Capítulo 26 - Reconciliação

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Nadine

Miranda pediu um chá de hortelã para nós, nos sentamos as três em volta da sua mesinha redonda. - Provem!. - Ela enche a minha xícara. - Tenho certeza de que vão adorar!. - Ela serve a Úrsula de forma amistosa.

Úrsula - Obrigado!. - Ela dá um gole com vontade. - Muito bom!.

Pego a minha xícara e a analiso sem vontade.

Ah, eu odeio chá!. É um típica bebida sem graça e praticamente sem gosto.

Miranda - Não vai provar, querida?. - Ela me fita, apontando para o chá enquanto sustenta o sorriso.

Assinto com a cabeça e forço um sorriso. - Vou, sim!.

Úrsula - Não gosta de chá?. - Ela arqueia a sobrancelha direita.

Nadine - Gosto, gosto muito!. - Minto, desesperada.

Úrsula - Ah, então dá um bom gole!. - Ela sorri de canto.

Posso ver a sua cara de divertimento e a amaldiçoo por isso.

Nadine - Claro!. - Suspiro sutilmente e dou um gole no chá. Sinto uma pequena vontade de vomitar com o gosto disso aguado, mas me controlo para não dar esse gostinho para a Úrsula.

Miranda - O que achou?. - Ela beberica seu chá.

Nadine - Uma delícia!. - Digo, desnorteada.

Miranda - Eu disse!. - Ela sorri, satisfeita.

Úrsula - Já que ela gostou tanto, pode encher a xícara dela!. - Ela aponta para a chaleira, se divertindo.

Noto o esforço da Úrsula para não rir.

Essa garota me paga!.

***

Benjamin

Fiquei sentado na poltrona por uma hora enquanto o Harold lia o seu livro.

Ele não fez questão de falar comigo, ou ao menos olhar para mim. É como se eu não estivesse aqui... Esse projeto está se saindo como um perfeito desastre. Eu queria fazer um bom projeto e sentir que estou sendo útil para alguém, mas parece que eu estou mais atrapalhando do que qualquer outra coisa.

Me levanto, exausto. - Bom, acho que eu já vou. 

Harold - Ótimo, fecha a porta quando sair. - Diz sem me olhar nos olhos, se mantendo indiferente.

Bufo e vou até a porta. Me viro a ele. - Tchau. - Saio assim que não ouço sua resposta. Fecho a porta e suspiro, sem ânimo. 

Acho que poderia ter sido pior, pelo menos dessa vez ele abriu a porta, mas até quanto tempo vale a pena continuar insistindo?.

***

Helena

19:24

Helena - Pronto!. Não ficaram lindas?. - Fecho o esmalte preto após pintar as unhas da Agnes.

Ela levanta a mão à altura do rosto. - Repete para mim... por que não fomos jogar basquete?. - Questiona, desanimada ao encarar suas unhas recém pintadas

Reviro os olhos, bufando com seu desprezo por algo tão divertido.

Ethan - Já fizemos as coisas que gostamos, não custa nada fazer algo que a Helena goste. - Ele solta uma curta risada.

Sorrio para ele, agradecida. - Obrigado, Ethan!.

Gentil como sempre!. De onde esse cara saiu, hein?.

Agnes - Tá bom. - Ela dá de ombros, se conformando.

Apenas Uma Aposta - Livro I [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora