Camorra- Lorenzo Carraro - Série os Mafiosos- Livro 03 ( CONCLUÍDO )

Capítulo 27

Élodie

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Deus, o que eu tinha feito?

Eu me mantinha alerta ao barulho do chuveiro, enquanto pegava minhas roupas pelo chão as colocando de volta.

Minhas pernas estavam bambas depois do orgasmo intenso que tive, me sentei na beirada da cama, respirando fundo.

Lorenzo era demais para eu lidar, e não era alguém que desistia facilmente.

Fiquei dividida entre a vontade de correr para o banheiro com ele, ou fugir do que acabara de acontecer.

E então ele apareceu com a toalha enrolada na cintura, andou a passos largos até mim depositando um beijo suave em minha testa.

- Angel, eu sei que você está molhada pra caralho. Apenas diga e eu vou lhe mostrar o que está perdendo.

Me levantei ficando na ponta do pés para alcançar seu peito.

- Você sabe mesmo como agradar uma mulher? As prostitutas sempre fingem que gostam.- o provoquei.

Deus, eu não tinha dúvidas do que ele era capaz mas eu sentia a necessidade de provocá-lo.

- Já tive mulheres suficientes gritando meu nome, inclusive você a pouco tempo, Angel, ou já esqueceu o que aconteceu? Posso fazê-la recordar.

- Eu não vou dormir com você, Lorenzo.-  eu disse firme.

Ele deve ter finalmente entendido, porque franziu a testa.

- Então você vai me fazer esperar?

- Você terá que esperar, ou tomar o que quiser contra a minha vontade.

Lorenzo beijou minha bochecha.

- Angel, esse não é o meu estilo. Eu quero que sua boceta grite pelo meu pau, e isso vai acontecer. Este jogo que você está jogando, eu sou o mestre nele. A espera será tão torturante para você quanto para mim, confie em mim.

Dei um passo para trás. Mordendo o lábio, corri para o banheiro e fechei a porta.

Meu coração batia a mil.

Me livrei das roupas e liguei o chuveiro no frio, eu precisava me acalmar.

Quando sai Lorenzo já não estava mais lá, peguei meu celular e liguei para Anika.

- Oi, princesa.- ela atendeu no primeiro toque, sua voz mostrava preocupação.

- Eu estou bem.

- Está?

- Sim, pode parar de se preocupar.

- Lorenzo não está sendo um idiota com você?

- Na verdade não, papai está livre.

- Sinto que você está escondendo algo, vai me dizer logo o que é ?

Eu ignorei sua pergunta.

Como eu sentia falta dela.

- Estou com saudades.

- Eu mais ainda.

Conversamos alguns minutos, nos quais tive que assegurar várias vezes para ela que eu estava bem.

Eu precisava descobrir um jeito de contar a ela...

[...]

Passei o dia lendo, em uma tentativa de fugir dos meus pensamentos turbulentos. Por volta das oito da noite, Lorenzo adentrou a sala de estar, assim que pousei meus olhos nele meu coração acelerou.

Lentamente me levantei, incerta de como agir.

Engoli em seco com o nervosismo, minha língua parecia pesada, como um caroço inútil na minha boca.

- Podemos ir para cama? Estou exausto.

Eu balancei minha cabeça trêmula.

Lorenzo se aproximou, passou o nariz pela minha mandíbula e depois beijou o canto da minha boca antes que seu olhar possessivo me atingisse como um tsunami e tirasse o ar dos meus pulmões.

Ele não me assustava, nem seu toque, mas a reação do meu corpo a ele, definitivamente. Era como se eu estivesse perdendo o controle do meu corpo.