ele não tem ideia.

Camorra- Lorenzo Carraro - Série os Mafiosos- Livro 03 ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora