Capítulo 48

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Na hora eu acho o que eu queria. Na linhagem do Stelian Rakoczy tinha um nome que eu conhecia muito bem. Dorothy Rakoczy. Pelo que eu entendi o James vem do nome da mãe dela, já o pai dela era descendente do irmão do Peter. No nome que estava escrito na partitura ela de seu avô.

Estava surpresa que a Dorothy era sobrinha distante do Peter, que ficava dando em cima do tio. Fico feliz e meio surpresa por está situação que eu tinha descoberto.

Começo a imprimir o documento, fico ali pensando se era certo. Mas resolvo continuar, se eu achar melhor não contar eu não conto, mas se tiver circunstâncias irei contar sem pensar duas vezes. Assim que termina de imprimir, pego o documento, coloco
na minha bolsa com cuidado e saio da biblioteca. Vou andando desviando dos alunos, já que era horário de ir embora e o pessoal queria chegar logo em casa. Paro na máquina de refrigerante e pego um Sprite, quando me viro vejo a Dorothy com o armário aberto e o Peter em pé do lado dela, tava óbvio que ele estava fazendo companhia para ela. Resolvo ser pique fofoqueira e descobrir o que os dois estão conversando um pouco. Vou fingindo está procurando a chave do meu armário, para que eles não percebessem a minha presença, enquanto me camuflo entre as pessoas.

Peter: Vai ter aula de que agora?- pergunta e vejo ele olhando pro teto.

Dorothy: Eu tenho aula de economia, mas eu não estou nem um pouco afim de ir para a aula de economia.- fala com a sua voz de entediada e suspira.

Peter: Por que?

Dorothy: Não estou afim de ouvir o professor falando e tirar da minha cabeça do nosso soneto, isso seria horrível. Prefiro ficar tocando junto com você.

Fico ali em choque com a situação. Mano! Como era possível o Peter ser tão lerdo assim ou ele finge de sonso, só pode. Olho para situação e vejo que a Dorothy agora estava frente a frente com o Peter, o jeito que ela encarava ele, parecia até que ela era namorada dele ou algo do tipo, melhor, ela parecia um cachorro olhando para um osso precioso.

Dorothy: As vezes quando tocamos juntos, parecíamos um só, nós dois.- fala e chega mais perto.

Eu parecia uma idiota olhando aquela situação cada vez mais piorar e aquela raiva começa a subir pela cabeça.

Peter: A música rompe fronteiras, isso estimula muito. De repente seja isso que você esteja sentindo.

"Aí que fofo! Parece que ele continua pensando que ela está conversando com ele sobre música."- penso e acho engraçado aquela situação.

Dorothy: Não, Peter. Não é isso o que você está pensando. Peter eu sinto algo por você muito além da música, tipo... mesmo antes da gente começa a tocar eu já sentia algo por você.- na hora eu travo.

Cara, todo mundo nesta universidade sabe que eu e o Peter namoramos e essa projeto de ser humano quer namorar com o meu vampiro. Me seguro no máximo para não ir até eles.

Dorothy: Eu sinto algo por você, que eu nunca senti por ninguém. É uma coisa muito forte Peter e tenho certeza absoluta que não tem nada a ver com a música.- vejo na hora suas bochechas começarem a ficar coradas.

Mano, que nível ela chegou para roubar meu namorado de mim. Aí que ódio desses tipos de pessoas.

Dorothy: Sabe que tal sairmos hoje. Podemos nos encontrar depois e tomar umas bebidas. O que você acha?

Olho para o Peter e percebo que o mesmo estava começando a ficar desconfortável com a situação.

Peter: Para ensaiar?- tava bem claro que o Peter estava fazendo de tudo para não acreditar na situação.

Estava começando a pensar em ir lá, interromper aquela porra e joga na cara dela que eles são parentes, mas sabia que isso daria uma merda gigantesca e não poderia fazer isso perto de um monte de gentes.

Is it love? PeterOnde histórias criam vida. Descubra agora