Capítulo 42

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Peter: Bom, o piano foi o meu grande companheiro desde pequeno. Mas acabou sendo o alimento dos meus demônios interiores.- fala e eu fico focada nele.- Eu tinha um irmão chamado Stelian, ele era um ano mais velho do que eu. Ele estudava piano junto comigo, e não vou mentir, ele sempre estava um passo na minha frente. Acabamos nos tornando rivais e sempre que fosse possível competiamos um com o outro.

Eu: Mas era a básica competição entre irmãos, isso é normal.- falo tentando aliviar a tenção, mas logo coloca um sorriso triste no rosto.

Peter: Sim, era normal, mas meu pai acabou entrando nessa jogada e ficou me cobrando demais, falando que meu irmão era melhor do que eu.- fala e vi sua feição mudar para raiva.- Acabou separando cada vez mais eu e meu irmão.

Eu: Mas e sua mãe o que ela fazia?

Peter: Ela morreu quando eu nasci e meu pai nunca me perdoo por causa disso.- falo e eu abraço ele na hora, mesmo eu não sendo muito afim de afetos, sabia que ele precisava disso, então cheguei mais perto dele e dei um abraço desajeitado.

Eu: Eu sinto muito Peter.- falo e ele concorda.

Peter: Em outra época era bem difícil as mulheres conseguirem sair a mesma depois de dar a luz a uma criança, então era em certo ponto normal mulheres morrerem por causa do parto. Meu pai na verdade nunca quis me ter, porque ele sempre me tratava como se eu nunca tivesse existido. Sempre dando preferencia para o meu irmão. Por isso, que eu ia a procura do meu piano, já que era a unica coisa que me acalmava. Até eu completar vinte anos e as coisas complicarem mais ainda.- fala e eu fiquei encarando ele atentamente.- Foi quando eu encontrei a Lizabeth.- na hora lembro do que a Lorie tinha me contado sobre ela e já estava começando a ficar encomodada.- Ela era muito linda e me chamou muita a atenção naquela época, mas não só minha mais de vários meninos e do meu irmão.- fala e ele coloca um sorriso de desculpa.- Eu tinha visto ela pela primeira vez com um vestido amarelo bem claro e com seu guarda-chuva branco.- fala, vejo um sorriso diferente aparecer no seu rosto e na hora fiquei atenta.- Ela tinha belos olhos azuis, uma cor que se eu tentasse explicar estaria ofendendo aqueles belos olhos. Não sabia como aquela mulher me atraiu assim tão rápido. No dia estavamos fazendo um concerto, quando finalmente acabou o concerto, eu pensava que ela ia em direção do meu irmão, mas ela veio em minha direção. Meu irmão era o mais esperto, o mais bonito e em vez de ir na direção dele, ela veio na minha direção. Quando isso aconteceu, parecia que só existia eu e ela naquele lugar. Acabou nos aproximando e eu sentia que ela seria a mulher da minha vida, com o tempo acabamos namorando, nossa vida era bela, rica e sensual.

"Sensual!"- tento esconder o meu ciúme no máximo.

Peter: Incrivelmente meu irmão não se metia, na verdade ela estava cada vez mais se afastado e sempre tentava me evitar.- fala e vejo sua cara fechar cada vez mais.

Eu: O que que houve Peter?- falo e percebi que sua dor estava muito evidente.

Peter: Seis meses mais tarde, eu tive que sair para fazer um concerto sozinho, mas voltei mais cedo porque queria vê a Lizabeth. Quando cheguei em casa vi a mesma na cama com o meu irmão.- na hora eu travo e fico em choque com a revelação.

Eu: Meu Deus, Peter!- falo assustada com a traição da Lizabeth, mas também de seu próprio irmão.

Peter: A dor de quando vi essa cena foi tanta que não sei nem como explicar.- fala e vejo uma lágrima escorrer no seu rosto.

         Sento no seu colo e seco sua lágrima, dou um selinho no mesmo e vejo um sorriso aparecer no rosto do Peter. Agora finalmente eu entendia a desconfiança dele comigo, mesmo eu odeio ser comparada, fiquei um tempo consolando ele, até que ele estivesse mais calmo. Bagunço um pouco o seu cabelo e ele solta uma das suas belas risadas.

Is it love? PeterOnde histórias criam vida. Descubra agora